Autora: Isabella Filipini Annes (15101271)
As redes sociais fazem parte do nosso cotidiano e nos últimos anos o número de adeptos de tais mídias vêm aumentando rapidamente. No entanto, todos esses acessos acabam levantando questões quanto às influências das redes sociais entre as gerações: jovens e idosos.
De acordo com a pesquisa de Skura et al. (2013), a inserção do idoso no mundo digital possui uma grande influência na promoção de qualidade de vida, e consequentemente na promoção da saúde. Mostra-se através da pesquisa que grande parte dos idosos usa as mídias sociais digitais para buscar notícias e informações e em segundo lugar, consta a busca de informações sobre saúde (Gráfico 1). Porém ao serem questionados quanto à atividade realizada no computador, foi registrado um percentual maior para opção “contatar outras pessoas” (Gráfico 2). Constatando assim, a influência positiva das mídias sociais em relação à terceira idade, tanto na qualidade de vida, comprovada pela busca de informações e notícias relacionadas à saúde, quanto também o aspecto emocional da qualidade de vida e a inserção dos idosos no meio social, através do contato com outras pessoas da mesma idade e com parentes distantes.
A pesquisa de Ferreira e Teixeira (2017) também evidencia boas influências das mídias sociais na terceira idade, salientando o uso das redes sociais como ferramenta de entretenimento e contato com familiares e amigos, atestando a facilidade de comunicação como um fator favorável para que os idosos tenham uma maior e melhor rede de relações.
De acordo com o jornal O Globo, a tendência é que um número ainda maior de idosos utilize as mídias sociais, já que até agosto de 2018 7,4 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, possuíam uma conta na rede social Facebook. Um crescimento de 65% em relação ao ano de 2016. Segundo a pesquisa, a popularização dos smartphones serviu como um propulsor da maior participação dos idosos nas mídias sociais, tendo como principal motivação a comunicação e relação com familiares e amigos, além da participação desses indivíduos no e-commerce.
De modo geral, o aumento do uso da tecnologia pela terceira idade também demonstra resultados positivos na preservação e ampliação das funções cognitivas, separando em duas vertentes: softwares para treinar áreas específicas e o uso da tecnologia no dia a dia. O último, garantindo independência, autoestima e engajamento social.
Em oposição aos benefícios do uso das redes sociais e virtuais observados entre a população idosa, está o receio de pais e responsáveis quanto ao acesso de crianças e adolescentes à essas mídias.
Pereira (2015), salienta a exposição excessiva dos jovens em redes sociais, e ainda discute as consequências de tal exposição, podendo levar a uma crise de identidade que ainda está em formação, e a exposição de um jovem inocente, facilitando práticas ilícitas como pedofilia e cyberbullying.
De acordo com a revista Época (2015), cerca de 65% dos jovens entre 7 a 12 anos acessam a internet sem regras ou tempo definidos, deixando-os vulneráveis a certos perigos online. A pesquisa também mostra que a curiosidade das crianças é um fator importante no acesso à internet, pois os jovens gostam de acessar redes sociais e jogos e filmes violentos, mesmo com a proibição dos pais, salientando que a curiosidade das crianças é algo essencial e saudável, porém o acesso ao ambiente virtual deve ser supervisionado pelos pais (Gráfico 3)
Gráfico 1 - Adaptado de Skura et al. (2013)
Gráfico 2 - Adaptado de Skura et al. (2013)
A pesquisa de Ferreira e Teixeira (2017) também evidencia boas influências das mídias sociais na terceira idade, salientando o uso das redes sociais como ferramenta de entretenimento e contato com familiares e amigos, atestando a facilidade de comunicação como um fator favorável para que os idosos tenham uma maior e melhor rede de relações.
De acordo com o jornal O Globo, a tendência é que um número ainda maior de idosos utilize as mídias sociais, já que até agosto de 2018 7,4 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, possuíam uma conta na rede social Facebook. Um crescimento de 65% em relação ao ano de 2016. Segundo a pesquisa, a popularização dos smartphones serviu como um propulsor da maior participação dos idosos nas mídias sociais, tendo como principal motivação a comunicação e relação com familiares e amigos, além da participação desses indivíduos no e-commerce.
De modo geral, o aumento do uso da tecnologia pela terceira idade também demonstra resultados positivos na preservação e ampliação das funções cognitivas, separando em duas vertentes: softwares para treinar áreas específicas e o uso da tecnologia no dia a dia. O último, garantindo independência, autoestima e engajamento social.
Em oposição aos benefícios do uso das redes sociais e virtuais observados entre a população idosa, está o receio de pais e responsáveis quanto ao acesso de crianças e adolescentes à essas mídias.
Pereira (2015), salienta a exposição excessiva dos jovens em redes sociais, e ainda discute as consequências de tal exposição, podendo levar a uma crise de identidade que ainda está em formação, e a exposição de um jovem inocente, facilitando práticas ilícitas como pedofilia e cyberbullying.
De acordo com a revista Época (2015), cerca de 65% dos jovens entre 7 a 12 anos acessam a internet sem regras ou tempo definidos, deixando-os vulneráveis a certos perigos online. A pesquisa também mostra que a curiosidade das crianças é um fator importante no acesso à internet, pois os jovens gostam de acessar redes sociais e jogos e filmes violentos, mesmo com a proibição dos pais, salientando que a curiosidade das crianças é algo essencial e saudável, porém o acesso ao ambiente virtual deve ser supervisionado pelos pais (Gráfico 3)
Gráfico 3 - Revista Época
Além disso, a pesquisa ainda aponta que muitas vezes os próprios pais acabam expondo demais os filhos nas redes sociais, não vendo problemas ao publicar imagens das crianças com pijamas e roupas de banho. Trazendo à tona também, a necessidade de que os pais prestem atenção no que está sendo compartilhado nas mídias sociais.
O artigo elaborado por Souza e Oliveira (2016) também corrobora com tais resultados, citando diversas pesquisas de diferentes autores, quanto ao uso da internet e redes sociais por crianças e adolescentes. Algumas das situações identificadas foram correlação entre dependência pela internet e os problemas que isso pode gerar aos adolescentes (necessidade de usar a internet para fugir dos problemas, como insegurança, culpa e ansiedade), além dos altos índices de ciber criminalidade, sobretudo de pedofilia e pornografia infantil.
Fica evidente que o uso das tecnologias, em especial a internet, não proporciona somente benefícios, mostrando-se altamente nociva, servindo como instrumento para a afronta aos direitos e garantias do indivíduo, principalmente crianças e adolescentes. Conclui-se que o espaço virtual possui suas potencialidades e riscos bem definidos, no entanto os direitos são constantemente confrontados.
Tendo em vista tais riscos, cada vez mais os pais e responsáveis tendem a supervisionar os acessos dos jovens à internet e redes sociais e virtuais, e de certa forma, é esperado a cooperação e o auxílio de especialistas da academia, acadêmicos de informática, organizações e do governo quanto à divulgação de estratégias de educação voltadas à navegação segura da internet.
Referências
Skura, I., Velho, A.P.M., Francisco, C.C.B., Faria, T.G. & Macuch, R. (2013, dezembro). Mídias sociais digitais e a terceira idade: em busca de uma ferramenta para a promoção da saúde. Revista Kairós Gerontologia,16(4), pp.237-249. Online ISSN 2176-901X. Print ISSN 1516-2567. São Paulo (SP), Brasil: FACHS/NEPE/PEPGG/PUC-SP
FERREIRA, Michelle Cristina; TEIXEIRA, Karla Maria Damiano. O uso de redes sociais virtuais pelos idosos. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, v. 22, n. 3, 2017.
COSTA, Daiane. Terceira idade é o grupo que mais cresce em rede social. 2018. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/terceira-idade-o-grupo-que-mais-cresce-em-rede-social-23208824>. Acesso em: 09 jun. 2010.
Uso de celular e rede social prolonga saúde mental de idosos. 2018. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/04/uso-de-celular-e-rede-social-prolonga-saude-mental-de-idosos.shtml>. Acesso em: 02 jun. 2019.
PEREIRA, M. N. A superexposição de crianças e adolescentes nas redes sociais: necessária cautela no uso das novas tecnologias para a formação de identidade. Rio Grande do Sul, 2015. Disponível em: http://coral.ufsm.br/congressodireito/anais/2015/6-14.pdf
FERRARI, Bruno et al. Rede social não é lugar para criança. 2019. Disponível em: <https://epoca.globo.com/vida/experiencias-digitais/noticia/2015/10/rede-social-nao-e-lugar-para-crianca.html>. Acesso em: 03 jun. 2019.
SOUZA, D. A., OLIVEIRA M. A. J. Uso de tecnologias digitais por crianças e adolescentes: Potenciais ameaças em seus inter-relacionamentos, 2016. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos16/952473.pdf
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