O QUE É?
A partir do Business Inteligence e abrangendo todo
um conjunto de tecnologias e técnicas utilizadas dentro da área educacional,
propondo um ensino personalizado, surgiu o adaptive learning. São softwares que
propõem atividades diferentes para cada estudante, observando e coletando dados
sobre a performance do aluno, suas respostas e reações diante das tarefas
designadas.
“Desde sempre, nas escolas, quem se adapta à matéria
(disciplina) é o aluno, já que ela é dada de uma única maneira e no mesmo ritmo
e horário para todos os alunos da mesma turma. Na aprendizagem adaptativa é a
matéria que se adapta ao aluno, seguindo ritmo e os conhecimentos anteriores
dele”, afirma Paulo Barreira Milet, diretor da Eschola.com, e especialista em
educação a distância. O adaptive learning surge para suprir essa lacuna.
Partindo da ideia de que os alunos possuem curvas
de aprendizado diferentes um dos outros, a educação também deve ser. Nesse novo
método, o aluno não tem necessidade de se adequar aos modelos de aprendizagem
fixados e engessados — a tecnologia se adapta ao ritmo do aluno. Para
incentivar os alunos, é utilizado técnicas como gamificação, ensino híbrido,
sala invertida, videoaulas e aprendizado colaborativo, por exemplo. Pode ser
tanto aplicado em sala de aula como em EaD, desde que haja acesso à Internet.
Dentro das empresas, o adaptive learning é um bom
método justamente por otimizar os processos de treinamento e
desenvolvimento. Ao investir tempo e recursos em conteúdos que realmente geram
retorno, tanto a empresa quanto o colaborador economizam. Em um exemplo de
treinamento para vendas, através do software em questão, consegue-se trabalhar
habilidades individualmente de cada profissional, de acordo com o desempenho
dele no treinamento. Poderia ser o caso de um com dificuldade de oratória,
outro com problemas para vencer a resistência dos clientes, entre outros.
E
NA PRÁTICA?
Com
a interação dos usuários, o software coleta dados que serão utilizados
posteriormente para personalizar testes. Armazenadas em nuvens por servidores
de Internet e processadas por um algoritmo, as máquinas entendem o
comportamento dos usuários e reage de forma personalizada. Dessa forma, foca
nas maiores dificuldades do aluno, gerando uma aprendizagem efetiva e
homogênea.
Ao
atingir os resultados esperados, são lançados mais desafios ou novos níveis de
dificuldade são desbloqueados, melhorando ainda mais seu desempenho. Pelo
armazenamento em nuvem, qualquer usuário pode acessar os resultados obtidos no
período — professores, pais, gestores e os alunos.
Segundo
Paulo Milet, especialista em educação a distância, o novo modelo vai substituir
o modelo de sala de aula por um ambiente mais dinâmico, padronizado e
sequencial, ““Isso facilita muito o aprendizado e proporciona prazer em
aprender. Em uma sala de aula o aluno que não segue o ritmo fica envergonhado
de interromper e perguntar, prejudicando o aprendizado. Já os que sabem a
matéria e estão adiantados, ficam entediados e desmotivados com o ritmo das
aulas, e perdem o interesse”.
Ainda
segundo o especialista, ““Tenho visto por aqui algumas plataformas já
implementando educação adaptativa como, por exemplo: Studiare, Geekie, Knewton,
eDoceo, são algumas que conheço. No entanto, a maioria dos métodos de avaliação
nos sistemas de EAD ainda reproduzem os sistemas de avaliação tradicional das
salas de aula”. Para finalizar, ele conclui “Isso já está gerando uma nova
discussão – e pode virar tendência -, sobre a eliminação do modo presencial nos
dois primeiros anos da faculdade. Só nos dois últimos anos o aluno aparece, já
para se especializar”
EXISTEM
DESVANTAGENS?
O software não é aplicável em
todas as situações, dado que exige determinado nível de senso crítico, pois a
sala de aula se tornaria um espaço reflexivo e não somente expositivo. Além
disso, não há nada na plataforma que um educador não possa fazer, necessitando
da consciência que aprendizado não é um passo de mágica, exige dedicação e
comprometimento.
É importante o acompanhamento
de um responsável adulto pela evolução do aprendizado, se utilizado em
crianças. Ressalta-se também que o usuário não deve ficar refém dos relatórios
de aprendizado oferecido pela plataforma, para que não seja quantificada e
qualificada apenas por uma máquina programada.
Referências
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO. Você precisa saber sobre
Adaptive Learning. Disponível em:
https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/voce-precisa-saber-sobre-adaptive-learning/.
Acesso em: 29 out. 2019.
CONEXIA EDUCAÇÃO. O que você precisa saber sobre
Adaptive Learning. Disponível em:
https://blog.conexiaeducacao.com.br/o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-adaptive-learning/.
Acesso em: 29 out. 2019.
FUZZY
MAKERS. Adaptive Learning. Disponível em:
https://fuzzymakers.com/adaptive-learning/. Acesso em: 29 out. 2019.
CONVERGÊNCIA DIGITAL. IoT e big data 'quebram' as
paredes das salas de aulas. Disponível em:
https://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&UserActiveTemplate=mobile&infoid=40470.
Acesso em: 29 out. 2019.
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