AS REDES SOCIAIS E O AUMENTO DAS FAKE NEWS

 AS REDES SOCIAIS E O AUMENTO DAS FAKE NEWS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO

DISCIPLINA REDES SOCIAIS E VIRTUAIS  

Pedro Henrique Teixeira Nogueira - 18100908

Alinhado com o avanço da tecnologia e dos meios de comunicação virtual, e também muitas vezes com o desejo de ganhar seguidores e ou apenas ter mais cliques em suas publicações, as fake news estão cada vez mais presentes nas redes sociais. As fake news não são algo recente, mas recentemente tem se falado mais sobre o assunto. No século XVI na Itália existia o Pasquins que era um meio usado para difundir notícias que em grande maioria eram falsas e desagradáveis sobre os políticos da época. Já no século seguinte, surge em Paris os Canards, gazetas com notícias falsas também, como aconteceu na Alemanha também com notícias falsas sobre outros países e acontecimentos, uma vez que era caro fazer uma viagem e captar notícias do exterior. 

Uma definição mais completa sobre o que é fake news é como Allcott e Gentzkow definem que são “artigos noticiosos que são intencionalmente falsos e aptos a serem verificados como tal, e que podem enganar os leitores”. Dessa mesma forma, para uma notícia se tornar uma fake news é necessário que incite um grande número de público o que inclui testemunhas, aliados, reações e compartilhamentos assim como também é necessário ter opositores para contestar, marcar e desmentir as fake news e o grupo que espalha esse tipo de notícia.

As redes sociais ajudam e influenciam na disseminação das fake news de uma forma fácil e rápida pela falta de regras assim como também algoritmos que selecionam aquilo que a pessoa mais assiste e clica e direciona mais conteúdos como aqueles. O compartilhamento dessas fake news é feito através de links e geralmente com uma manchete chamativa e que afirma uma inverdade. É importante para esses grupos que divulgam as notícias falsas que a manchete seja chamativa, uma vez que entre o compartilhamento e a leitura de fato da notícia há uma distância enorme e assim o grupo que divulgou tal notícia falsa, ganha um engajamento. A agilidade das redes sociais e a necessidade das pessoas de querer ter razão ou querer mostrar que sabe algo do que assumir desconhecimento sobre o assunto faz com que essa disseminação aumente cada vez mais, com um objetivo de manipular a opinião pública, obter vantagens econômicas e desprestigiar instituições. 

Segundo uma pesquisa feita pela Reuters Digital News Report, o Brasil é o país que está mais preocupado com a disseminação de notícias falsas na internet, no caso indicou 84% dos brasileiros está preocupado com as fake news e a pesquisa também indicou que para 40% do grupo de 40 países os políticos são os maiores responsáveis pela desinformação nas redes.

É fato que fake news existem e que cada vez mais estão presentes nos nossos meios virtuais, o que pode ser feito é não acreditar em tudo que vê, sempre checar as informações recebidas tanto quando recebe ou quando vai compartilhar alguma notícia e caso tenha dúvida, não compartilhar. Outra forma de combater as fake news é encaminhar as mensagens ou notícias falsas para grupos que existem para a verificação desses fatos e o principal é fazer a denúncia nos sites e nas plataformas de redes sociais para que cada vez menos tenha notícias falsas circulando, interferindo no conhecimento e na aquisição de verdades para uma vivência de verdades e não um círculo de mentiras. 

Referências: 

Brasil é o país onde há mais preocupação com as fake news. Disponível em <https://www.poder360.com.br/brasil/brasil-e-o-pais-onde-ha-mais-preocupacao-com-as-fake-news/> Acesso: 13 de outubro de 2022. 

DELMAZO, Caroline; C.L. VALENTE, Jonas. Fake news nas redes sociais online: Propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Disponível em <https://impactum-journals.uc.pt/mj/article/view/2183-5462_32_11/4561> Acesso: 13 de outubro de 2022.

VELASCO, Clara; ROCHA, Gessyca; DOMINGOS, Roney. Fato ou Fake: Como combater as fake news? Disponível em <https://g1.globo.com/fato-ou-fake/noticia/2022/04/04/fato-ou-fake-como-combater-as-fake-news.ghtml> Acesso: 13 de outubro de 2022.