Histórico
O desenvolvimento da internet remete ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, com a criação da Advanced Research Projects Agency (ARPA) pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos em convênio com algumas universidades visando facilitar a troca de informações entre bases militares. A ferramenta entrou em operação em 1969, sendo desvinculada do setor militar em 1980, passando a ser utilizada também por universidades para troca de informações (ADABO, 2014 e BRAGA, 2018).
Ou seja, em seus primórdios, tem-se o uso da internet como ferramenta de segurança internacional, passando a ser disseminada aos civis por meio das instituições de ensino, o que contribuiu na agilidade nas trocas de informações, ou seja, foi capaz de encurtar as distâncias e o tempo de resposta.
Ou seja, em seus primórdios, tem-se o uso da internet como ferramenta de segurança internacional, passando a ser disseminada aos civis por meio das instituições de ensino, o que contribuiu na agilidade nas trocas de informações, ou seja, foi capaz de encurtar as distâncias e o tempo de resposta.
A Mídia como Influência nas Relações Internacionais
Com a virada do século houve a ampliação do uso da internet, que passou a ser um veículo de disseminação de informações de modo instantâneo, e a criação das redes sociais que impactaram, não apenas nas relações entre os indivíduos, mas também nas relações interestatais (BRAGA, 2018). Nesse contexto, existem diferentes interpretações sobre o uso dessas ferramentas de disseminação de informações em massa, uns acreditam que a capacidade de decisão dos Estados vem sendo afetada enquanto outros veem como meio de modificar as relações de poder (BURITY, 2013).
A partir da expansão da globalização, amparada pelo desenvolvimento e modernização dos meios de comunicação, houve a inserção de diferentes atores no cenário político internacional (mídia, empresas, organizações) bem como a utilização como ferramenta de soft power. Keohane e Nye (1989) abordam a temática da interdependência complexa, sobre a visão da inserção desses novos atores na política internacional, além do aumento da capacidade de sensibilidade dos Estados.
A influência da mídia começa na escolha do que será veiculado (ou não) nos meios de comunicação, bem como na forma como a informação será repassada ao público, podendo acentuar ou amenizar acontecimentos simplesmente pela sua redação. Burity afirma, ainda, que as informações em âmbito internacional são, majoritariamente, veiculadas por agências de notícias estadunidenses ou europeias, o que acaba por viezar o entendimento sobre os acontecimentos internacionais repassados a países periféricos, como o Brasil.
A partir da expansão da globalização, amparada pelo desenvolvimento e modernização dos meios de comunicação, houve a inserção de diferentes atores no cenário político internacional (mídia, empresas, organizações) bem como a utilização como ferramenta de soft power. Keohane e Nye (1989) abordam a temática da interdependência complexa, sobre a visão da inserção desses novos atores na política internacional, além do aumento da capacidade de sensibilidade dos Estados.
A influência da mídia começa na escolha do que será veiculado (ou não) nos meios de comunicação, bem como na forma como a informação será repassada ao público, podendo acentuar ou amenizar acontecimentos simplesmente pela sua redação. Burity afirma, ainda, que as informações em âmbito internacional são, majoritariamente, veiculadas por agências de notícias estadunidenses ou europeias, o que acaba por viezar o entendimento sobre os acontecimentos internacionais repassados a países periféricos, como o Brasil.
Acontecimentos Que Envolveram as Redes Sociais e a Política entre Nações

O Brasil também vem sendo alvo de manifestações convocadas através das mídias sociais, a exemplo das chamadas "Jornadas de Junho", iniciadas como protestos pelo aumento das passagens de transporte público e que podem ser consideradas como iniciantes das pressões exercidas pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2013 (BRAGA, 2018).
Coincidentemente, dados apontam que o tempo gasto em redes sociais aumentou em média 60% nos últimos sete anos, sendo a América Latina a região que registra o maior tempo de uso, seguida por Oriente Médio e África. Ainda com relação à números, o Brasil figura em segundo lugar entre os países em que a população mais despende tempo em redes sociais. Não à toa, o atual presidente brasileiro é considerado "o líder mundial com a base mais ativa de seguidores nas redes sociais", quase o dobro do alcançado por Donald Trump, que, por sua vez, possui aproximadamente o dobro de seguidores no Facebook.
No entanto, as redes sociais estão, não apenas ampliando o acesso à informação e auxiliando na mobilização social, como já mencionado, mas também estão contribuindo para a proliferação de notícias falsas, as chamadas fake news, o que vem colocando em cheque a confiabilidade dos veículos de informação. Importante ressaltar que esse fenômeno está intimamente relacionado à polarização política dos últimos anos (VALENTE, 2019).
Coincidentemente, dados apontam que o tempo gasto em redes sociais aumentou em média 60% nos últimos sete anos, sendo a América Latina a região que registra o maior tempo de uso, seguida por Oriente Médio e África. Ainda com relação à números, o Brasil figura em segundo lugar entre os países em que a população mais despende tempo em redes sociais. Não à toa, o atual presidente brasileiro é considerado "o líder mundial com a base mais ativa de seguidores nas redes sociais", quase o dobro do alcançado por Donald Trump, que, por sua vez, possui aproximadamente o dobro de seguidores no Facebook.
No entanto, as redes sociais estão, não apenas ampliando o acesso à informação e auxiliando na mobilização social, como já mencionado, mas também estão contribuindo para a proliferação de notícias falsas, as chamadas fake news, o que vem colocando em cheque a confiabilidade dos veículos de informação. Importante ressaltar que esse fenômeno está intimamente relacionado à polarização política dos últimos anos (VALENTE, 2019).
O fato é que o desenvolvimento da internet possibilitou a formação de redes de comunicação e de disseminação de informações, as quais não enfrentam mais barreiras físicas e pouca regulação. Isso tornou necessária uma evolução no modo de agir dos diversos atores envolvidos na política internacional, não apenas os Estados, mas também a mídia e a sociedade passaram a ter um papel ainda maior nesse mundo interligado. Nesse sentido, a imprensa também passou a utilizar as redes sociais para disseminar informações e manter o contato com o público.
REFERÊNCIAS
ADABO, Gabrielle. Ciência e guerra: era uma vez a internet. ComCiência, Campinas, n. 158, mai. 2014. Acesso em: 14 out. 2019.
ARBULU, R. Bolsonaro supera Trump como líder mundial de maior engajamento no Facebook. CanalTech. 2019. Acesso em: 30 out. 2019.
ARBULU, R. Bolsonaro supera Trump como líder mundial de maior engajamento no Facebook. CanalTech. 2019. Acesso em: 30 out. 2019.
BRAGA, Tarsila. O poder de influência das redes sociais na política e defesa de causas. Método. 2018. Acesso em: 14 out. 2019.
BURITY, Caroline R. T. A influência da mídia nas Relações Internacionais: um estudo teórico a partir do conceito de Diplomacia Midiática. Contemporânea (Título não-corrente), [S.I.], v. 11, n. 1, ago. 2013. ISSN 1806-0498. Acesso em: 27 out. 2019.
KEOHANE, R. O. e NYE, J. S., 1989, Power and Interdependence, 2nd ed, Glenview, III Scorr, Foresman.
OLIVEIRA, G. A. D. e SILVA, R. F. O uso das redes sociais em manifestações, 2018, Coruja Informa. O jornal informativo do grupo PET-SI. Acesso em: 30 out. 2019.
VALENTE, J. Polarização política e "fake news" impactam confiança no jornalismo. Estudo do Instituto Reuters destaca poder de plataformas digitais. Agência Brasil. Acesso em: 30 out. 2019.
OLIVEIRA, G. A. D. e SILVA, R. F. O uso das redes sociais em manifestações, 2018, Coruja Informa. O jornal informativo do grupo PET-SI. Acesso em: 30 out. 2019.
VALENTE, J. Polarização política e "fake news" impactam confiança no jornalismo. Estudo do Instituto Reuters destaca poder de plataformas digitais. Agência Brasil. Acesso em: 30 out. 2019.
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