terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Netflix e a batalha dos streamings

EGC5020-09318/10316 - Redes Sociais e Virtuais

Eduardo Duarte Iusim - 19102860


ORIGEM

Fundada em 1997, como um serviço de entrega de DVD pelo correio nos Estados Unidos,

a Netflix transformou a forma de consumo de entretenimento para sempre, com a criação

seu streaming (tecnologia que transmite conteúdos pela internet em qualquer dispositivo

com conexão sem a necessidade download). Lançado no país de origem em 2007, e

disponível no Brasil a partir de 2011, a plataforma permitiu que um assinante pudesse

assistir qualquer conteúdo que estivesse no catálogo, a qualquer momento.


CRESCIMENTO

Sua nova proposta de consumo extinguiu as locadoras físicas com o passar dos anos, ao

passo que o cliente poderia assistiu seu filme/série favorito sem sair do conforto de sua

casa. Além disso, o serviço foi a principal causa para a contínua queda dos assinantes de

TV por assinatura, que contém um modelo ultrapassado de diversos canais que não

interessam grande parte da população, com programação repetitiva e que não dá liberdade

ao consumidor assistir o que deseja a qualquer momento, tendo ainda um preço mais

elevado.

Assim, o crescimento da empresa foi exponencial na última década. De 2011 até 2021, o

número de assinantes subiu de 21,5 milhões para 219,7 milhões, com cada ano superando

o anterior. Outro fator que ajudou nisso e revolucionou o mercado, foi a decisão produzir e

transmitir suas próprias séries e filmes. Ao contrário dos canais de televisão que lançavam

um episódio por semana em suas séries, a Netflix libera todos os episódios da temporada

de uma vez só, o que estimulou e popularizou o termo "maratonar", onde a pessoa assiste

um conteúdo sem parar, por um curto período de tempo.



MUDANÇA

Nos últimos anos, a Netflix, pioneira no setor, deixou de ser a líder isolada no mercado de

streaming. Concorrentes como o Prime Video (da Amazon), Disney+ e HBO Max, entre

outros, dividiram a atenção e o bolso dos consumidores. Anteriormente, a Netflix continha

dezenas de conteúdos de outros estúdios, que agora possuem seus próprios serviços de

streaming, como a Disney, com séries e filmes das marcas Marvel e Star Wars, entre outras.


Além disso, o preço de sua assinatura, ao mês, é relativamente maior que a de suas

maiores concorrentes no momento, conforme abaixo.

● Netflix Premium (4 telas, até 4K HDR): R$ 55,90

● Prime Video: R$ 14,90

● Disney+: R$ 27,90

● Star+: R$ 32,90

● HBO Max multitelas: R$ 27,90


Esses são alguns pontos que explicam a perda de assinantes que a empresa teve no ano

de 2022. Em março, foi a primeira vez, após dez anos, que o serviço registrou perda no

número de assinantes - 200 mil, seguido por outra queda, de aproximadamente 1 milhão de

usuários, em junho. Neste último, a Netflix foi ultrapassada pela Disney em números de

assinantes totais - 221,1 milhões contra 220,7 milhões - somando todas suas plataformas

(Disney+, Hulu e ESPN).


FUTURO

Apesar dos resultados preocupantes no início e meio do ano, isso não desespera a

empresa. Primeiro, no terceiro trimestre de 2022, a plataforma registrou um aumento de

2,41 milhões de assinantes, revertendo a queda do primeiro semestre. Entre os fatores que

contribuíram para isso, está o sucesso de suas produções originais, como a 4a temporada

de "Stranger Things" e o filme "Agente Oculto".


Além disso, a Neflix já se encontra em um ponto de maturação, depois de anos de

crescimento rápido, e agora deve ter o foco em reter seus mais de 200 milhões de usuários,

já que não consegue mais crescer tanto, conforme o limite de mercado. Ainda, a empresa

anunciou, em outubro, um plano com um preço menor, de R$ 18,90 ao mês, que tem todo o

catálogo da a plataforma, mas com propaganda, sendo uma forma de concorrer em preço

com os outros streamings.

Como pode ser visto, a batalha dos streamings está longe de acabar, e engana-se quem

acha que a Netflix perdeu muita força, já que mesmo após quedas, continua ganhando

usuários e produzindo conteúdos que agradam milhões de fãs. E por fim, os consumidores

são os maiores vencedores dessa disputa, já que possuem uma vasta gama de

oportunidades e cada vez mais conteúdos disponíveis.


Referências:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Netflix#:~:text=Fundada%20em%201997%20nos%20Estados,pa

%C3%ADses%20t%C3%AAm%20acesso%20%C3%A0%20plataforma.


https://www.infomoney.com.br/consumo/disney-passa-netflix-em-numero-de-assinantes-e-anuncia-streaming-com-publicidade/


https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/08/netflix-chega-aos-25-anos-com-hegemonia-

contestada-e-cara-de-tv.shtml


https://olhardigital.com.br/2022/09/06/internet-e-redes-sociais/tv-por-assinatura-perde-mais-

166-mil-clientes-entenda/


https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2022/07/19/netflix-perde-970-mil-assinantes-mas-esp

era-voltar-ao-crescimento-no-3o-trimestre.ghtml

https://www.tecmundo.com.br/mercado/237342-netflix-perde-assinantes-1-vez-10-anos.htm


https://www.poder360.com.br/economia/netflix-tem-241-milhoes-de-novos-assinantes-apos-

2-tri-em-queda/


https://forbes.com.br/forbes-tech/2022/10/netflix-detalha-novo-modelo-de-negocios-baseado

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