"Salta aos olhos que as redes sociais
e a internet como um todo são ótimas ferramentas para a educação na era
digital."
Os benefícios têm se espalhado pelas
crianças, mas jovens, adultos e principalmente os mais idosos, vem aplicando os
dispositivos para construção do conhecimento.
Mas será que elas (as redes sociais)
podem atrapalhar o ensino/aprendizagem?
Alguns caminhos apontam que, sem o
devido cuidado, elas podem, sim, causar problemas no aprendizado, na construção
humana do conhecimento.
O que fazer para contornar problemas
atrelados ao uso diário das redes na educação?
O primeiro problema das redes sociais
é o uso excessivo de gírias e abreviações. Muitas vezes, por conta do uso
constante com um jeito mais informal de escrever, os estudantes acabam por
transportar essa “linguagem da internet” para a realidade. É frequente
encontrar erros assim em avaliações e redações, afinal, é a maneira mais usada
de comunicação no dia a dia.
Apesar de ótimas na hora de
apresentar aplicativos e ferramentas que auxiliam no ensino, as redes sociais e
a internet podem ser fontes constantes de distração. O mais sério, porém, é que
isso pode se agravar levando a transtornos como a ansiedade. É comum alunos
ficarem tensos e ansiosos para voltarem logo aos dispositivos e conferirem uma
resposta, resultado ou apenas checarem se algo novo apareceu na rede.
No Brasil há um crescimento elevado,
com 78,3 milhões de pessoas nas redes sociais, ou seja, 79% de sua base de
usuários da Internet.
O brasileiro, em média, fica 5:26
horas por dia conectado à internet; gasta 3:47 horas com acesso móvel; gasta
também 3:47 horas com acesso a redes sociais (via mobile ou fixo); e consome
2:49 horas na TV. As redes sociais mais usadas pelos brasileiros são:
Facebook: Criado por Mark Zuckerberg
e lançado em 2004, o Facebook é hoje a rede social mais acessada e utilizada no
mundo todo, com uma população de 1,5 bilhões de usuários cadastrados, sendo
cerca de 83 milhões brasileiros.
WhatsApp: Uma das redes sociais mais
recentes, criada em 2009, é um aplicativo multiplataforma de mensagens
instantâneas e chamadas de voz para smartphones. Hoje são cerca de 38 milhões
de usuários brasileiros, equivalendo a 8% dos usuários mundiais.
Instagram: A ideia do Instagram é o
compartilhamento de fotos e vídeos curtos (até 15 segundos) através do celular.
O Instagram foi criado em 2010 e está crescendo mais rápido do que as outras
redes.
Twitter: Criado em 2006, o Twitter é
uma rede social que possibilita aos usuários a troca de atualizações pessoais
através de textos de até 140 caracteres, conhecidos como tweets.
É evidente que hoje em dia, com o
crescimento e a popularização do uso no Brasil, a ansiedade está se
transformando em um dos maiores inimigos do homem. A pessoa ansiosa deseja
antecipar tudo o que imagina ser importante, além de ter uma sensação de mal
estar físico e psíquico diante de qualquer situação cujo o futuro é incerto.
O uso exagerado e desmedido das
redes, ainda que seja para a construção do conhecimento, agrava e muito o
estado ansioso.
A ansiedade é um sentimento que
atinge muitas pessoas em diversas atividades, por exemplo, durante um discurso,
um exame médico, prova, etc. E o problema é que este nervosismo acaba afetando
o desempenho da pessoa, além de impedir que ela alcance seus objetivos.
E após muitos estudos, pesquisadores
da Harvard Business School, em Boston, Estados Unidos, divulgaram um conselho
para ajudar os ansiosos a terem um bom desempenho nas situações estressantes.
A partir de experimentos, os
estudiosos concluíram que respeitar os horários de acesso, cumprir algum ritual
antes da atividade pode ser a chave do sucesso, já que ele pode gerar sensação
de controle sobre a situação.
O que os pesquisadores descobriram na
realidade é a solução para as desvantagens das redes sociais e do uso da
internet que é bem simples e combina bastante com um ditado que muitas avós
conhecem: é preciso utilizar com parcimônia, moderação e principalmente
respeitando horários e regras que você mesmo pode estabelecer. Ou ainda, no
caso das crianças e adolescentes Cabe aos pais e aos educadores regularem o
acesso e, sempre que possível, atraírem os alunos para atividades do “mundo
real”.
Assim como qualquer ferramenta, o uso
indevido ou em excesso pode atrapalhar.
O vício, a dependência do uso das
redes, cria no educando uma insegurança, uma vulnerabilidade.
Neste contexto social, o medo, a
insegurança e a vulnerabilidade assumem avantajadas proporções, perturbando a
liberdade pessoal e comunitária do indivíduo aprendiz.
As redes sociais permitem a
construção de um processo de comunicação bastante intenso, sem a necessidade de
contato físico ou interação ao vivo. Neste cenário, o uso dessas redes vem
interferindo no comportamento humano, instigando a necessidade de estar sempre
conectado e fazendo com que a tecnologia faça parte do cotidiano de todo
indivíduo. Tais mudanças comportamentais podem contribuir para o aumento do
estresse e para o aparecimento de novas síndromes, conhecidas como síndromes
tecnológicas.
As redes sociais continuam a crescer
em todo o mundo e os usuários ativos contabilizam 29% de toda a população
mundial. O usuário ativo mensal (MAU, na sigla em inglês) é o mais ativo
usuário das redes e chega a mais de 2 bilhões, um crescimento de 12% na base
desde janeiro de 2014.
Por corolário, conclui-se que as
redes sociais continuaram crescendo e impactando diretamente na construção humana
do conhecimento por muito tempo.
E sim, é benéfico instrumento.
Contudo, é mister observar-se e
sobretudo, conhecer-se, a fim de que, possamos manejar habilmente o aparato
digital das redes e, com parcimônia, moderação e principalmente respeitando
horários e regras estabelecidos para extrair de forma benéfica, todas as
vantagens das redes sociais para a educação e avanço de conhecimentos.
https://static.scielo.org/scielobooks/c3h5q/pdf/porto-9788578792831.pdf
https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/as-tecnologias-nas-praticas_e-book.pdf
https://novaescola.org.br/conteudo/240/redes-sociais-ajudam-interacao-professores-alunos
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2018/03/18/interna_ciencia_saude,666857/personalidade-pode-interferir-na-vulnerabilidade-ao-vicio-em-redes-soc.shtml
Autor: Gabriel Pereira Haas (15101361)
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