terça-feira, 6 de novembro de 2018

Alguns impactos das redes sociais na construção humana do conhecimento


"Salta aos olhos que as redes sociais e a internet como um todo são ótimas ferramentas para a educação na era digital."

Os benefícios têm se espalhado pelas crianças, mas jovens, adultos e principalmente os mais idosos, vem aplicando os dispositivos para construção do conhecimento.
Mas será que elas (as redes sociais) podem atrapalhar o ensino/aprendizagem?
Alguns caminhos apontam que, sem o devido cuidado, elas podem, sim, causar problemas no aprendizado, na construção humana do conhecimento.
O que fazer para contornar problemas atrelados ao uso diário das redes na educação?
O primeiro problema das redes sociais é o uso excessivo de gírias e abreviações. Muitas vezes, por conta do uso constante com um jeito mais informal de escrever, os estudantes acabam por transportar essa “linguagem da internet” para a realidade. É frequente encontrar erros assim em avaliações e redações, afinal, é a maneira mais usada de comunicação no dia a dia.
Apesar de ótimas na hora de apresentar aplicativos e ferramentas que auxiliam no ensino, as redes sociais e a internet podem ser fontes constantes de distração. O mais sério, porém, é que isso pode se agravar levando a transtornos como a ansiedade. É comum alunos ficarem tensos e ansiosos para voltarem logo aos dispositivos e conferirem uma resposta, resultado ou apenas checarem se algo novo apareceu na rede.
No Brasil há um crescimento elevado, com 78,3 milhões de pessoas nas redes sociais, ou seja, 79% de sua base de usuários da Internet.
O brasileiro, em média, fica 5:26 horas por dia conectado à internet; gasta 3:47 horas com acesso móvel; gasta também 3:47 horas com acesso a redes sociais (via mobile ou fixo); e consome 2:49 horas na TV. As redes sociais mais usadas pelos brasileiros são:
Facebook: Criado por Mark Zuckerberg e lançado em 2004, o Facebook é hoje a rede social mais acessada e utilizada no mundo todo, com uma população de 1,5 bilhões de usuários cadastrados, sendo cerca de 83 milhões brasileiros.
WhatsApp: Uma das redes sociais mais recentes, criada em 2009, é um aplicativo multiplataforma de mensagens instantâneas e chamadas de voz para smartphones. Hoje são cerca de 38 milhões de usuários brasileiros, equivalendo a 8% dos usuários mundiais.
Instagram: A ideia do Instagram é o compartilhamento de fotos e vídeos curtos (até 15 segundos) através do celular. O Instagram foi criado em 2010 e está crescendo mais rápido do que as outras redes.
Twitter: Criado em 2006, o Twitter é uma rede social que possibilita aos usuários a troca de atualizações pessoais através de textos de até 140 caracteres, conhecidos como tweets.
É evidente que hoje em dia, com o crescimento e a popularização do uso no Brasil, a ansiedade está se transformando em um dos maiores inimigos do homem. A pessoa ansiosa deseja antecipar tudo o que imagina ser importante, além de ter uma sensação de mal estar físico e psíquico diante de qualquer situação cujo o futuro é incerto.
O uso exagerado e desmedido das redes, ainda que seja para a construção do conhecimento, agrava e muito o estado ansioso.
A ansiedade é um sentimento que atinge muitas pessoas em diversas atividades, por exemplo, durante um discurso, um exame médico, prova, etc. E o problema é que este nervosismo acaba afetando o desempenho da pessoa, além de impedir que ela alcance seus objetivos.
E após muitos estudos, pesquisadores da Harvard Business School, em Boston, Estados Unidos, divulgaram um conselho para ajudar os ansiosos a terem um bom desempenho nas situações estressantes.
A partir de experimentos, os estudiosos concluíram que respeitar os horários de acesso, cumprir algum ritual antes da atividade pode ser a chave do sucesso, já que ele pode gerar sensação de controle sobre a situação.
O que os pesquisadores descobriram na realidade é a solução para as desvantagens das redes sociais e do uso da internet que é bem simples e combina bastante com um ditado que muitas avós conhecem: é preciso utilizar com parcimônia, moderação e principalmente respeitando horários e regras que você mesmo pode estabelecer. Ou ainda, no caso das crianças e adolescentes Cabe aos pais e aos educadores regularem o acesso e, sempre que possível, atraírem os alunos para atividades do “mundo real”.
Assim como qualquer ferramenta, o uso indevido ou em excesso pode atrapalhar.
O vício, a dependência do uso das redes, cria no educando uma insegurança, uma vulnerabilidade.
Neste contexto social, o medo, a insegurança e a vulnerabilidade assumem avantajadas proporções, perturbando a liberdade pessoal e comunitária do indivíduo aprendiz.
As redes sociais permitem a construção de um processo de comunicação bastante intenso, sem a necessidade de contato físico ou interação ao vivo. Neste cenário, o uso dessas redes vem interferindo no comportamento humano, instigando a necessidade de estar sempre conectado e fazendo com que a tecnologia faça parte do cotidiano de todo indivíduo. Tais mudanças comportamentais podem contribuir para o aumento do estresse e para o aparecimento de novas síndromes, conhecidas como síndromes tecnológicas.
As redes sociais continuam a crescer em todo o mundo e os usuários ativos contabilizam 29% de toda a população mundial. O usuário ativo mensal (MAU, na sigla em inglês) é o mais ativo usuário das redes e chega a mais de 2 bilhões, um crescimento de 12% na base desde janeiro de 2014.
Por corolário, conclui-se que as redes sociais continuaram crescendo e impactando diretamente na construção humana do conhecimento por muito tempo.
E sim, é benéfico instrumento.
Contudo, é mister observar-se e sobretudo, conhecer-se, a fim de que, possamos manejar habilmente o aparato digital das redes e, com parcimônia, moderação e principalmente respeitando horários e regras estabelecidos para extrair de forma benéfica, todas as vantagens das redes sociais para a educação e avanço de conhecimentos.

Referências:

https://static.scielo.org/scielobooks/c3h5q/pdf/porto-9788578792831.pdf

https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/as-tecnologias-nas-praticas_e-book.pdf

https://novaescola.org.br/conteudo/240/redes-sociais-ajudam-interacao-professores-alunos

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2018/03/18/interna_ciencia_saude,666857/personalidade-pode-interferir-na-vulnerabilidade-ao-vicio-em-redes-soc.shtml

Autor: Gabriel Pereira Haas (15101361)

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