segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

[Tecnologia DeFi] O que são as Finanças Descentralizadas?

Univerdade Federal de Santa Catarina

Aluna: Leticia dos Santos Cruz

Matrícula: 18101190


[Tecnologia DeFi] O que são as Finanças Descentralizadas?


Como surgiu a DeFi?


Antes mesmo de citarmos o conceito de DeFi, temos que entender um passo anterior, a tecnologia Blockchain, que significa traduzindo para o português “corrente de blocos”, por causa da fusão das palavras “bloco” (block) e “corrente” (chain). 


Esse sistema foi criado com o objetivo de existir uma tecnologia descentralizada e segura, ou seja, é impossível fraudar suas transações, pois a rede é regida através dos seus próprios usuários e as informações são espalhadas em milhares de cópias.


Na imagem abaixo é possível compreender melhor quando falamos sobre corrente de blocos, pois cada bloco (Hash) contém o conteúdo do bloco anterior com sua identificação em códigos da sua origem e esse novo bloco terá sua própria identificação, sendo assim é multiplicado em milhares de cópias e qualquer alteração em um um bloco acusará em todos os anteriores, pois os códigos precisam, necessariamente, ser idênticos para o sistema em rede rodar.


Fonte: tecnoblog: O que são finanças descentralizadas [DeFi].


A rede Blockchain teve sua primeira aparição em 2008 e até os dias atuais ela está muito ligada às criptomoedas, principalmente ao Bitcoin. Porém existem outras formas de se utilizar essa tecnologia, tais como: Contratos de propriedades, músicas, ativos financeiros.



O que são as finanças descentralizadas?


A rede blockchain está cada vez mais abrangendo outros mercados, como é o caso das DeFi. O termo significa Finanças Descentralizadas, que surgiu em 2009 junto com o lançamento do Bitcoin e tem como objetivo criar um sistema financeiro aberto e acessível onde as operações não precisarão de um intermediário ou contar com uma autoridade central para regulação.


Essa tecnologia é utilizada em aplicativos, sem órgãos centralizadores, plataformas ou softwares desenvolvidos em blockchain para, por exemplo, facilitar o acesso a empréstimos, transferências de dinheiro ou a negociação de moedas digitais e tradicionais.


O sistema financeiro


O Brasil tem um sistema financeiro muito rentável e entrelaçado, isso porque o objetivo das instituições financeiras, sejam bancos ou fintechs, é intermediar operações: ou seja, essas organizações fazem a ponte entre o que querem dinheiro emprestado (paga um juros alto) e os tem para emprestar (recebe um juros baixo) e essa intermediação tem o nome de spread bancário, que mede a diferença entre o custo de captação e os juros de empréstimos.


Fonte: G1: Spread bancário pelo mundo.


Não é atoa que o Brasil é um dos países com spreads bancários mais altos do mundo, o custo dessa intermediação é elevado e não só em termos financeiros mas em termos de liberdade de uso também, por exemplo, uma pessoa que precisa pagar uma fatura de cartão de crédito de 8 mil reais, não consegue fazer a operação de uma vez apenas porque o limite de movimentação diária da conta é de 5 mil. Outro exemplo é a pessoa que precisa transferir uma quantia significativa de 10 mil para uma conta de outra titularidade, o indivíduo não conseguirá e terá que ir até o gerente da conta para agendar a transferência.


As intermediações são formas de regulação e proteção de dados que até hoje vigoram e ajudaram muito o desenvolvimento do mercado financeiro, mas e se houvesse uma maneira de eliminar essas pontes, fazendo com que a remuneração daqueles que emprestam fosse maior, e a taxa de juros daqueles que tomam o empréstimo fosse menor?  É isso que as DeFi visam, reformular todo o sistema financeiro, oferecendo alternativas menos burocráticas e mais seguras para realização de movimentações financeiras, empréstimos, seguros, câmbio e entre outros produtos. Assim, a inovação das finanças descentralizadas é que, através de um blockchain e dos contratos inteligentes, os intermediários podem negociar de forma direta, sem necessidade de um banco ou autarquia monetária.


Rede Ethereum


Considerada a segunda maior criptomoeda do mundo, ficando atrás apenas do Bitcoin. Em 2015 foi o lançamento da plataforma Ethereum, que utiliza contratos inteligentes e explora o máximo potencial da tecnologia blockchain para revolucionar o mercado financeiro. Ela encorajou o mercado e as empresas a construírem e implantarem projetos que formariam o ecossistema DeFi.


Fonte: Site Oficial Ethereum


Conclusão


Estamos em constante evolução e a tecnologia proporciona um fator acelerador nesse processo, com a chegada do advento da internet tivemos um novo modo do mundo nos conectar, fazer negócios, transações e de viver em sociedade. Assim como a internet foi um divisor de águas, o ecossistema da DeFi também promete ser.


Entretanto, estamos falando de um mercado embrionário, atualmente os bancos estão mais preocupados

com as fintechs, que já são uma realidade batendo à porta, o mundo das finanças descentralizadas segue

caminhando para o futuro. E, espera-se que esse recurso “alternativo” nas finanças se torne dominante.




Bibliografia


https://www.suno.com.br/artigos/blockchain/


https://g1.globo.com/economia/educacao-financeira/noticia/entenda-o-que-e-spread-bancario-e-por-que-ele-e-alto-no-brasil.ghtml


https://www.empiricus.com.br/videos/empiricus-play/financas-descentralizadas-defi-o-futuro-do-sistema-financeiro


https://tecnoblog.net/responde/o-que-sao-financas-descentralizadas-defi/


https://ethereum.org/pt-br/


Nenhum comentário:

Postar um comentário