Uma pesquisa realizada pela ManPowerGroup, uma das maiores empresas de recursos humanos do mundo, indicou que 65% dos empregos da Geração Z ainda não existem. A Geração Z é daquelas pessoas nascidas entre 2000 e 2010 e que provavelmente terão idade para trabalhar entre 2020 e 2030. Ou seja, estamos falando de novas carreiras que foram e serão criadas principalmente devido ao avanço tecnológico.
Essa mudança natural no comportamento da sociedade frente à novas tecnologias culminam na extinção de cargos, especialmente aqueles que exigem funções manuais e de menor complexidade, mas também aumenta a demanda por profissionais mais qualificados para trabalhar com tecnologia avançada. Ainda conforme o estudo realizado pelo ManpowerGroup, três entre quatro líderes empresariais entendem que o avanço tecnológico exige que os profissionais desenvolvam e aprimorem novas competências. Por isso, espera-se que os jovens da geração Z tenham características que facilitam as relações entre as pessoas, com comunicação e criatividade.
Para se ter uma ideia, um indivíduo que está no ensino médio hoje terá em média 5 carreiras. Existe uma estimativa de que a tecnologia vai alterar a dinâmica do ambiente de trabalho, fazendo com que em torno de 45% das atividades feitas por humanos sejam automatizadas daqui a dois ou três anos, abrindo espaço para pelo menos mais de 30 profissões. Há 10 anos não existia youtuber, analista de marketing digital, não existia desenvolvedor de aplicativo e muito menos jogador profissional de videogame.
As redes sociais, por exemplo, ajudaram a criar um nicho de novos profissionais chamados de influenciadores digitais, pessoas que possuem milhões de seguidores em Instagram, Facebook, Youtube, etc., e se transformaram, com o avanço da tecnologia, em formadores de opinião, criadores de tendências de consumo, promotores de marcas, etc. É uma atividade ainda muito nova, mas muito rentável, isso porque, desde o lançamento, em 2005, o YouTube é uma das redes sociais mais acessadas em todo mundo. A Google diz que a plataforma de vídeos atingiu em 2017 a marca de 98 milhões de usuários mensais no Brasil, com um adicional de 35 milhões nos últimos dois anos. O resultado desses números expressivos, é que quanto mais acesso aos vídeos postados na plataforma, mais dinheiro o criador de conteúdo consegue captar.
Para se ter uma ideia, a FORBES divulgou em 2019 uma lista com os 10 Youtubers mais bem pagos do mundo, onde o número 1 da lista Ryan Kaji, um menino de apenas 8 anos de idade, faturou cerca de US$ 26 milhões. O influenciador ganhou fama no gênero “unboxing”, abrindo presentes na frente da câmera e comentando sobre cada um. Ryan ToysReview estreou em 2015 e agora se tornou um canal infantil chamado Ryan’s World, com 23 milhões de assinantes.
Outro mercado extremamente novo é dos jogadores de videogame profissional. Com rotina regrada, os jogadores precisam se dedicar aos treinos constantes, as pressões e recompensas do calendário de competições, além de lidar com patrocinadores, entre outras questões. Apesar de ser uma indústria nova, igual aos Youtubers, os esportes digitais já são extremamente lucrativos. Estima-se que o mercado tenha lucrado mais de 460 milhões de dólares em 2016, alcançando um público total de mais de 225 milhões de pessoas. De acordo com levantamento do portal eSportsEarning, que lista os jogadores mais bem-pagos do mundo, o faturamento mais alto do mundo pertence ao norte-americano Saahil Arora, profissional em DotA 2, que rende mais de 2 milhões de dólares por ano.
O fato é que cada nova tecnologia abre todo um mercado para novos profissionais, e os jovens da nova geração que já nasceram nessa nova dinâmica da sociedade, já aproveitam desse processo.
FONTES
https://www.vix.com/pt/games/543065/jogar-videogame-e-profissao-e-da-muito-dinheiro-conheca-o-mundo-dos-e-sports - Acesso em 06/11/2020
https://blog.racheljordan.com.br/tecnologia-e-mercado-de-trabalho-entenda-os-impactos-gerados/ - Acesso em 06/11/2020
https://ibecensino.org.br/blog/influencia-da-tecnologia-como-o-mercado-de-trabalho-esta-mudando/ - Acesso em 06/11/2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
ALINE R AVILA DE MATOS
MATRÍCULA 17101027
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