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quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Iniciativas do Brasil no combate às Fake News

A desinformação é um dos maiores problemas da sociedade mundial na atualidade. No Brasil não é diferente. Tentou-se aprovar, em 2018, uma lei que "poderia levar à punição qualquer cidadão desavisado que, mesmo sem má fé, tenha caído numa fake news e compartilhado nas redes sociais" (GGN). Fato é que o problema das fake news deixou de ser uma preocupação dos mais ricos e/ou desenvolvidos.

Letras formando a palavra "Fake news"
Letras formando a palavra "Fake news" - Foto: Pexels

Segundo o Relatório de segurança digital no Brasil, de 2018, o país já figurava entre aqueles com maior produção e circulação de fake news do mundo. Dados do relatório apontam que entre o primeiro e segundo trimestres de 2018 houve um aumento expressivo de cerca de 50% na identificação desse tipo de notícias.


Um exemplo simples desse fenômeno é a pandemia de COVID-19, que evidencia ainda mais a necessidade de combate às fake news frente ao fato do aumento progressivo de buscas na internet sobre temas relacionados à saúde por parte da população, sendo o Google a ferramenta mais utilizada.


O CONTEXTO ATUAL


É difícil encontrar um país onde atualmente não vêm sendo discutido o fenômeno das fake news, que muitas vezes acompanhado de (tentativas de) leis para limitar a difusão dessas peças. Além disso, é possível destacar facilmente a relevância desse termo na atualidade, dado que fake news foi eleita a palavra do ano em 2017, pela editora inclesa Collins.


A Revista Veja, em notícia publicada naquele ano, comenta:

"Durante sua campanha para a presidência, Donald Trump acusou constantemente a imprensa de tentar prejudicá-lo espalhando “fake news” sobre sua carreira política e suas declarações. A expressão foi usada com tanta frequência, que o dicionário britânico Collis a escolheu como a “palavra do ano” de 2017"


Embora mentiras e boatos com alta disseminação social não sejam um boato novo, elas tomaram proporções gigantescas mais recentemente. Muito antes da internet existir, as histórias de que "Elvis não morreu" ou de que o homem nunca pisou na Lua já circulavam amplamente nas rodas de conversa e, muitas vezes, eram tomadas como verdade por parcela da população.


Em contextos de guerra, por sua vez, há um diferente viés na criação de mentiras. O fenômeno da desinformação também tem uma dimensão política. Em artigo publicado por Marco Antônio Alves e Emanuella Maciel, os autores fazem uma breve análise sobre a afirmativa de que A desinformação, a mentira e os boatos sempre existiram.


Um fator que propicia uma maior propagação de diferentes conteúdos em um intervalo de tempo pequeno é a intensa utilização da internet. Diversos conteúdos, assim que são recebidos por um indivíduo, são compartilhados via mídias sociais de grande abrangência nacional antes mesmo de ter analisada a veracidade da informação compartilhada. Tendo em vista esse mix de possibilidades diferentes de abordagens das fake news, cabe neste artigo uma breve análise conceitual deste termo amplamente utilizado na era da "pós-verdade".


O QUE SÃO "FAKE NEWS"


Conforme já mencionado, as fake news figuram como um  tema altamente relevante no contexto político e social brasileiro.


A expressão é formada por uma contradição: fake (adjetivo) que altera a natureza da palavra news, ou seja, seria de esperar que as noticias veiculassem apenas informações verdadeiras. As fake news se inserem num movimento vasto de desinformação, que marca a Internet desde a segunda década do século XXI e é analisada por diversos especialistas.[1]


Para criar uma concepção ainda mais sólida, alguns autores defendem que:


"As notícias falsas podem ser consideradas não apenas em termos da forma ou conteúdo da mensagem, mas também em termos de infraestruturas mediadoras, plataformas e culturas participativas que facilitam a sua circulação. Nesse sentido, o significado das notícias falsas não pode ser totalmente compreendido fora da sua circulação online”


A história desse conceito, como já mencionado, remonta tempos antigos. O alto crescimento de novas tecnologias e do acesso a elas deu início uma verdadeira revolução na maneira como a sociedade informa e comunica, de modo a permitir envio de mensagens e serviços de voz e vídeo em nível nunca antes imaginados.


Leandro Karnal apresenta um vídeo bastante didático sobre essa temática.


Vídeo disponível no Youtube. Acesso em 19/08/2021.


O vídeo, além de fazer uma análise histórica das fake news espalhadas ao longo do tempo, faz um paralelo entre a evolução dessa atividade ao longo dos anos, repassando diversas dicas e orientações acerca da importância da análise crítica das informações que chegam até o receptor e são compartilhadas em mídias e redes sociais.


INICIATIVAS DE COMBATE ÀS FAKE NEWS


Diversas iniciativas vem surgindo e propõe um combate massivo à disseminação desse tipo de notícias. Essas iniciativas partem tanto da iniciativa pública quanto da iniciativa privada.

Um caso brasileiro do acontecimento de fake news, citado pela Revista InternetLab, relata as eleições de 2018 como exemplo de disseminação de informações falsas e as implicações práticas que esse tipo de atitude tem em um processo político/eleitoral de um país.

"De um lado, todas as páginas dos partidos e políticos de esquerda, amalgamadas com as do feminismo, do movimento negro e do movimento LGBT, além das páginas das ONGs de direitos humanos; do outro lado, as páginas dos partidos e dos políticos de direita, amalgamadas com as do liberalismo econômico e do conservadorismo moral. Quando o padrão de interação dos usuários forma esses dois clusters, com poucas conexões entre eles, podemos dizer que os usuários estão polarizados."


O mapeamento do comportamento das redes sociais brasileiras durante a disputa eleitoral de 2018 suplementa a afirmativa de que fake news são podem ser consideradas um fenômeno intimamente relacionado com o contexto de radicalização e enfrentamento social.


Tendo em vista a iminência de uma avalanche de fake news durante o processo eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou algumas medidas preventivas nos pleitos de 2018 e 2020. Pode-se citar, como exemplo, os acordos de cooperação com partidos políticos e entidades representativas dos setores de marketing e de comunicação e com empresas do setor privado e canais para a disseminação desse tipo de notícia: Google e Facebook.


Para diminuir casos como os mencionados nesse case, cabe aqui analisar as iniciativas governamentais tomadas e suas implicações.


O Senado Federal, por exemplo, tem um posicionamento ativo no debate acerca desse tema e vem tomando diversas medidas para contribuir no combate à desinformação. Este órgão lançou uma campanha chamada “Liberdade de imprensa, democracia viva”. O objetivo da campanha, segundo reportagem da Agência Senado, é reforçar a importância da livre atuação dos profissionais do setor e dos meios de comunicação, fundamentais para que informação de qualidade e credibilidade chegue a todos os cidadãos.


Outra iniciativa que pode ser mencionada é a "Lei das Fake News", de autoria do Senador Alessandro Vieira, que em seu primeiro artigo já afirma: esta lei estabelece normas, diretrizes e mecanismos de transparência de redes sociais e de serviços de mensageria privada através da internet, para desestimular o seu abuso ou manipulação com potencial de dar causa a danos individuais ou coletivos [...]. Esse projeto dá início à Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, estabelecendo normas para as redes sociais e os serviços de mensagem como WhatsApp e Telegram.


Além disso, a cobrança para que as empresas detentoras dessas redes sociais também tomem atitudes tem se tornado cada vez maiores. Nos últimos anos, segundo matéria do site Calebe, ficou claro que elas têm um papel de mediação fundamental para garantir ambientes seguros, que não sejam utilizados como ferramentas para manipular a opinião pública.


O Facebook, maior rede social do mundo, iniciou em 2018 suas medidas de combate às notícias falsas. Em parceria com agências de checagem de fatos, começou a investigar e remover contas falsas de sua plataforma.


Já o Instagram, rede social que pertence ao Facebook, informa em página específica sobre o combate à desinformação, que desde maio de 2019 vem trabalhando com verificadores de fatos terceirizados nos Estados Unidos, que auxiliam a identificar, revisar e rotular as informações falsas. Esses parceiros, segundo a página, avaliam independentemente as informações falsas para detectá-las e reduzir sua distribuição.


Exemplo de atuação dos parceiros verificadores de fake news - Foto: Instagram


O WhatsApp, por sua vez, lançou um recurso que busca interromper o compartilhamento de fake news no aplicativo. As mensagens consideradas suspeitas por conter informações falsas aparecerão acompanhadas por um ícone de lupa. Este botão sugere uma pesquisa sobre o assunto em buscadores da internet. Em comunicado oficial, a equipe do WhatsApp compartilhou a seguinte mensagem:


“Temos visto um aumento significante na quantidade de mensagens encaminhadas que, de acordo com nossos usuários, podem contribuir para a disseminação de boatos e informações falsas. Acreditamos que é importante desacelerar a disseminação de mensagens encaminhadas para que o WhatsApp continue sendo um espaço seguro para conversas pessoais.”


Além disso, há uma série de sites e canais que disponibilizam uma ferramenta de verificação e checagem dos fatos (fact-checking). Nos últimos anos essa prática tem ganhado destaque principalmente nos momentos de eleição, para verificar se as informações utilizadas pelos candidatos nos discursos são verídicas.


Alguns sites brasileiros que podem ser relacionados são:

  • Fato ou Fake:  Idealizado pelo grupo Globo, o Fato ou Fake tem como foco a apuração de notícias falsas veiculadas na internet e conta com uma equipe de peso, composta por jornalistas de grandes veículos como Época, Extra, G1, CBN, TV Globo, GloboNews, Jornal O Globo e Valor Econômico;
  • E-farsas: Lançado em 2001, é um precursor na checagem de informações. O site também é responsável por analisar boatos que surgiram na internet e, após avaliação minuciosa, publica um post explicativo sobre o tema;
  • Boatos.org: Criado em junho de 2013, o Boatos.org é atualizado diariamente graças a uma equipe de jornalistas. O site, segundo consta na sessão "Sobre", é um espaço criado justamente para compilar algumas destas mentiras que são contadas online.
  • Senado Verifica:  serviço destinado à checagem de informações sobre o Senado. Com regras transparentes e uma classificação simples, esse serviço confere e classifica as informações e responde aos cidadãos de acordo com a política de uso do serviço. São checadas informações e conteúdos relacionados a proposições, atividades legislativas e administração do Senado. O material checado recebe três classificações: Fake, Fato e Impreciso.

Essas são apenas algumas ferramentas que podem ser utilizadas pelo cidadão para averiguar a qualidade e veracidade das informações compartilhadas. Não há uma medida única a ser tomada e tampouco há uma solução mágica que faça a extinção da disseminação de Fake News. É necessário, entretanto, que órgãos do Estado aliados com o setor privado ajam de maneira imediata.


De um lado pensa-se em mecanismos técnicos a serem implementados nas plataformas e redes sociais que, com inteligência - artificial ou não - fazem a análise crítica das informações compartilhadas e seja capaz de impedir a massificação de boatos. Do outro tem-se a esfera governamental e legal, que deve entender como lidar com o combate às fake news e, ao mesmo tempo, com a liberdade de expressão dos cidadãos nas plataformas.


INFORMAÇÕES DO AUTOR

Nome: Giovani Scalcon

Matrícula: 16102804

Disciplina: Redes Sociais e Virtuais

Orientação: Márcio Vieira de Souza


REFERÊNCIAS UTILIZADAS


MELO, Katrina (04/06/2018), “Conselheira de Comunicação critica leis de combate a Fake News que estão no Congresso”, https://jornalggn.com.br/noticia/conselheira-de-comunicacao-critica-leis-de-combate-a-fake-news-queestao-no-congresso Acessado em 19 de agosto de 2021.

DFNDR lab. Relatório da segurança digital no Brasil: segundo trimestre - 2018. Disponível em: https://www.psafe.com/dfndr-lab/
wp-content/uploads/2018/08/dfndr-lab-Relat%C3%B3rio-daSeguran%C3%A7a-Digital-no-Brasil-2%C2%BA-trimestre-de-2018.
pdf Acessado em 19 de agosto de 2021.

Bounegru, L., Gray, J., Venturini, T. & Mauri, M. (2017). A Field Guide to Fake news. Public ARTIGOS | 167Data Lab. Retrieved from http://fakenews.publicdatalab.org/.


domingo, 18 de abril de 2021

Redes Sociais e a Publicidade nos Dias de Hoje

Universidade Federal de Santa Catarina

Autor: Chrystopher da Silva Alves


Redes Sociais e a Publicidade nos Dias de Hoje


Os desenvolvedores das redes sociais focam em tornar o ambiente agradável aos usuários, trazendo publicações relevantes aos olhos deles. Nessas redes, o tempo gasto pelo usuário é o valor mais precioso para as empresas proprietárias desse ambiente, e o principal motivo é a publicidade.

Quanto mais tempo é gasto pelos usuários, mais publicidade é exposta e mais lucro a empresa tem. Muitas pessoas irão pensar que os anúncios são desagradáveis e repelem o usuário de estar nas redes por tanto tempo. A pergunta principal é: Como as donas das redes sociais conseguem expor publicidade e ainda atrair os usuários por tanto tempo?



Fonte: niroworld - Fotolia


As redes sociais que permitem empresas publicarem anúncios nela normalmente possuem um gerenciador de anúncios. Nessa ferramenta, um gestor de tráfego, que é quem insere a publicidade, escolhe para quais tipos de pessoas ele quer enviá-las. Não só isso, ele escolhe quando e como enviar.

Então, por exemplo, se eu sou um homem, de 25 anos, que curte páginas de barbearia e corte de cabelo, eu provavelmente receberei anúncios de cabeleireiros locais e barbearias também. A lógica aqui está em fazer anúncios de acordo com que o visualizador se identifica e, assim, diminuir a inconveniência do próprio.

Mas para falar de um tema tão amplo como marketing digital, precisamos contar um pouco do seu início até chegar nos dias de hoje. De acordo com a IAS Insider, o primeiro objeto de marketing digital foi um banner da empresa AT&T em 1994, em que os cliques levavam até o seu site. Não foi em uma rede social, porém indica os primórdios do comportamento dos anúncios nesses ambientes.


Fonte: Predicta

Normalmente, as plataformas de redes sociais atraem os usuários primeiro e só depois expoem publicidade. O Twitter começou em 2006 mas só abriu para propagandas em 2010. O Instagram lançou em 2010 e só três anos depois fez esse movimento, e por aí vai. Primeiro elas atraem pessoas para depois poderem monetizar a ferramenta.

A verdade é que é muito difícil encontrar alguém que realmente gosta de encontrar propaganda enquanto está nas redes sociais. Preferimos encontrar fotos de conhecidos, memes e publicações inteligentes, e as empresas perceberam isso. Cada vez mais as empresas estão se voltando a criar conteúdo que gere identificação com o usuário.



Fonte: Medium


Por um anúncio como esse do McDonalds, podemos passar os olhos sem realmente reparar que era um anúncio. Por se tratar de um meme, a linguagem usada e os elementos nos fazem interessar pelo hambúrguer, mas não pelo incômodo das propagandas.

Hoje em dia, os anúncios estão cada vez mais direcionados para o público-alvo. As redes sociais conseguem identificar cada informação que os usuários entregam e usam para anunciar para o público certo. Existem diversos dados que eles podem coletar, como o de pessoas que engajaram com a página, pessoas que viram certa porcentagem de um vídeo seu e pessoas que entraram em seu perfil.

Com isso, as empresas conseguem economizar em publicidade tradicional e focar seus gastos em anúncios com pessoas com maior probabilidade de compra. A diferença entre o marketing tradicional e o digital está nos dados, em conseguir medir os efeitos de um anúncio e suas consequências.


Referências


GIL, Rossmery. The evolution of social media advertising. Disponível em: https://insider.integralads.com/evolution-of-social-ads/. Acesso em: 04 dez. 2019.


RODRIM, Jardel. Como a publicidade evita os excessos do marketing nas redes sociais. Disponível em: https://whitecom.com.br/publicidade-e-redes-sociais/. Acesso em: 26 nov. 2020.


KNIZHNIKOV, Alex. Guia de Publicidade nas Redes Sociais. Disponível em: https://elama.com.br/blog/guia-de-publicidade-nas-redes-sociais/. Acesso em: 04 jun. 2020.






sábado, 17 de abril de 2021

Redes Sociais e a Publicidade nos Dias de Hoje

 Universidade Federal de Santa Catarina

Autor: Chrystopher da Silva Alves


Redes Sociais e a Publicidade nos Dias de Hoje


Os desenvolvedores das redes sociais focam em tornar o ambiente agradável aos usuários, trazendo publicações relevantes aos olhos deles. Nessas redes, o tempo gasto pelo usuário é o valor mais precioso para as empresas proprietárias desse ambiente, e o principal motivo é a publicidade.

Quanto mais tempo é gasto pelos usuários, mais publicidade é exposta e mais lucro a empresa tem. Muitas pessoas irão pensar que os anúncios são desagradáveis e repelem o usuário de estar nas redes por tanto tempo. A pergunta principal é: Como as donas das redes sociais conseguem expor publicidade e ainda atrair os usuários por tanto tempo?


Fonte: niroworld - Fotolia

           

        As redes sociais que permitem empresas publicarem anúncios nela normalmente possuem um gerenciador de anúncios. Nessa ferramenta, um gestor de tráfego, que é quem insere a publicidade, escolhe para quais tipos de pessoas ele quer enviá-las. Não só isso, ele escolhe quando e como enviar.

Então, por exemplo, se eu sou um homem, de 25 anos, que curte páginas de barbearia e corte de cabelo, eu provavelmente receberei anúncios de cabeleireiros locais e barbearias também. A lógica aqui está em fazer anúncios de acordo com que o visualizador se identifica e, assim, diminuir a inconveniência do próprio.

Mas para falar de um tema tão amplo como marketing digital, precisamos contar um pouco do seu início até chegar nos dias de hoje. De acordo com a IAS Insider, o primeiro objeto de marketing digital foi um banner da empresa AT&T em 1994, em que os cliques levavam até o seu site. Não foi em uma rede social, porém indica os primórdios do comportamento dos anúncios nesses ambientes.


Fonte: Predicta

Normalmente, as plataformas de redes sociais atraem os usuários primeiro e só depois expõem publicidade. O Twitter começou em 2006 mas só abriu para propagandas em 2010. O Instagram lançou em 2010 e só três anos depois fez esse movimento, e por aí vai. Primeiro elas atraem pessoas para depois poderem monetizar a ferramenta.

A verdade é que é muito difícil encontrar alguém que realmente gosta de encontrar propaganda enquanto está nas redes sociais. Preferimos encontrar fotos de conhecidos, memes e publicações inteligentes, e as empresas perceberam isso. Cada vez mais as empresas estão se voltando a criar conteúdo que gere identificação com o usuário.


Fonte: Medium


Por um anúncio como esse do McDonalds, podemos passar os olhos sem realmente reparar que era um anúncio. Por se tratar de um meme, a linguagem usada e os elementos nos fazem interessar pelo hambúrguer, mas não pelo incômodo das propagandas.

Hoje em dia, os anúncios estão cada vez mais direcionados para o público-alvo. As redes sociais conseguem identificar cada informação que os usuários entregam e usam para anunciar para o público certo. Existem diversos dados que eles podem coletar, como o de pessoas que engajaram com a página, pessoas que viram certa porcentagem de um vídeo seu e pessoas que entraram em seu perfil.

Com isso, as empresas conseguem economizar em publicidade tradicional e focar seus gastos em anúncios com pessoas com maior probabilidade de compra. A diferença entre o marketing tradicional e o digital está nos dados, em conseguir medir os efeitos de um anúncio e suas consequências.

        Para empresas com um nicho muito específico, isso é ainda mais acentuado. Elas conseguem divulgar seu produto com mais facilidade sem atingir pessoas que nunca ouviram falar do tema. Outro fator que pode acontecer é a empresa introduzir uma cultura para o seu produto divulgando anúncios atraentes que não foram feitos para vender de imediato, e sim, fazer com que o potencial cliente se interesse e conheça a empresa.



Referências


GIL, Rossmery. The evolution of social media advertising. Disponível em: https://insider.integralads.com/evolution-of-social-ads/. Acesso em: 04 dez. 2019.


RODRIM, Jardel. Como a publicidade evita os excessos do marketing nas redes sociais. Disponível em: https://whitecom.com.br/publicidade-e-redes-sociais/. Acesso em: 26 nov. 2020.


KNIZHNIKOV, Alex. Guia de Publicidade nas Redes Sociais. Disponível em: https://elama.com.br/blog/guia-de-publicidade-nas-redes-sociais/. Acesso em: 04 jun. 2020.



A facilidade das compras online impactando no consumo exagerado

 Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Autora: Eduarda Lettieri Dib Daud  

Artigo para disciplina de Redes Sociais e Virtuais 


A facilidade das compras online impactando no consumo exagerado


Fonte: SSX Digital

    A internet é uma ferramenta de extrema importância no dia a dia das pessoas na atualidade. Possibilita um acesso rápido a diversos meios de informação, interação e comunicação entre pessoas de diferentes lugares do mundo. Esse advento nos permitiu uma proximidade de entes queridos, quando não é possível estar junto fisicamente, disseminação de notícias com mais frequência e rapidez, expansão do comércio e de microempreendedores. Ou seja, uniu longas distâncias em apenas alguns cliques.

     É indiscutível como essa ferramenta transformou as formas de compras e vendas nos últimos anos, em que se tornou um dos principais meios para realizá-las. Essa transformação digital também trouxe mudanças significativas na forma como o consumidor se relaciona com a marca. Com o acesso mais facilitado e com a proliferação de smartphones, o comportamento do comprador foi reconfigurado. Nessas plataformas digitais é possível ter uma fonte de informação sobre o produto e serviço de determinada empresa, bem como saber quais são seus valores, o que acreditam e também o que defendem. 

    Em pesquisas realizadas pela MindMiners, com 1000 brasileiros respondentes, de vários lugares do país, apontaram que 54% deles são consumidores que seguem os perfis de suas marcas favoritas nas redes sociais. Pode-se notar que essa proximidade trouxe algumas importantes informações para os consumidores, mas também algumas consequências, que se analisadas de forma a entender alguns gatilhos que podem gerar, percebemos que foram negativas do ponto de vista do comprador.

Mas por que uma facilidade se torna algo maléfico?

    O consumismo é o ato de comprar excessivamente e sem necessidade, movido pelo impulso e desejo de comprar. Está diretamente ligado à sociedade moderna capitalista em que vivemos e à expansão da globalização, em que se reconhece que o consumo é sinônimo de bem-estar e de felicidade, além de ser característico de uma forma de prestígio e status.


Fonte: ARIONAURO CARTUNS -
Blog do Cartunista Arionauro: Charge Consumo Celular


    
Em meio a tantas facilidades encontradas na hora da compra pela internet, isso pode se tornar um abismo para aquela pessoa que busca prazer na aquisição de algo em excesso, com uma promoção aqui, outra ali, o consumismo vai se tornando mais acentuado, pois a compra é realizada apenas pelo prazer de aproveitar “aquela oferta que era limitada”. As marcas e lojas, atualmente, usam disso para atrair mais compradores, anunciando promoções, muitas vezes falsas, para que o potencial consumista caia na armadilha de que está precisando daquilo no momento. 

    Para que esse tipo de comércio, o e-commerce, cuja venda é realizada através de alguma plataforma online, chame atenção das pessoas, existe uma disputa imensa de liquidações, ofertas, rapidez na entrega do produto, frete grátis, facilitador de pagamentos, ou seja, uma publicidade em massa para atrair cada vez mais compradores. 

    O comportamento consumista pode ser motivado por uma série de fatores, como mídias e táticas de propaganda utilizada pelas organizações empresariais. Isso é o que vivemos, todos os dias somos bombardeados de informações de produtos e serviços à venda em nossas redes sociais, basta um clique em algum site, ou demonstrar algum tipo de interesse em algum produto para começar o marketing digital em suas ferramentas de interação social. Nossos dados são colhidos diariamente para esse tipo de comércio.


Fonte: buildfire

    Com a situação de pandemia da Covid-19 que estamos enfrentando há mais de um ano, esse quadro de consumo online tem se agravado ainda mais, através de dados levantados pela Cashback World, foi analisado o comportamento de compra dos consumidores. Já no primeiro mês de pandemia, em março de 2020, o Brasil apresentou um aumento nas compras online de 73% em relação a fevereiro do mesmo ano. Ainda nesse período, o levantamento apontou que as categorias com maior destaque de vendas nas plataformas foram de Pets com 209% de aumento, Saúde & Beleza com 91%, Alimentos & Bebidas com 28%, Eletrônicos com 14% e Farmácias com 10%.

    Esse consumismo acentuado atrelado ao desenvolvimento das redes sociais e da internet como um todo, tem agravado alguns problemas tanto psicológicos, de saúde mental, quanto com questões ambientais. As redes sociais são ferramentas de muita rapidez e informação que tem gerado ansiedade em seus usuários, por estar sempre ligada ao melhor da vida das pessoas, como se tudo fosse perfeito, fazendo com que as pessoas queiram adquirir coisas que veem para tentar suprir essa necessidade de estar se sentindo bem e igual aos influenciadores digitais. 

    Outra consequência bastante grave é a relação do consumismo com o meio ambiente, que está sendo diretamente afetado para satisfazermos nossos prazeres supérfluos, o qual incentiva o desperdício, gerando uma enorme quantidade de lixo, além da poluição com transporte e produção de produtos. 





Referências:

 ECOTELHADO. Consumismo: Você sabe as consequências que geram na sua vida? 2016. Disponível em: https://ecotelhado.com/consumismo-voce-sabe-as-consequencias-que-geram-na-sua-vida/. Acesso em: 10 abr. 2021.

 BRASIL, Redação E-Commerce. Consumo online no Brasil cresceu 73% em março, revela pesquisa. Disponível em: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/consumo-online-brasil-cresceu-marco/. Acesso em: 10 abr. 2021.

FRANKENTHAL, Rafaela. Entenda o comportamento do consumidor nas redes sociais. 2018. Disponível em: https://mindminers.com/blog/comportamento-do-consumidor-redes-sociais/. Acesso em: 10 abr. 2021 

MOURA, Natalia. Consumismo: você sabe o que é isso? 2018. Disponível em: https://www.politize.com.br/consumismo-o-que-e/. Acesso em: 10 abr. 2021

Imagens:







sexta-feira, 16 de abril de 2021

A EXPORTAÇÃO DE CULTURA VIA REDES SOCIAIS

A EXPORTAÇÃO DE CULTURA VIA REDES SOCIAIS

Aluna: Laura Eugênia Corrêa da Silveira
Matrícula: 20103845
Disciplina: Redes Sociais e Virtuais

Não é novidade alguma a pratica de exportar cultura pelo mundo, já nos anos durante a Guerra Fria o mundo pode presenciar uma constante propaganda do American Way Of Life, através principalmente do cinema dos anos 1950, o estilo de vida americano foi disseminando em massa por todos os cantos deste planeta.

O modo de viver em qualquer cultura é revelado não por aquilo que é dito ou escrito emocionalmente sobre isto porque se gosta ou não, mas através da análise de certos indicadores. Entre aqueles normalmente validados por cientistas sociais, têm-se a imprensa – e suas modernas variações como rádio e televisão –, livros e revistas mais comumente lidas, esportes e entretenimento, música, artes, teatro, [...] cinema [...], divórcio e a permanência em casa, boas ou más maneiras, [...] educação, [...] religião [...]. Se alguém examinar algum destes indicadores desapaixonadamente, objetivamente, vai rapidamente descobrir o que é o modo americano de viver nesta metade do século XX. (BELL, 2001:12)


Portanto, é oportuno compreender a importância da mídia nesse movimento e todos os benefícios que ele gerou ao país, a crescente economia e a grande curiosidade das pessoas em experimentar a vida no país.

No século XXI, com a evolução das tecnologias e a introdução das redes sociais, outro fenômeno esta em crescente, a Hallyu Wave, que para Kim (2012, p. 2) teve destaque no governo de Lee Myungbak (2002- 2006), em que o objetivo seria redefinir a reputação nacional e valorizar a Nation Branding. Para um país pequeno essa seria a melhor oportunidade de crescer, não somente no continente asiático, como também expandir sua força para o ocidente, que por anos foi dono de todas as atenções. A “Onda Coreana” pode ser separada em estágios, estando atualmente no seu auge.

A Coreia do Sul está cada vez mais se posicionando como um fenômeno extraordinário de cultura e entretenimento, exportando músicas, seriados de TV, cartoons, dramas transmitidos pela internet, filmes exibidos em cinemas tradicionais, jogos digitais e coreografias. Só em 2018, essa onda cultural garantiu uma renda para o país superior a US$ 7,4 bilhões. (ROMILDO, 2019)


Sendo assim, é preciso também mencionar a grande força do K-pop, um gênero musical que dificilmente alguém não tenha pelo menos ouvido falar, o K-pop é “patrocinado” pelo próprio governo coreano “O Ministério da Cultura teve verba reforçada e ganhou setor dedicado à cultura popular, depois apelidado “departamento de k-pop” (ORTEGA, 2019), que viu na musica uma forma de exportação cultural, no qual segundo o jornalista Ortega (2019), já movimenta 4,7 bilhões de dólares todos anos, além disso, a entrada das produções midiáticas coreanas no mundo ocidental está em peso com os k-dramas e os filmes (vale destacar, Parasita sendo o primeiro filme estrangeiro a ganhar um Oscar de melhor filme).  Um país homogêneo se vê nos dias atuais recebendo mais e mais estrangeiros todos os dias, conhecendo sua comida, consumindo seus produtos e principalmente movendo sua economia.



É inegável a força da cultura coreana presente nas redes sociais, o país se beneficia da divulgação sem precisar de grandes esforços, pois conta com milhares de usuários dispostos a divulgar e propagar a sua cultura. A principal rede usada é o Twitter, no qual você pode encontrar em toda postagem fancam’s (exemplo abaixo), que podem ser extremamente irritantes, porém também muito eficazes, uma vez visualizadas desperta interesse na música ou na dança do vídeo em questão




Por fim, é possível concluir que a divulgação da cultura ficou mais fácil com as redes sociais, a China começa a tentar o mesmo feito, mesmo que ainda em pequenas proporções, por ser inegável a vantagem de ser uma nação, na qual influencia modas, o que as pessoas assistem, ouvem e consumem, um país pode se beneficiar de diversas maneiras deste recurso e expandir suas fronteiras, a Coreia do Sul utilizada como exemplo neste trabalho, já colhe seus frutos e está se tornando um grande influenciador do sudeste asiático e do ocidente, com pessoas sonhando em viver o “Korean Way Of Life”. 

Curiosidade: abaixo um vídeo de um grupo sul coreano fazendo uma apresentação na tão fechada Coreia do Norte, curioso e até engraçado a plateia não demonstrar praticamente nenhuma reação.


REFERÊNCIAS

BELL, Bernard Iddings. Crowd culture – an examination of the American Way of Life. 4. ed. Washington/USA: ISI Books, 2001. [1952]  

CARVALHO, Fernanda Vieira. HALLYU WAVE: a cultura como mecanismo de soft-power sul coreano. Estado e Sociedade Frente As Questões Sociais, [S.L.], p. 10-21, 21 nov. 2019. Atena Editora. http://dx.doi.org/10.22533/at.ed.0141921112.

KIM, Hwajung. The Importance of Nation Brand. Cultural Diplomacy, nov 2012.

ORTEGA, Rodrigo. K-pop é poder: como coreia do sul investiu em cultura e colhe lucro e prestígio de ídolos como bts. Como Coreia do Sul investiu em cultura e colhe lucro e prestígio de ídolos como BTS. 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2019/05/23/k-pop-e-poder-como-coreia-do-sul-investiu-em-cultura-e-colhe-lucro-e-prestigio-de-idolos-como-bts.ghtml. Acesso em: 01 abr. 2021.

ROMILDO, José. Coreia do Sul se posiciona como um gigante cultural no mundo. 2019. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2019-11/coreia-do-sul-se-posiciona-como-um-gigante-cultural-no-mundo. Acesso em: 01 abr. 2021.



quarta-feira, 30 de outubro de 2019

O uso das redes sociais nos processos de recrutamento e seleção

O uso das redes sociais nos processos de recrutamento e seleção

Por Kauane Melo de Lima 

Universidade Federal de Santa Catarina

Disciplina: Ambientes Virtuais de Aprendizagem 


É notório o impacto que as tecnologias vem causando na vida da pessoas, principalmente pelo acesso às mais variadas redes sociais. Impelidos também aos avanços tecnológicos, os responsáveis pelos Processos de Recrutamento e Seleção das empresas, têm usado da ‘espionagem’ nas redes sociais, que ao invés do tradicional currículo de papel, utilizam as redes para encontrar e pesquisar a carreira e as competências específicas dos profissionais que se oferecem à contratação.
Assim como atualmente as redes sociais são utilizadas também para divulgação de produtos e eventos, difusão do conhecimento, bem como acabam por se tornar verdadeiras ‘vitrines’ dos usuários. É possível que através das redes sejam conhecidos os perfis dos candidatos, além daquilo que é apresentado profissionalmente, ou em uma entrevista formal de recrutamento.  

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Além disso, os ambientes virtuais são espaços que os usuários utilizam para divulgação das mais variadas informações, como as suas preferências, os valores que defendem, a maneira que pensam e agem. Facilitando que network sejam criados, ou então, que os recrutadores identifiquem aqueles com perfis ideias que se identifiquem com a empresa para o preenchimento da vaga. 

Outro ponto positivo para as empresas que utilizam as redes sociais nos processos de recrutamento e seleção é a facilidade de acesso, diferentemente dos processos tradicionais. Com isso, o processo torna-se mais rápido, com um menor custos e com minimização de possíveis erros nas contratações, escolhendo um perfil que melhor se encaixe com os interesses da organização. 

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Mas afinal, ‘Qual o impacto das redes sociais no recrutamento e seleção para um determinada vaga?’
A ‘postura’ das redes sociais podem interferir em processos decisórios das organizações, como a seleção ou não de um candidato à vaga de um emprego. Portanto, aquilo que é exposto nas redes, a maneira com que os usuários agem, as atitudes e falas que são demonstradas, bem como as roupas e fotos que são postadas, podem atrair olhares, tanto positivos como negativos.
Nas redes sociais mais conhecidas atualmente, temos o Facebook e o Twitter, como locais para conhecer melhor sobre a postura social do candidato. O linKedin, é ideal para encontrar os profissionais, onde é apresentado um pequeno currículo do candidato e atividades que esse já realizou. Ainda, pode ser utilizado o Instagram, para que o recrutador saiba a maneira como o candidato se comporta, as roupas que utilizam e a postura que as suas fotos buscam passar. 
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Por mais qualificações que o profissional possua, há posicionamentos que podem fazer com que o candidato seja descartado na hora. Segundo o site Exame, os principais erros cometidos nas redes sociais e que afetam as decisões dos recrutadores são:
- Postagens ou fotos provocativas ou inapropriadas;
- Postagens com conteúdo sobre consumo de álcool ou drogas;
- Reclamações sobre ex-empregadores, colegas de trabalho ou empresas;
- Pouca habilidade de comunicação e erros na comunicação;
- Comentários discriminatórios/preconceituosos;
- Mentiras sobre qualificações;
- Informações confidenciais sobre ex-empregadores;
- Ligações com prática criminosas;
- Mentiras sobre uma ausência ou falta ao trabalho;
É interessante que seja feito uma análise antes da postagem, imaginando com a visão de um possível recrutador, se você contrataria ou não essa pessoa para ocupar um cargo em sua empresa.
Referências
AS REDES SOCIAIS NOS PROCESSOS DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO. Administradores.com.Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/as-redes-sociais-nos-processos-de-recrutamento-e-selecao. Acesso em: 25 de outubro de 2019.
QUAL O IMPACTO DAS REDES SOCIAIS NO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO. Compleo.Disponível:http://blog.compleo.com.br/qual-o-impacto-das-redes-sociais-no-recrutamento-e-selecao/. Acesso em 25 de outubro de 2019. 
REDES SOCIAIS E O PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO. RH Portal.Disponível:https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/redes-sociais-e-o-processo-de-recrutamento-seleo/. Acesso em 25 de outubro de 2019.
PEREIRA, Diego. A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO PROCESSO DE SELEÇÃO DE EMPREGO. Disponível em:http://saiavip.com.br/a-influencia-das-redes-sociais-no-processo-de-selecao-de-emprego/. Acesso em: 25 de outubro de 2019.













O que é Educação Midiática e qual seu papel na formação de cidadãos? - Maria Eduarda Silveira Ferrari



O que é Educação Midiática e qual seu papel na formação de cidadãos?

Atualmente, os modelos de educação precisam se readaptar constantemente às rápidas transformações do meio. Conhecimentos e habilidades que há muito tempo são ensinos, precisam ser adaptados e trazidos para mais perto da realidade vivida no dia-a-dia.
 Nossas crianças e adolescentes hoje em dia lidam com um volume de informações e conteúdo imensamente superior ao que seus pais e avós quando tinham a mesma idade. O acesso a internet facilitado, os meios de comunicação em massa e a democratização da veiculação de notícias, expõem os jovens a novas informações de maneira muito mais veloz. Por um lado, isso traz conveniência para estudo e busca de conhecimento, mas até que ponto essa facilidade de buscar e oferecer conteúdo na rede é benéfica? De que maneira pode-se discernir e filtrar fatos de rumores? Como conscientizar o futuro do país frente a tal cenário?
A Educação midiática surge como uma vertente para incentivar responsabilidade e cidadania na atuação entre os meios digitais, já estando presente em países como Inglaterra, Austrália e Canadá em meados dos anos 1970. No geral, os estudos e aplicações da Educação Midiática seguem três vertentes, que são guiadas pelos Protocolos Moral, Cultural e Mediático. O primeiro, o Protocolo Moral, é bastante pautado em garantir respeito à infância e juventude, tendo em vista responsabilidade social, e é bastante utilizado para pautar classificação indicativa para entretenimento. Já o Protocolo Cultural, é voltado para incorporação de mídias e comunicação no geral a vivência dos jovens, visto que compõem parte importante da cultura da época em que vivemos, logo não podemos privá-los de entender e acessar. Por último, o Protocolo Mediático, mais recente entre as correntes teóricas, abrange mais do que só mídias socais no que se refere a comunicação, justamente prezando pelo melhor desenvolvimento das capacidades comunicativas nos jovens.
 Se comunicar em rede requer entendimento para analisar as informações que estão sendo veiculadas, entender como criar conteúdo online de maneira inteligente e coerente, além de promoção de criticidade como um todo nos cidadão atuantes nas mídias sociais. Por isso no Brasil, em 2017, o BNCC (Base Nacional Comum Curricular), teve Jornalismo Midiático integrado aos conteúdos da disciplina obrigatória no ensino fundamental de Língua Portuguesa. O próprio Programa de Educação Midiática, pauta em 3 pilares os objetivos da Educação Midiática: Ler Criticamente, interpretar e avaliar as informações que são bombardeadas em todos os canais de comunicação, Escrever com Responsabilidade, as pessoas passaram a assumir um protagonismo muito maior em veicular conteúdo e tendo em vista a crescente veiculação de fake news, é preciso saber se expressar com consciência, e por último Participar Ativamente, que confere sentido ao endossamento realizado online, por curtidas, comentários, compartilhamentos ou qualquer outra ferramenta que confira poder de gerar visibilidade a ideias.


Dentro do Educamídia, essas 3 habilidades elencadas como base do Programa, são para o caminho para educar a população, mas principalmente crianças e adolescentes frente a enxurrada diária de informação a que somos submetidos. João Alegria, membro do Conselho Consultivo do Educamídia, expõe em entrevista que:
“Com certeza, pessoas que construam uma capacidade de se relacionar com tudo isso [informações, imagens, notícias], com mais consciência, com mais tranquilidade, com mais capacidade de análise, serão melhores cidadãos do que estamos vendo agora.”





Ou seja, um dos caminhos para fomentar maior senso de cidadania nos brasileiros seria por meio da Educação Mídiática, visto que hoje a maior propagação de notícias, sejam elas verdadeiras ou não, ocorre pelas mídias digitais. Nosso conhecimento geral é, em grande parte, uma junção das informações que absorvemos nos meios que convivemos e atuamos, dessa forma pautamos muitos pensamentos e atos em cima desses conteúdos que nos são oferecidos.

Assim, entende-se que essa aproximação da Educação dos meios de Comunicação como um todo, é um passo cada vez mais claro e necessário para melhor formar os cidadãos brasileiros para uso responsável dos meios digitais. Na era digital em vivemos atualmente, cada vez mais estaremos conectados pelas mídias comunicativas, recebendo informações, compartilhando percepções, pautando ações em cima desses meios digitais. Por isso, a incorporação da educação midiática, de alguma forma, já no ensino de crianças e adolescentes, se mostra essencial se quisermos ter nos próximos anos cidadãos mais conscientes e capazes.

Referências:

CAFARDO, Renata. Programa de Educação Midiática é lançado em São Paulo. Disponível em: <https://educacao.estadao.com.br/blogs/blog-renata-cafardo/programa-de-educacao-midiatica-e-lancado-em-sao-paulo/>. Acesso em: 29 de outubro de 2019.
SOARES, Ismar de Oliveira. Educomunicação e Educação Midiática: vertentes históricas  de aproximação entre Comunicação e Educação. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/72037/87468>. Acesso em 28 de outubro de 2019