domingo, 16 de junho de 2019

Ensinar sobre tecnologia, é possível?

André Rashid Deboni Yasin - 16205845
EGC 5019 - Ambientes Virtuais de Aprendizagem

            Vivemos em uma era onde estamos cercados por tecnologia. É quase impossível imaginar um mundo sem o uso da tecnologia que temos hoje, e isso pode ser muito bom como um tanto quanto ruim. Basta olharmos para os nossos trabalhos, escolas, cidades, ruas, casas, é quase impossível não observarmos um pequeno detalhe ou pelo menos uma função que não haja a necessidade da tecnologia, pode ser em casas inteligentes controladas por Smarthphones ou o simples fato de “bater o ponto” no trabalho. 
            Nesse sentido, vemos a participação das crianças que já nasceram inseridas nesse meio, seja nas escolas ou dentro dos seus lares. O que vemos é o que os estudos chamam de Geração Z (https://pt.wikipedia.org/wiki/Geração_Z), e com essa facilidade e inserção no mundo da tecnologia fica cada vez mais fácil para elas se adaptarem ou conviverem com todas as tecnologias já disponíveis ou que possam surgir ao longo dos próximos anos. Com isso exposto, vem o questionamento, porque temos poucas escolas focadas em ensinar como conviver com a tecnologia e deixar isso uma prática saudável para um melhor convívio em sociedade no futuro principalmente no Brasil? E quando cito escolas, não somente escolas tradicionais, mas sim centros de ensinos especializados em proporcionar experiências com robótica, inserção na internet, softwares e porque não ensinar as crianças a desenvolver e se acostumar desde cedo com uma linguagem de programação.

Crianças aprendendo sobre linguagem computacional

            Um caso curioso, o que em minha opinião não deveria ser, ocorreu na Finlândia, onde crianças ensinam tecnologia para professores e idosos (https://www.bbc.com/portuguese/internacional-42074059)o que é uma inversão de papeis claramente saudável e proveitosa para ambos os lados, tanto para os professores (que nesse caso são as crianças) e os alunos (professores e idosos). Acredito que ainda há um “bloqueio” muito grande em relação ao sistema de ensino que temos no Brasil, onde o “professor” precisa ter uma prova social muito grande para poder ter o respaldo de ensinar algo, como um diploma por exemplo. Acredito fortemente que toda pessoa que tem o conhecimento mais aprofundado sobre algo e em pequenos grupos tem total capacidade de transmitir um conhecimento para outra pessoa, desde que, ambos estejam interessados em aprender, pois ensinar algo também é uma forma de aprendizado muito grande. 
Outra indagação que me surge é como estamos preparando nossas crianças para o futuro e as profissões do futuro. Hoje temos uma linguagem mundial que é o idioma Inglês, e acredito fielmente que a outra linguagem mundial do futuro será a programação de softwares juntamente com a tecnologia e me questiono, quantas escolas ensinam ou estão preparadas para ensinar isso aos seus alunos? Olhando nessa mesma perspectiva, há diversos estudos apontando que inúmeros empregos que temos atualmente irão desaparecer (https://exame.abril.com.br/carreira/estas-profissoes-podem-acabar-ate-2030-ao-menos-para-os-humanos/) e o quanto será que estamos ensinando ou falando com as crianças sobre assuntos que somente Humanos podem fazer e proporcionar (o que alguns chamam de Soft Skills) – como empatia, senso crítico, questionador, comunicação, liderança, trabalho em equipe, entre outros.
            Entretanto, há soluções para alguns dos questionamentos levantados. Hoje em Florianópolis – Santa Catarina a cidade já conta com uma empresa voltada e focada no ensino do aluno pautado sobre os pilares do Soft Skills explicando e ensinando ao mesmo tópicos como tecnologia, lógica e robótica. Essa empresa (https://www.idocode.com.br/index.html) ensina a crianças e adolescentes a linguagem de programação, criar robôs, jogos, aplicativos, websites e arte digital, não só preparando os mesmos para o futuro, mas já ampliando suas visões sobre quais profissões eles poderão seguir quando mais velhos e preparando eles para o mercado de trabalho no futuro.
Criança programando robótica

             
  Por fim, acredito que é de extrema valia as escolas começarem a pensar em preparar seus alunos para o futuro e focar em formar cidadãos do mundo e não apenas repassar conteúdos requeridos pelo MEC (Ministério da Educação) nas instituições de ensino. Compreendo a dificuldade que é para se pensar e planejar escolas com o ensino voltado para essa área, ainda mais em escolas que dependem do orçamento federal, estadual ou municipal dentro do território brasileiro. Porém, se você pode contemplar de uma renda familiar mais elevada, acredito que é extremamente válido pensar em inserir as crianças em escolas particulares como a citada anteriormente, pois o futuro delas começa a ser construído desde o agora.


Referências:
<www.idocode.com.br> Acesso em 14 de Junho de 2019.
PATI, Camila. Estas profissões podem acabar até 2030 ao menos para humanos. Revista Exame - Carreiras. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/carreira/estas-profissoes-podem-acabar-ate-2030-ao-menos-para-os-humanos/> Acesso em 14 de junho de 2019.
WALLIN, Claudia. Na Finlândia, alunos agora ensinam tecnologia para professores e idosos. BBC Portugês. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-42074059>
Wikipédia - Geração Z. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Geração_Z> Acesso em 14 de junho de 2019.

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