UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
AMBIENTES
VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM
PROFESSOR:
MARCIO VIEIRA DE SOUZA
ALUNA:
LAIS LIMA MAT.: 16201133
O AUMENTO
DO CONSUMO PELO E-COMMERCE VERSOS FALTA DE CONSUMO CONSCIENTE
As mídias sociais sempre foram a
chave para influenciar o consumo das pessoas tanto em locais físicos, quanto em
compras online. A partir do momento que uma pessoa liga a televisão, é
bombardeada por propagandas que trabalham o subconsciente projetando a
informação de que, a pessoa precisa daquele novo carro, daquele novo lançamento
de celular, uma geladeira maior, uma
televisão full hd para assistir os jogos em todas as dimensões, e mais inúmeras
ofertas gerando necessidade no consumidor.
Mesmo que o indivíduo não precise, determinam o que ele compra e consome.
Em contrapartida, estamos em uma geração mais conectada, interligada por conexões e informações 24 horas por dia, e
esta interação entre as pessoas permitem com que haja uma exposição maior de
ideias gerando interesses comuns e relações mais sólidas com o grupo, marcas ou
empresas.
Na
geração atual, as pessoas ficam perdidas sem a internet, tamanho é a
necessidade projetada, e tudo gira em
torno da conectividade . Ela permite que as pessoas se conectem entre si independentemente
de onde esteja. E as Mídias Sociais surgiram como uma ferramenta de comunicação
na web, que permite as interações e conexões entre pessoas de acordo com
Recuero (2009). No momento mais crucial da
pandemia a quantidade de residências com acesso a internet aumentou de 71% para
83%, o interessante é que estes números destacam principalmente as classes C,D
e E. As classes mais altas alcançaram a maior porcentagem 99%
superando as demais.
Não
à toa, diante desse cenário, as redes sociais são as principais ferramentas para
uma estratégia eficaz de Marketing Digital. Como exemplo, 62% dos
brasileiros estão ativos nas redes sociais. São mais de 100 milhões de usuários aptos
a encontrar seu produto de interesse para suprir sua necessidade. O consumo pelo meio digital em lojas de
e-commerce já estava em constante crescimento desde a década de 1990, e continua se fortalecendo. Mediante a situação atual de
pandemia, que impediu o consumo nos
centros físicos, os consumidores correram para as plataformas digitais. O
Brasil é o país da américa latina que registrou o maior aumento de compras
online no ano de 2020 com aumento de 30%. A região sudeste no primeiro
trimestre de 2020 foi a que mais consumiu, mas com o passar dos meses, outras
regiões também passaram a comprar online, tendo porcentagens significativas.
Neste tempo de
pandemia, empresas saudáveis financeiramente não sentiram tanto impacto
negativo mediante ao cenário que ainda vivemos. Empresários estudaram formas de
alavancar suas vendas entrando para o meio digital, sem deixar suas lojas
físicas de lado, e perceberam que estas modificações foram de extrema
importância para os negócios da empresa. Ideias muito bem estudadas e
elaboradas trouxeram resultados espetaculares para algumas organizações que
fecharam as lacunas e se reinventaram, aproximando os clientes da empresa
também pelos meios digitais. Mesmo em um período tão castigado por perdas
econômicas, empresas que cresceram com a crise usaram basicamente do mesmo
modelo de negócio: criar soluções diante das novas demandas do cenário atual.
Com toda esta mudança na forma de consumir, novos estudos devem ser feitos em relação
aos gostos e comportamentos do consumidor. As organizações precisam sair da
caixa para conseguir suprir a expectativa do cliente que
está priorizando saúde e bem- estar, flexibilidade e resposta rápida.
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Os brasileiros
perderam o medo de consumir pelas plataformas de e-commerce, ganharam mais
confiança e estão se sentindo seguros em relação aos sites de compras. Pelas
pesquisas, a fidelidade as empresas de
consumo é similar quando consumida em lojas físicas, eles voltam para as mesmas
que já compraram e deram certo desde o processo da escolha do produto,
pagamento e entrega. Com o afrouxamento das regras de distanciamento, as lojas físicas voltaram a ser visitadas, consequentemente as filas aumentaram, atendimentos
mais demorados, e a experiência negativa de não encontrar o que procura, fora a
exposição, mesmo com a informação de que a
pandemia está controlada, o risco ainda é eminente. As empresas precisam se
esforçar para manter a qualidade nos processos nas lojas físicas quanto nas
lojas virtuais, proporcionando ao cliente uma boa jornada de consumo em ambas.
Mediante ao aumento do consumo tanto
em lojas físicas, quanto em lojas virtuais, a sociedade está sendo educada a
consumir de forma consciente? - É verdade que a
população mundial cresceu muito desde sua existência. No século XVIII (durante
a revolução industrial) éramos cerca de 750 milhões de habitantes. Hoje, somos
7,6 bilhões de seres humanos na Terra. E segundo a Organização das Nações
Unidas (ONU), a população mundial deve chegar a 8,6 bilhões de habitantes até
2030. Isto naturalmente proporciona um aumento no consumo dos recursos naturais.
Além deste problema, existe a produção de lixo gerados diariamente pela
sociedade. Segundo o jornalista André Trigueiro discorreu em uma palestra no
TEDx Sudeste em 2010: “sem o consumo consciente não há salvação, não
há solução para a humanidade. Nós vamos replicar o modo operante dos gafanhotos,
da praga dos gafanhotos dizima os recursos naturais não renováveis num planeta que
é um só”.
A
projeção lançada pelas mídias sociais na mente do consumidor, de que ele
precisa consumir e que, este consumo está associado ao sentimento de prazer,
satisfação e felicidade tem gerado um impacto absurdo no aumento de resíduos no
planeta. A suposta felicidade trazida pela aquisição de bens é transitória, e
acaba por nos levar a um círculo vicioso. O “ser” precisa ocupar mais
importância na sociedade do que o “ter”, equilibrar o uso das redes sociais,
diminuir o tempo na frente da televisão, e dividi-lo com um livro, como consequência, o fato de absorver menos propagandas, gera um impacto significativo na mente, diminuindo a ansiedade, e a sensação de que precisa comprar algo. Trazer de volta a consciência latente como importância fundamental para um consumo
consciente.
Foi realizado uma pesquisa no Brasil sobre o tema Sustentabilidade, houve um aumento de 60% dos brasileiros que já ouviram falar, mas não entende o que significa na prática, e nem o que o termo significa. A cultura da sustentabilidade precisa ser mais bem trabalha na sociedade, gerando soluções mais rápidas para o lixo descartado.
O ensino pelo ambiente virtual de aprendizagem esta sendo utilizado com avidez no momento atual. Encontramos vídeos significativos de ensino para vários temas, de diversas áreas acadêmicas. Este tema abordado está relacionado com uma cultura que tem nos envolvido, e tudo que inclui a sustentabilidade, proteção do meio ambiente, consumo consciente e outros, tem haver com toda a sociedade. Mas, a falta de entendimento em relação a estes assuntos tem levado o ser humano nadar a favor da maré, realizando muitas vezes compras desnecessárias, apenas por estar envolvido com o consumismo. Assim como uma matéria de matemática, ou ciências é lecionada no ensino fundamental, tão importante quanto é criar materiais de ensino abordando a sustentabilidade, que é a base para toda mudança da sociedade. Lecionar nas escolas desde a infância, até que elas entendam o real significado, é fundamental e pode gerar na sociedade mudanças significativas. Vídeos educativos divertidos, coloridos que possam chamar a atenção do aluno, é bem possível que transforme uma mudança na conduta dos jovens com o meio ambiente. É necessário que se comece da base, a base é a infância.
Projetos como estes, precisam ser mais evidentes, nesta era conectada, deve-se aproveitar a oportunidade de levar o ensino digital de temas como estes para todas as escolas. Os professores precisam ser direcionadores dos alunos, e instigá-los a buscar mais sobre.
REFERÊNCIAS
ADMINISTRADORES.
A influência do e-commerce no
comportamento do consumidor. Disponível em:
< https://administradores.com.br/artigos/a-influencia-do-e-commerce-no-comportamento-do-consumidor> Acesso em : 11 de fev. 2022.
WHOW. Negócios que cresceram na
pandemia. Disponível em: <https://www.whow.com.br/consumo/negocios-que-cresceram-na-pandemia-quais-suas-caracteristicas/> Acesso em : 11 de fev. 2022.
PROPMARK. Consumidores voltam as
lojas físicas mas não abrem mão do e-commerce. Disponível em: <https://propmark.com.br/consumidores-voltam-as-lojas-fisicas-mas-nao-abrem-mao-do-e-commerce-aponta-pesquisa/>. Acesso em: 14 de fev. 2022.
ABREU,
Ana Carla. Sufientismo: A solução para o
consumo desenfreado. Artigo, 2020. Disponível em:< https://semanaacademica.com.br/system/files/artigos/artigo_final_pdf_0.pdf>. Acesso em : 14 de fev. 2022.
CICLOVIVO.
Que tipo de consumidor você é.
Disponível em: https://ciclovivo.com.br/vida-sustentavel/equilibrio/que-tipo-de-consumidor-voce-e-faca-o-teste-e-descubra. Acesso em: 14 de fev. 2022.
VÍDEOS
YOUTUBE. Repensar o consumo: André
Trigueiro at TEDxSudeste. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=_t223swPVlA >. Acesso
em: Acesso em : 11 de fev. 2022.
YOUTUBE. Sociedade de consumo e
consumismo. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=Uv3KGDYihCk> Acesso em: 11 de fev. 2022.
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