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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A Tecnologia no Setor Financeiro


(Autora: Lara Pinheiro e Silva - 18206426)
Diversos setores do mercado vêm sofrendo mudanças com a entrada de novas tecnologias e alterações comportamentais provocadas por processos digitais. No setor financeiro isso não é diferente, um exemplo já bastante comum é o fato de que não precisamos mais nos deslocar até agências bancárias ou lotéricas para pagar as contas. Para isso, basta ter um aplicativo no celular e tudo é resolvido em questão de minutos.


A entrada de aplicativos que agilizam processos que antes podiam demorar horas é apenas uma pequena parte das mudanças que vem ocorrendo no setor financeiro. Por isso, neste artigo trataremos de outras inovações que já surgiram ou que são tendências nesse setor.

spilled coins from the jar

Bancos Digitais: 


Como Funcionam?

Os bancos digitais são instituições financeiras que realizam todas ou a maior parte de suas operações no formato digital. Esse novo modelo trouxe muito mais autonomia para os usuários, já que dentre os seus benefícios tem-se a possibilidade de abertura de uma conta de forma totalmente virtual, a isenção de taxas decorrentes da não necessidade de se manter uma grande estrutura física como nos bancos digitais, a resolução de problema por meio de contato online com atendentes do banco ou mesmo por chatbot.

No Brasil, essas instituições surgiram por volta do ano de 2015 e vêm se configurando como uma tendência crescente. Além disso, como mostra uma pesquisa realizada em 2018 pela FERABRAN, a federação brasileira de bancos, os brasileiros estão se mostrando receptivos a terem suas finanças administradas digitalmente. Já que, em 2018 ouve um crescimento de cerca de 24% nas transações bancárias realizadas por meio de celulares.

Fintechs:   


Como Funcionam?

As Fintechs são empresas que geralmente atuam no modelo de startup e que trabalham com a tecnologia voltada para otimizar o setor financeiro. Essas empresas estão em diversos segmentos desse setor, sendo os bancos digitais um deles, além disso também existem fintechs que atuam na automatização da emissão de notas fiscais, gestão financeira, captação de recursos de forma coletiva, blockchain e bitcoin, dentre outros.

Aparentemente, os serviços/produtos oferecidos pelas fintechs se assemelham bastante ao que já se conhece dos bancos tradicionais, no entanto, pelo fato de seus processo serem mais enxutos e otimizados, a estrutura física não ser tão grande e muito dos seus produtos serem quase ou totalmente acessíveis pelos meios digitais, as fintechs acabam conseguindo oferecer processos menos burocráticos, taxas menores ou até zero taxas, diferentemente do que ocorre tradicionalmente nos bancos, por exemplo.




Chatbots:

Os Chatbots são um outro recurso tecnológico que vem apoiando bastante as operações de fintechs e outras instituições bancárias. No caso, eles funcionam como automatizadores de atendimento ao cliente por meio de chat online. Dessa forma, um serviço que antes era operado de forma processual por uma pessoa, passa a ser feito por um robô de forma muito mais rápida e a qualquer hora do dia.
Além de tirar dúvidas dos usuários, esses robôs podem dar sugestões de investimentos, tudo baseado em análise e cruzamento de dados sobre o perfil de cada cliente.


Inteligência Artificial e Big Data no Mercado Financeiro:

Um dos exemplos que podemos citar sobre o uso dessa tecnologia no mercado financeiros são os chamados robôs investidores. Tratam-se de softwares trabalhando em conjunto com base dedados e com uma capacidade de realizar análises e projeções em poucos segundos. Com isso, a assertividade em operações como day trade, que são transações de compra e venda no mesmo dia, seria muito maior do que se operada por uma pessoa. Além disso, uma outra questão que compete principalmente aos investidores menos experientes, é o fator psicológico. E no caso de robôs ou de softwares especializados esse tipo de problema não teria ocorrência, já que fatores psicológicos não fazem parte desse universo.


Além disso, uma outra aplicação da inteligência artificial no setor financeiro é na parte da segurança do cliente e das suas operações. Nesse caso, a IA consegue identificar movimentações suspeitas, no caso, por exemplo, de uma pessoa que não costuma fazer grandes movimentações e que, de repente, apresenta um grande volume de saques.

REFERÊNCIAS

PESQUISA FEBRABAN apresentada hoje revela o uso do canal mobile como o preferido entre os brasileiros. [S. l.], 8 maio 2019. Disponível em: https://cryptoid.com.br/eventos-de-tecnologia/pesquisa-febraban-apresentada-hoje-revela-o-uso-do-canal-mobile-como-o-preferido-entre-os-brasileiros/. Acesso em: 29 out. 2019.

[GUIA] Da origem ao crescimento das Fintechs. [S. l.], 20 maio 2019. Disponível em: https://fintech.com.br/blog/fintech/crescimento-das-fintechs/. Acesso em: 28 out. 2019.
BANCOS vs Fintechs. [S. l.], 26 jul. 2019. Disponível em: https://trademap.com.br/bancos-vs-fintechs/. Acesso em: 29 out. 2019.

O QUE é Fintech?. [S. l.], 31 mar. 2016. Disponível em: https://www.infowester.com/fintech.php. Acesso em: 29 out. 2019.

INTELIGÊNCIA Artificial: é possível aplicar no mercado financeiro?. [S. l.], 21 fev. 2018. Disponível em: https://financeone.com.br/inteligencia-artificial-mercado-financeiro/. Acesso em: 28 out. 2019.

BANCOS avançam no uso da inteligência artificial, mostra FEBRABAN. [S. l.], 29 out. 2019. Disponível em: https://www.ultimoinstante.com.br/ultimas-noticias/economia/setores/bancos-avancam-no-uso-da-inteligencia-artificial-mostra-febraban/289712/. Acesso em: 30 out. 2019.

Educação 4.0: O futuro da educação.




Com o avanço de novas tecnologias, o surgimento de novos conceitos educacionais precisa atender as demandas e necessidades mercado de trabalho e de tarefas do cotidiano. Tecnologias como a Internet das coisas (IoT), realidade virtual, linguagem computacional, inteligência artificial e outras soluções, trouxeram novas perspectivas para área de educação. Tendo em vista esses avanços, surgiu um novo conceito educacional, chamado Educação 4.0. 


O que é a Educação 4.0:


A educação 4.0 surgiu para acompanhar as demandas atuais do mercado de trabalho quanto à eficiência no processo de ensino e aprendizagem. Ela um reflexo da indústria 4.0, caracterizada pela utilização da alta tecnologia para a produção de bens de consumo. Dessa forma, entram em cena a inteligência artificial, o Big data, a Internet das coisas, entre outras soluções tecnológicas.


No entanto, algumas escolas não acompanhou essa evolução, onde é bastante comum encontrar o modelo tradicional de ensino em que o professor é a figura central que transmite o conhecimento com aulas expositivas e os alunos apenas memorizam e agem de forma passiva, transformando a sala de aula sem atividades estimulantes para o aprendizado. Porém, com o avanço da internet e de novas tecnologias, os alunos começam a buscar novos conhecimentos nos meios digitais, utilizando essas ferramentas como complemento de ensino. 


Nesta metodologia, o aluno torna-se protagonista e passa a atuar em projetos colaborativos, e interagem com o professor e colegas de sala de aula. Colaborar, criar, pesquisar e compartilhar são conceitos e iniciativas que deverão fazer parte cada vez mais do processo de ensino e aprendizagem, pois em nosso mundo, tudo muda rapidamente. Os alunos terão que desenvolver a capacidade autodidata durante a vida escolar, de forma a serem capazes de continuar aprendendo, ao longo da vida, sem a necessidade de voltar às salas de aula. As salas de aulas, devem aos poucos se transformar em espaços de desenvolvimento de competências, onde a pesquisa e a troca de ideias e experiências colaborativas serão as bases do conhecimento, deixando de lado a simples replicação de conteúdo.


A educação 4.0 está diretamente ligada ao conceito do learning by doing, ou “aprender fazendo”, que é pautado nas metodologias ativas. Além disso, faz parte de um ensino híbrido, ou blended learning, que mistura o on-line e off-line, e as salas de aula invertidas, um método que propõe a preparação prévia do aluno antes de ir à aula. Desta forma, o estudante pode acessar arquivos, livros e textos no ambiente virtual, compreender e obter conhecimento prévio sobre o assunto, para debater e tirar dúvidas em sala de aula com o professor. 

Em um mundo cada vez mais conectado e acessível, em pouco tempo algumas profissões se tornarão obsoletas, portanto, é essencial que as escolas e universidades acompanhe essas novas tendências de transformação e dê cada vez mais espaço para o desenvolvimento de novas habilidades e competências.






Referências 


https://www.positivoteceduc.com.br/educacao-4-0/a-educacao-40-ja-e-realidade/


https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia/canaltech/o-desafio-da-educacao-40-nas-escolas,aa2f949a8f1411e24154eb1f667ffaa21lbn8v1d.html


https://novaescola.org.br/conteudo/9717/educacao-40-o-que-devemos-esperar


https://escolaweb.com.br/artigos/o-que-e-educacao-4-0-e-como-ela-vai-mudar-o-modo-como-se-aprende/


quarta-feira, 30 de outubro de 2019

A metodologia de Customer Success nas empresas de tecnologia

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Hoje em dia cada vez mais empresas de tecnologia surgem no mercado atual, as famosas Start Ups, definidas como pequenas organizações que estão no início de suas atividades e que buscam explorar inovações estão ganhando um espaço cada dia maior. Segundo a ABStartups (associação brasileira de start ups), entre 2012 e 2017 o número de empresas cadastradas na associação dobrou, indo de 2519 para 5149. Com isso houve o surgimento de uma nova profissão de impacto direto no crescimento dessas empresas, o consultor de Customer Success.

O sucesso do cliente (tradução livre do inglês da palavra Customer Success) é uma metodologia para garantir que os clientes alcancem os resultados esperados utilizando seu produto ou serviço. Sendo um gerenciador entre empresa e cliente, fazendo com que se tenha um relacionamento benéfico para os dois lados. Por ser uma profissão nova, ela ainda é pouco conhecida pelos brasileiros, porém já é considerada uma função crucial para a maioria das empresas de tecnologia, principalmente as empresas SaaS (softwares as services), tendo um crescimento do número de profissionais na área nos últimos anos.

Customer Success x Suporte


A principal dúvida que se tem quando se fala de Customer Success nos dias de hoje é entender a diferença entre sucesso do cliente e suporte, afinal os dois trabalham após o cliente já ter fechado a venda. A principal diferença é que um consultor de CS trabalha de forma proativa, analisando os dados dos seus clientes, entrando em contato para sugestões de melhorias (tanto no uso do produto\serviço quanto para fazer alguns outro tipo de venda complementar) acompanhando o cliente por toda sua jornada dentro da empresa, além de seus resultados medem impacto no négocio. Uma área de suporte por outro lado possui um atendimento reativo, fazem interações pontuais com os clientes (ou seja, apenas quando o cliente vem pedir algum tipo de auxílio) e possuem suas próprias métricas pontuais. A imagem abaixo exemplifica isso:

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Metodologia de Customer Success


Com isso esclarecido, podemos partir para como um CS trabalha e seu impacto em uma empresa. De forma mais geral, a área de sucesso do cliente gira em torno de 3 pilares: Engajamento (ou seja, quanto o seu cliente está utilizando seu produto\serviço), Churn (quantos clientes estão pedindo o desligamento do seu produto\serviço) e métricas (como medir a satisfação do seu cliente e tentar fazer com que ele utilize cada vez mais seu produto).

Para conseguir aumentar seu engajamento, metrificar seus resultados e diminuir o churn, as empresas de tecnologias adotam uma jornada do cliente, que seria uma espécie de "caminho" que o consumidor atravessa por diferentes etapas dentro da organização, sendo o Consultor de Customer Success o responsável pelo cliente durante todo esse processo. O funil abaixo pode deixar mais claro, mostrando a jornada desde antes da compra até a parte que um Customer Success atua:

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Impacto da metodologia de Customer Success


O impacto dessa nova área nas organizações se vem exatamente na "retenção", "expansão" e "advogados da marca" na jornada. A premissa é simples, clientes que estão mais engajados com seu produto tendem a ficar períodos maiores sendo consumidores das empresas. Na área de tecnologia, onde a forma de serviços por assinatura é uma tendência, acaba sendo crucial essa retenção pois quanto mais tempo o cliente paga a assinatura maior o retorno financeiro da empresa sobre o custo de aquisição do mesmo.

Na parte de expansão, após o cliente estar retido também pode haver a venda de produtos/serviços complementares ao produto adquirido previamente pelo cliente. Gerando o que chamam de Cross Sell, aumentando também o faturamento da empresa, pois mais dinheiro o cliente está deixando na organização.

A última etapa, que é o objetivo de toda área de CS nas empresas é a etapa "advogados da marca", onde o cliente está tão satisfeito com o serviço/produto que se torna um defensor e indicador do produto para outras pessoas/empresas, fazendo com que o crescimento da organização seja cada vez mais acelerado e saudável.

Por fim, essa é uma das áreas com um dos maiores potenciais de crescimento do Brasil, muito se deve pelo retorno que se traz as organizações que decidem adotar essa metodologia. Grandes empresas referências em tecnologia como Stone, Resultados Digitais, Softplan, Aurum, Adobe e etc. utilizam essa tática e tem resultados muito expressivos. Caso tenha se interessado em saber mais há muita informação on line sobre processos, aplicação  e gerenciamento de uma área de CS.



Referências




O processo de Recrutamento e Seleção e a Tecnologia da Informação


Como a tecnologia da informação está ajudando no processo de Recrutamento e Seleção?


 Cresce de forma exponencial o número de vagas para profissionais da Tecnologia da Informação. Cada vez mais o mercado busca por desenvolvedores e especialistas em linguagens e tecnologias que o próprio mercado não consegue fornecer.  
 E cada vez mais cresce a luta dos tech recruiters para encontrar esses profissionais. Com um número de oportunidades abundantes, os candidatos estão tornando o seu poder de escolha pesar a cada nova vaga. Há uma real competição entre os recrutadores das empresas, onde fica à critério do candidato a escolha da organização, e não mais à critério da organização a escolha do melhor concorrente. 
 Para suprir este crescente mercado, as empresas estão investindo cada vez mais em plataformas de Recrutamento & Seleção.

- Segundo esta pesquisa realizada, as principais fontes dos candidatos são as seguintes:


 Porém, como fazer para o candidato chegar até você? E mais, como tornar o processo seletivo menos cansativo para todos os envolvidos? Como tornar a sua vaga atrativa em meio a milhares de outras? 

São nesses pontos que as seguintes plataformas de R&S estão trabalhando para melhorar o processo. 

Esta plataforma busca facilitar o processo seletivo para o recrutador, e tornar a experiência agradável para o candidato. Composto de múltiplas funcionalidades, esta ferramenta permite divulgar vagas, fazendo o spread necessário nos mais diversos sites de emprego, alcançando o seu público desejado. Após as aplicações, é possível gerenciar o andamento do processo, das etapas, avaliar candidatos, receber interações de gestores/colegas de time, etc. 


Esta agência vende todo o processo de recrutamento, buscando pelo melhor profissional para a sua empresa. Com sua base de dados, o site atrai os desenvolvedores, traça o seu perfil técnico e comportamental, e é capaz de alocar os melhores fits para cada oportunidade. A plataforma agrada tanto aqueles que buscam uma vaga no mercado, quanto a empresa, com uma contratação efetiva. Além da ferramenta, o site oferece materiais gratuitos para tech recruiters, como planilhas inteligentes, ebooks e calculadoras de salário.



Este site mapeia as vagas disponíveis para pessoas de diversas áreas, a maioria de tecnologia, por região. Esta ferramenta é voltada para os candidatos, e ao mesmo tempo, facilita a vida dos recrutadores, poupando tempo com aplicações sem nenhum fit com a vaga. 



Outra ferramenta que está auxiliando na hora de recrutar e selecionar os melhores profissionais é a versão paga do LinkedIn. Nesta versão, os recrutadores podem criar projetos, criar filtros de pesquisa, como linguagens de programação, região, idiomas, formação, empresas onde trabalhou e muito mais. Também é possível abordar candidatos de maneira mais eficiente, trabalhar em diferentes vagas em paralelo e divulgar as  vagas com mais alcance. 



O fim da área de Recursos Humanos tradicional é visível no mercado, com o avanço das startups e empresas de tecnologia voltadas ao bem estar dos seu colaboradores, o RH tem cada vez mais um papel estratégico dentro das organizações. Aliado às lideranças, a área busca a qualidade de vida dentro do ambiente profissional em conjunto com bons resultados e produtividade. 

O processo de Recrutamento e Seleção, não diferente dos outros processos de Gestão de Pessoas, caminha em direção a melhor experiência dos candidatos, a fim de tornar o processo o mais agradável possível. A cada etapa avançada, ou não, feedback´s são passados aos candidatos, assim como o retorno sobre o seu status durante todo o processo de seleção. 

As ferramentas apresentadas buscam facilitar a vida dos tech recruiters, para dar celeridade ao processo seletivo, e uma contratação certeira, e, também, para que os candidatos fiquem o mais confortáveis possíveis, espelhando assim, a cultura organizacional, e o que o possível contratado poderá experimentar após sua contratação.



Referências:

  1. ´´Pesquisa WK: Principais sites de vagas de emprego de TI´´. 2019. Disponível em: https://www.wkrh.com.br/sites-de-vagas-de-emprego-em-ti/
  2. ´´A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NOS PROCESSOS DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS: ANÁLISES, DESAFIOS E TENDÊNCIA.´´ Gaspar, D. 2016. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/137789/gaspar_dj_me_rcla_int.pdf?sequence=4
  3. ´´How the Newest Version of LinkedIn Recruiter Has Changed the LinkedIn Recruiting Team.´´ 2016. Disponível em: https://business.linkedin.com/talent-solutions/blog/product-updates/2016/how-the-newest-version-of-linkedin-recruiter-has-changed-the-linkedin-recruiting-team
  4. ´´O fim do RH tradicional e o impacto da tecnologia na gestão de pessoas.´´ 2019. Disponível em: https://blog.solides.com.br/o-fim-do-rh-tradicional-e-o-impacto-da-tecnologia-na-gestao-de-pessoas/


Tecnologia às crianças: é importante, mas é preciso ter cuidado.

Autora: Gabriela Nunes da Silva 






A geração Z, nascida no século XXI, já está imersa na era da tecnologia, utilizam da internet para tudo e desde sua existência a tecnologia já é utilizada mundialmente e o computador já está presente nas casas, as funcionalidades da internet são naturais a eles que mal sabem o que é utilizar o dinheiro em espécie, sempre trabalham com transações bancárias digitais. Por isso quando o assunto é tecnologia a famosa geração internet está sempre a um passo a frente de seus antecessores. Neste contexto nossas crianças estão cada vez mais evoluídas e com isso há o desafio de procurar entender o que é melhor para elas neste mundo virtual. Desafio esse que é enfrentado não apenas pelos pais, que são os principais responsáveis pela criação dos filhos, como também pelos profissionais das áreas de saúde, como os pediatras, psicólogos e psiquiatras, e também um desafio diário enfrentado pelos professores, que tem a missão de repassar aos pequeninos conhecimentos de forma divertida.


A tecnologia está inserida em nosso dia-a-dia, tanto no trabalho como também na rotina dentro de casa e os filhos não fogem disso, eles que se espelham nos pais que por sua vez acabam utilizando de smartphones e notebooks demasiadamente, fazendo com que a  criança tenha vontade desde bebê em querer mexer nos celulares, mesmo de que nada entenda. Apesar de a tecnologia estar ocupando o espaço de brincadeiras divertidas e de uma infância saudável, é preciso perceber que a atual realidade é baseada na internet e em seus atributos e a inserção da criança com a supervisão dos pais é de extrema importância tanto para o aprendizado como também para o futuro que os espera.









Ao buscar pesquisas para servir de fundamento ao nosso tema, descobrimos um pouco mais sobre a tecnologia e as crianças, encontramos pesquisas como a da TIC Kids Online Brasil, onde mostra que 69% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos que têm acesso à internet a utilizam mais de uma vez por dia. Destas mesmas crianças, 10% delas afirmam ter acessado a internet pela primeira vez com 6 anos de idade ou menos. Por sua vez, um relatório da ESET aponta que 88% dos pais estão preocupados com o que seus filhos acessam no ambiente online. No entanto, apenas 34% deles adotam quaisquer medidas de proteção, como a instalação de uma solução de segurança ou aplicações de controle parental nos dispositivos. 

Visando auxiliar os pais e responsáveis sobre a utilização da internet pelas crianças e adolescentes, a Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou um manual a respeito do tema, onde determina o tempo máximo de utilização das telinhas de acordo com a idade, colocando limitações e incentivando a conversa entre a família e a criança sobre o que é legal e o que não é na internet, assim como auxilia também os pediatras a avaliar o quanto é saudável o contato da criança com as redes, de acordo com seu sono, sua atenção e acompanhar crianças que tem comportamentos agressivos para associar ou não ao uso de jogos onlines ou até mesmo de redes sociais. O alerta ao mau uso da tecnologia na infância não diz respeito apenas ao que foi citado até aqui, e sim a preocupação com o número crescente de sedentários nos dias atuais, já que tanto o entretenimento quanto o aprendizado na internet está cada vez mais frequente, o que faz com que o incentivo a atividades físicas diminua tornando crianças sedentárias e adultos mais suscetíveis a problemas de saúde como a obesidade e diabetes. 

Segundo a neurocientista e consultora pedagógica Carla Tieppo, a criança só pode ser apresentada a tecnologia após completar dois anos de idade. Inicialmente é necessário apresentar ao bebê outras formas de aprendizado, como literaturas e brinquedos para a idade, para que ele tenha contato com o mundo real visando o desenvolvimento de habilidades motoras e interação com as pessoas. Após completar dois anos, Carla sugere a apresentar a criança à tecnologia afinal será algo inevitável a utilização pela mesma, já que as telinhas estão por todos os lados, seja na escola, seja na casa de coleguinhas de classe e até mesmo na sua própria casa. Porém é necessário limitar esse uso, alguns especialistas como a Carla indicam a utilização de no máximo duas horas por dia, mas há quem diga também que uma hora diária já é o suficiente para crianças de dois a cinco anos, sempre com a supervisão dos pais para a segurança da criança e tentar utilizar ferramentas com fins educacionais, evitando o uso da internet apenas para entretenimento. 




Se em casa a internet tem dificultado a socialização das crianças, na escola ela torna-se o grande desafio dos professores, a dificuldade de concentração o aumento da ansiedade e a falta do convívio presencial faz com que os educadores precisem se desdobrar para atrair a atenção das crianças e poder ensinar também. Já que a internet é de fácil acesso, ao invés de ser um rival da escola, os smartphones e computadores podem ser grandes aliados neste ambiente, professores podem inovar suas aulas através da utilização de softwares e até mesmo sites gratuitos que têm como objetivo passar conhecimento aos alunos de forma natural e divertida, um dos exemplos utilizados atualmente são os games. A gameficação faz com que o conteúdo seja aprendido através de jogos que unem a inovação com o conteúdo tradicional, que também tem grande relevância no aprendizado. 


Este tema que estamos abordando divide opiniões, enquanto alguns especialistas não concordam com a utilização precoce da internet pelas crianças, como a psicóloga Sharon Thomas que afirma "ser crime dar um celular a uma criança de cinco anos", outros autores se opõe a essa visão, já que a tecnologia faz parte da vida de todos nos dias de hoje e familiarizar a criança com os mais variados dispositivos faz com que ela se encontre no cenário atual do mundo, um dos defensores da utilização por parte das crianças é o professor de filosofia e autor do livro The New Childhood: Raising Kids to Thrive in a Connected World ("A nova infância: criando filhos para prosperar em um mundo conectado", em tradução livre), durante o livro o filósofo enfatiza que ao se apropriarem das tecnologias, as crianças de hoje estão "se encontrando" tal qual as gerações anteriores fizeram à sua maneira. “Seu trabalho como pai ou mãe não é impedir que ferramentas desconhecidas interrompam sua imagem nostálgica da infância ideal", escreve ele. "Em vez disso, é preparar seus filhos para viver em uma vida ética, significativa e realizada em um mundo em constante mudança.". O autor se diz a favor da utilização da internet pelas crianças pois durante um jogo online a criança além de se divertir pode estar em contato com outras linguas, nacionalidades e culturas diferentes, possibilitando que esses games auxiliem também na formação da criança,   "Afinal, a vida é sempre vivida por meio das ferramentas dos tempos. Ferramentas digitais agem como uma ponte entre experiências individuais e comuns", afirma.


Diante do exposto, podemos concluir que é necessário que as crianças tenham acesso a tecnologia, mas sempre limitando o uso e tendo um cuidado para assegurar que esse acesso seja de forma saudável, tanto nas fases iniciais como também na adolescência e a união escola família se faz necessária para que haja um bom aproveitamento das ferramentas tecnológicas que são cada vez mais frequentes no cotidiano dos pequenos. 



Referência:






terça-feira, 29 de outubro de 2019

O caso Devumi e o "mercado negro" das redes sociais.

O caso Devumi e o "mercado negro" das redes sociais.

Por: Bruno Amorim

Neste mês de outubro de 2019 a FTC (Federal Trade Comission), órgão independente do governo americano que possui a missão de proteger o consumidor por meio da prevenção de atos anticompetitivos ou enganadores, chegou à um acordo no valor de 2,5 milhões de dólares com a empresa Devumi e seu CEO, German Calas Jr., ato que consequentemente abre precedência para que casos similares sejam julgados criminalmente no futuro.

O que fazia a Devumi?

A Devumi era uma empresa que vendia seguidores, curtidas, retweets, visualizações e basicamente qualquer tipo de número e falso engajamento nas redes sociais. Sua gama de clientes ia dos mais simples, como pessoas que tinham o sonho de se tornarem influenciadores digitais, até personalidades reconhecidas mundialmente, como políticos, atores, esportistas e cantores. A estimativa é de que a empresa tenha vendido cerca de 250 mil engajamentos entre os anos de 2015 e 2017 e que isso tenha rendido cerca de 15 milhões de dólares para a empresa.

Para tornar isso possível, além de criar contas completamente aleatórias e sem nenhuma conexão com a realidade, a Devumi fazia uma espécia de roubo de identidade virtual, onde pegava nomes e fotos de pessoas reais, inclusive menores de idade, para criar perfis que publicassem tudo o que seus clientes desejassem. Toda essa junção de fatos repudiáveis fez com que o jornal americano The New York Times investigasse a Devumi e publicasse uma espécie de dossiê sobre ela, fato que fez com que fosse iniciada uma investigação oficial em cima da organização.

Mercado negro?

Por mais antiético e desleal que seja, o ato de comprar seguidores e engajamento nas redes sociais não era um ato ilegal até então, ele ia apenas contra as políticas de uso destas redes, se tornando uma zona cinza do ponto de vista legal.

Essas redes sociais, por sua vez, vivem e faturam à base de cliques e números, fato que faz com que muitas delas acabem fazendo vista grossa para essa prática agora ilegal. No Twitter, por exemplo, estima-se que existam 48 milhões de contas robotizadas gerando influência e criando tendências com base em enganações vendidas por dezenas de empresas ao redor do mundo.

Esperanças para o futuro

O caso da Devumi é apenas um no meio de tantos existentes, mas que nos traz uma luz no fim do túnel para que possamos ter uma Internet livre de fakes e pautada apenas em dados e contas reais. Além de números, essas empresas ajudam a gerar falsas influências que consequentemente impactam nas decisões das pessoas que estão mais conectadas com as redes sociais, podendo esse impacto ser em uma simples opção de compra por um tênis ou até mesmo em questões eleitorais. Conforme disse Letitia James, a advogada geral de Nova York e responsável pelo caso, essas novas medidas mostrarão que qualquer um que tente enganar ou se utilizar de uma identidade que não lhe pertence nas redes sociais estará quebrando a lei.

Referências:

https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/138405-ilegal-vender-curtidas-seguidores-redes-sociais.htm

https://www.nytimes.com/interactive/2018/01/27/technology/social-media-bots.html


Educação tecnológica, precisamos falar sobre isso!

Educação tecnológica, precisamos falar sobre isso!



Atenção para as frases que virão a seguir. "Meu filho(a) fica muito tempo no computador, isso não faz bem para ele(a)", "Parece que já nasceu sabendo tudo! Com menos de 2 anos já mexia no iPad com muita facilidade" ou "Ele(a) descobriu a senha do meu celular sozinho(a)!". Pasmem caso você nunca tenha escutado uma frase dessas vinda de um pai ou uma mãe. 

Estamos cada vez mais conectados, interligados e globalizados e não há dúvidas que a internet corroborou para tal feito. A internet possibilitou que coisas impossíveis no nosso imaginário se tornassem possíveis, como por exemplo, quem um dia imaginaria que a maior rede de hotéis do mundo não iria possuir um edifício sequer. Essa mudança de perspectiva está alterando também nossos hábitos, rotinas, consumo e nossa própria vida. Conseguimos mensurar tudo ao nosso redor com os aplicativos que temos na palma de nossas mãos em nossos smartphones, quantas calorias gastamos, quantas horas dormimos, quanto tempo passamos roncando, quais alimentos ingerimos e até mesmo aplicativos que nos lembram de beber água. 

Com essa infinidade de aplicativos, hardwares, softwares, wearables, presentes em nossas rotinas, precisamos saber lidar com todas essas mudanças, as quais são muito rápidas e exponenciais. Entretanto, se os adultos (em sua maioria) sentem dificuldade em utilizar e principalmente impor limites ao uso desses apps, o que dirá de uma criança ou adolescente. A depressão, apontada já como a doença do século XXI (https://www.cartacapital.com.br/educacao/a-doenca-do%E2%80%A8-seculo-xxi/), ganhou uma força gigantesca com a busca incessante por curtidas, compartilhamentos, postagens, tweets, e likes. Apontado como um vício comportamental, essa doença ganha um impulso muito grande com as redes sociais, entretanto o questionamento é, "são as redes sociais o centro da questão ou os humanos que não sabem lidar com ela?"

Acredito que com tamanhas novidades e estímulos nunca antes vistos, estamos tendo uma geração com dificuldade em lidar com tudo isso. E quando falo da geração, são os adultos de hoje (2019), os quais estão sendo reféns das mudanças e não agentes tomadores de decisões e com consciência plena sobre essas mudanças e por consequência quem está sendo mais afetado com essas atitudes são os jovens de hoje, crianças entre 3 a 16 anos de idade. Primeiro, a ausência de figuras parentais nas formações desses jovens está prejudicando muito a vida de cada uma dessas crianças (http://www.guiaeducacaocriativa.com.br/ausencia-dos-pais-pode-comprometer-saude-emocional-dos-filhos/) conforme o link anterior aponta. Segundo, os pais são os primeiros grandes exemplos de todos os jovens e se seus maiores exemplos não desgrudam do celular ou computadores, seja por lazer ou por trabalho, não faz sentido esperar que as crianças tenham atitudes diferentes. A grande ironia que vejo corriqueiramente são pais workaholics que impõe limite de tempo de uso do celular ou computador para seus filhos. 


Olhando para tudo que foi apresentado, temos que pensar em como alterar esse quadro. Acredito que o primeiro ato que todos temos que fazer é tomar consciência dos temas apresentados e das atitudes que tomamos em nossas vidas diariamente. Segundo, acredito fortemente que precisamos ter uma conversa mais aprofundada sobre Educação Tecnológica o que é muito diferente de "aulas de informática" (https://idocode.com.br/blog/educacao/aula-informatica-ou-tecnologica/). 

Quando comento sobre tomar consciência dos atos e ações que temos com a tecnologia, não me refiro a largarmos ela e ignorarmos a sua existência, mas sim, tomar consciência do uso que estamos tendo sobre a mesma e como estamos deixando ela afetar nosso dia a dia. Gosto de comparar o uso da tecnologia com o uso de canudos de metal (que ficaram tão famosos no ano de 2019) - quando foi que realmente o ser humano precisou de uma canudo para beber sua água, refrigerante ou suco? Será que invés de fazer uma campanha tão grande para parar de consumir canudos de plástico e adquirir os de metais, não seria mais fácil tomarmos a consciência e nos questionar se realmente precisamos de um canudo para beber algo? O mesmo ocorre com alguns aplicativos que temos no celular. Será que realmente precisamos de todos os apps que temos em nossos smartphones hoje? E mesmo aqueles que temos, será realmente necessário que precisamos deixar a notificação ativada para recebermos avisos sobre mensagens, tempo, shares, likes, match's, e tantos outros pushs que foram programados para enviar até sua tela principal? Acredito que esse é um nível de consciência que todos nós podemos refletir por 5 minutos, ao menos, porém a grande questão é que nunca fomos questionados ou indagados a refletir sobre esse assunto. 


Creio que muito alinhado com o ponto do parágrafo anterior entre a educação tecnológica. E a educação tecnológica não consiste em apenas corroborar para dar mais consciência e autonomia aos usuários da tecnologia, mas sim, para que cada indivíduo possa criar soluções para seus problemas rotineiros. Um grande exemplo para tal, é o fato do controle de tarefas. Como você faria para organizar todas as tarefas e compromissos que você terá que realizar no seu dia? Se a sua resposta foi: "utilizando uma agenda", concordo com você, realmente uma agenda seria a melhor fora para tal "problema". Entretanto, com a tecnologia, temos a possibilidade de fazer uma agenda online, utilizando o Google Calendar, por exemplo. Não somente ela solucionará o mesmo problema, mas também nela você pode separar suas atividades por cores, prioridades, compartilhar sua agenda com seus amigos e familiares (para quando esses desejarem marcar um compromisso com você não precisar ficar perguntado para você), enviar convite por e-mail caso você for realizar alguma atividade com outra pessoa, entre outras funções. Outro grande trunfo, é a redução financeira que a cada ano você não irá precisar comprar uma agenda nova. E caso você não ligue muito para isso, que tal pensar na redução da produção de papel e consequentemente lixo que produz cada agenda impressa. Pode parecer pouco, mas se imaginarmos quantas pessoas utilizavam agendas a 15 anos atrás e quantas usam hoje em dia, certamente a produção de lixo por parte desse nicho de usuários de agendas online faz uma diferença significativa.

Com ambos os pontos apresentados, meu grande questionamento fica a cargo dessa nova geração (pessoas que nasceram após 2009), como esses indivíduos vão se relacionar com a tecnologia? E sou otimista para tal resposta. Acredito que irão se relacionar muito melhor que nós das gerações passadas nos relacionamos com ela. Creio nessa afirmação, principalmente por dois motivos, um pelo fato de essa geração já nascer imersa em um mundo mais tecnológico, então eles conseguem ter uma dimensão maior do uso das tecnologias. O segundo ponto, é que há diversas crianças interessadas em aprender sobre tecnologia e principalmente utilizar ela a seu favor, principalmente com programação e robótica (https://idocode.com.br/blog/educacao-digital/beneficios-do-ensino-de-tecnologia/). Dessa forma, as crianças da nova geração não somente estão tendo a possibilidade de ter uma consciência maior sobre o uso da tecnologia, mas também estão conseguindo utilizar a seu favor para solucionar seus problemas do dia a dia. 

André Rashid Deboni Yasin





Adaptive Learning — a evolução do ensino



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O QUE É?

A partir do Business Inteligence e abrangendo todo um conjunto de tecnologias e técnicas utilizadas dentro da área educacional, propondo um ensino personalizado, surgiu o adaptive learning. São softwares que propõem atividades diferentes para cada estudante, observando e coletando dados sobre a performance do aluno, suas respostas e reações diante das tarefas designadas.
“Desde sempre, nas escolas, quem se adapta à matéria (disciplina) é o aluno, já que ela é dada de uma única maneira e no mesmo ritmo e horário para todos os alunos da mesma turma. Na aprendizagem adaptativa é a matéria que se adapta ao aluno, seguindo ritmo e os conhecimentos anteriores dele”, afirma Paulo Barreira Milet, diretor da Eschola.com, e especialista em educação a distância. O adaptive learning surge para suprir essa lacuna.
Partindo da ideia de que os alunos possuem curvas de aprendizado diferentes um dos outros, a educação também deve ser. Nesse novo método, o aluno não tem necessidade de se adequar aos modelos de aprendizagem fixados e engessados — a tecnologia se adapta ao ritmo do aluno. Para incentivar os alunos, é utilizado técnicas como gamificação, ensino híbrido, sala invertida, videoaulas e aprendizado colaborativo, por exemplo. Pode ser tanto aplicado em sala de aula como em EaD, desde que haja acesso à Internet.
Dentro das empresas, o adaptive learning é um bom método justamente por otimizar os processos de treinamento e desenvolvimento. Ao investir tempo e recursos em conteúdos que realmente geram retorno, tanto a empresa quanto o colaborador economizam. Em um exemplo de treinamento para vendas, através do software em questão, consegue-se trabalhar habilidades individualmente de cada profissional, de acordo com o desempenho dele no treinamento. Poderia ser o caso de um com dificuldade de oratória, outro com problemas para vencer a resistência dos clientes, entre outros.

E NA PRÁTICA?

             Com a interação dos usuários, o software coleta dados que serão utilizados posteriormente para personalizar testes. Armazenadas em nuvens por servidores de Internet e processadas por um algoritmo, as máquinas entendem o comportamento dos usuários e reage de forma personalizada. Dessa forma, foca nas maiores dificuldades do aluno, gerando uma aprendizagem efetiva e homogênea.
          Ao atingir os resultados esperados, são lançados mais desafios ou novos níveis de dificuldade são desbloqueados, melhorando ainda mais seu desempenho. Pelo armazenamento em nuvem, qualquer usuário pode acessar os resultados obtidos no período — professores, pais, gestores e os alunos.
            Segundo Paulo Milet, especialista em educação a distância, o novo modelo vai substituir o modelo de sala de aula por um ambiente mais dinâmico, padronizado e sequencial, ““Isso facilita muito o aprendizado e proporciona prazer em aprender. Em uma sala de aula o aluno que não segue o ritmo fica envergonhado de interromper e perguntar, prejudicando o aprendizado. Já os que sabem a matéria e estão adiantados, ficam entediados e desmotivados com o ritmo das aulas, e perdem o interesse”.
            Ainda segundo o especialista, ““Tenho visto por aqui algumas plataformas já implementando educação adaptativa como, por exemplo: Studiare, Geekie, Knewton, eDoceo, são algumas que conheço. No entanto, a maioria dos métodos de avaliação nos sistemas de EAD ainda reproduzem os sistemas de avaliação tradicional das salas de aula”. Para finalizar, ele conclui “Isso já está gerando uma nova discussão – e pode virar tendência -, sobre a eliminação do modo presencial nos dois primeiros anos da faculdade. Só nos dois últimos anos o aluno aparece, já para se especializar”

EXISTEM DESVANTAGENS?

                O software não é aplicável em todas as situações, dado que exige determinado nível de senso crítico, pois a sala de aula se tornaria um espaço reflexivo e não somente expositivo. Além disso, não há nada na plataforma que um educador não possa fazer, necessitando da consciência que aprendizado não é um passo de mágica, exige dedicação e comprometimento. 
                É importante o acompanhamento de um responsável adulto pela evolução do aprendizado, se utilizado em crianças. Ressalta-se também que o usuário não deve ficar refém dos relatórios de aprendizado oferecido pela plataforma, para que não seja quantificada e qualificada apenas por uma máquina programada.

Referências

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO. Você precisa saber sobre Adaptive Learning. Disponível em: https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/voce-precisa-saber-sobre-adaptive-learning/. Acesso em: 29 out. 2019.
CONEXIA EDUCAÇÃO. O que você precisa saber sobre Adaptive Learning. Disponível em: https://blog.conexiaeducacao.com.br/o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-adaptive-learning/. Acesso em: 29 out. 2019.
FUZZY MAKERS. Adaptive Learning. Disponível em: https://fuzzymakers.com/adaptive-learning/. Acesso em: 29 out. 2019.

CONVERGÊNCIA DIGITAL. IoT e big data 'quebram' as paredes das salas de aulas. Disponível em: https://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&UserActiveTemplate=mobile&infoid=40470. Acesso em: 29 out. 2019.

domingo, 16 de junho de 2019

INTERNET - TECNOLOGIA E OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO

Autor: Samuel Vieira

Universidade Federal de Santa Catarina
Centro Socioeconômico
Departamento de Ciências da Administração
Ambientes Virtuais de Aprendizagem

INTERNET E TECNOLOGIA

Com o surgimento da Internet, as distâncias foram sendo reduzidas, as formas de comunicação foram se transformando e as conexões evoluíram para o Ambiente Virtual.

Ao ambiente virtual se agregou informação e aplicativos de comunicação, foi a mudança do espaço físico para um espaço holográfico, como que uma replicação do mundo como conhecemos em um universo paralelo.



https://www.youtube.com/watch?v=I8nKpLIKU9U

A consolidação da INTERNET, acrescida ao desenvolvimento tecnológico impôs uma severa transformação à sociedade. 

Na educação o crescimento da demanda por qualificação e a escassez de recursos encontrou na tecnologia uma forte aliada no desenvolvimento de soluções para universalização do ensino, fortemente disseminada pela Educação à Distância.
https://www.youtube.com/watch?v=I8nKpLIKU9U


EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Fundamentação: Torres (2004, p. 3)-Elaboração Samuel Vieira



Características EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

[...] a educação a distância não é apenas aprendizagem convencional com a ajuda de uma mídia técnica em particular. É uma abordagem totalmente diferente, com estudantes, objetivos, métodos, mídias e estratégias diferentes e, acima de tudo, objetivos diferentes na política educacional. A educação a distância é sui generis (PETERS, 2009, p. 69-70).

Separação Professor-Aluno
·         A separação física entre os participantes, estudantes e professor;
·         Comunicação não contínua;
·         Separação geográfica.
O processo de aprendizagem na EaD se concretiza sem a necessidade da presença em sala de aula, muitas instituições já adotam o processo de total monitoramento do aprendizado à distância, algumas modalidades se dão de forma semi presencial, com os encontros se dão com maior frequência.
No processo de aprendizagem  a ausência do contato presencial é suprida pela utilização de ferramentas de mediação (Telefone, fax, áudio, vídeo, televisão, email, grupos de discussão etc), que além do contato propiciam a distribuição do conteúdo necessário ao aprendizado.
A EaD possibilita a melhor otimização do espaço e do tempo em favor da educação. O aluno estuda conforme sua disponibilidade e conveniência. Ou seja, o aluno se programa para estudar de acordo com suas características cognitivas, com dedicação mais espaça ou de forma mais concentrada em curtos períodos.

Uso de mídias Instrucionais
Segundo Vescovi Netto e Nobre (2011), é possível escolher o texto, o áudio, o vídeo, a animação, ou mesmo experimentar uma sequência das diferentes mídias, para saborear o conhecimento pelas mais diversas sensações.

·         Estudos feitos de forma independente;
·         Em materiais, tanto virtuais quanto impressos elaborados para o aprendizado;
·         Mediante o uso de tecnologias da informação e comunicação;

Comunicação bidirecional
A comunicação bidirecional é uma das três características comuns nas definições de EaD. Na comunicação bidirecional, o estudante não se coloca como simples receptor de de mensagens. Ou seja, apesar da distância, deve se buscar estabelecer uma interação dialógica, criativa, crítica e participativa entre professor e alunos.

Universidade aberta no Brasil

Em  2005, o Ministério da Educação, em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) e as Instituições participantes do Fórum das Estatais pela Educação, criaram o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), o qual tem como foco o apoio às Políticas Públicas e à Gestão da Educação Superior.
O sistema UAB foi oficializado pelo Decreto n° 5.800, de 8 de julho de 2006, ao instituir em seu Artigo 1º “[...] o Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB, voltado para o desenvolvimento da modalidade de educação a distância, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no País.”



Articulação entre IES e polos de apoio presencial

Fonte: Portal da UAB (UAB, 2013).
















A Universidade Aberta do Brasil é um sistema gerenciado pelo Governo Federal para apoiar a formação superior, prioritariamente de professores do ensino básico. O sistema propicia a articulação, a interação e a efetivação de iniciativas que estimulam a parceria entre governo federal e os governos municipais e estaduais.


Distribuição geográfica dos polos de

 apoio presencial do sistema UAB
Mapa dos Polos UAB–Capes (atualizado em 12/04/2017)


A Universidade Aberta do Brasil constitui um excelente exemplo de Educação a Distância, preenchidos os requisitos de funcionamento não presencial, com funcionamento mediante estrutura tecnológica e de comunicação bidirecional. Observa-se em sua estrutura o aporte de uma rede de apoio para atender necessidades de avaliações e de interação presencial em complemento ao propósito de EaD.



referência:
BRASIL, Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Diário Oficial [da] República do Brasil, Brasília, 20 dez. 2005. Seção 1, p. 1 a 4. Disponível<http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf>. Acesso em 13 jun. 2019.
Decreto n. 5.800, de 8 de junho de 2006. Dispõe sobre o Sistema Universidade Aberta do Brasil. 2006.Disponível<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2006/decreto-5800-8-junho-2006-543167-publicacaooriginal-53181-pe.html>. Acesso em 13 jun. 2019.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1996. Disponível<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em 13 jun. 2019.
Portaria Normativa do Ministério da Educação nº 4.059, de 10 de dezembro de 2004. Diário Oficial [da] República do Brasil, Brasília, 13 dez. 2004. Seção 1, p. 32-33. Disponível<http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf>. Acesso em 15 jun. 2019.
DED/Capes. Disponível<https://www.capes.gov.br/infocapes/007-maio-2019/>. Acesso em 15 jun. 2019.


Evolução da internet (linha do tempo)<https://www.youtube.com/watchv= I8nKpLIKU9U33.>. Acesso em16 jun. 2019.

PASSOS, Marize Lyra Silva. A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL: breve histórico e contribuições da Universidade Aberta do Brasil e Rede e-Tec Brasil. Disponível<https://www.researchgate.net/publication/324136558>. Acesso em 12 jun. 2019.