segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Redes Sociais e Virtuais e as Criptomoeadas


Autoria: Stefania Medeiros Stakonski (13100727)

Imagem 1. Fonte: http://cdn.it.chosun.com/data/photos/cdn/20170608/2835792_01125409334500.jpg 
         A partir dos anos 2000 houve uma popularização da internet e as redes sociais e virtuais foram cada vez mais tomando força. Criou-se um ambiente virtual paralelo, que pode se relacionar com o mundo não-virtual ou não e que proporciona inúmeras possibilidades, desde relacionamentos, compartilhamento de fotos, compartilhamento de informações, compartilhamento de opiniões e troca de experiências profissionais.     


Imagem 2. Fonte: http://viverdeblog.com/wp-content/uploads/2016/11/background-redes-sociais.png

         Uma vez que há a existência deste “mundo virtual” a ideia de criação de uma moeda igualmente “virtual” é inevitável, o dinheiro como moeda de troca sempre esteve presente em sociedades e nesta “sociedade virtual” não ocorre de forma diferente. O dinheiro físico caminha para uma obsolescência com a generalização dos cartões de crédito e modos de pagamento como o paypal, ainda mais se analisarmos a crescente opção por parte do consumidor por compras online.
       O que deve-se ressaltar é que as moedas, tanto virtuais como físicas não tem valor intrínseco e sim uma atribuição de valor, o que existe é uma confiança que com determinada quantidade daquela moeda é possível trocá-la por bens e serviços. Uma das ferramentas para garantir e manter o valor de uma moeda é atrelá-la à um produto valioso, escasso e durável, dá-se o nome desta operação de lastro. Isso torna a moeda menos suscetível à inflação.
Imagem 3. Fonte: https://pegcar.com/blog/wp-content/uploads/2016/07/Como-ganhar-dinheiro-extra-nas-f%C3%87rias.jpg
       Esse valor dos bens podem estar ligados a vários fatores, dentre eles a importância deste para o mercado e o quanto as pessoas estão dispostas a pagar pela mercadoria, ou seja a ponderação entre oferta e demanda. Moeda real ou fiduciária é qualquer título emitido por um governo central ou instituição financeira que seja não-conversível, ou seja, que não seja lastreado e não tenha nenhum valor intrínseco.
As moedas virtuais não são emitidas por governos e podem ser emitidas por qualquer entidade ou pessoa e uma vez lançada no mercado seu valor passa a variar de acordo com a concordância de um determinado grupo sobre seu valor. Teoricamente tais moedas não possuem “valor real”, mas se formos analisar todo o dinheiro fiduciário somente se distingue do dinheiro virtual porque nós, usuários, concordamos em um valor relativamente estável.
No final de 2008, duas novas moedas virtuais de alto potencial foram lançadas. Bitcoin e Facebook Credits. Esta última enfrentou uma morte prematura em 2012, não por causa de segurança ou fraude, mas porque só podia ser gasta dentro da rede social Facebook, que possuía representatividade muito menor do que apresenta atualmente.
Imagem 4. Fonte: https://s.blogcdn.com/blog.games.com/media/2010/11/facebook-cards.jpg
O Bitcoin, a criptomoeda mais famosa na atualidade, surgiu quando Satoshi Nakamoto (um codinome, ninguém sabe o(s) real(is) autor(es)) lançou um artigo técnico na Internet em que ele propôs uma versão do dinheiro eletrônico que garantia a segurança através de sofisticada técnica de encriptação baseada em um modelo matemático. Assim nasceu o Bitcoin, uma criptomoeda segura e descentralizada. Vale ressaltar que o Bitcoin não é a única moeda virtual que existe, além desta existem centenas de outras.
Imagem 5. Fonte: http://www.blogdoinvestidor.com.br/wp-content/uploads/2017/05/bitcoin.jpg

A descentralização do Bitcoin é uma de suas premissas (descentralização que é adotada pela grande maioria das criptomoedas) e a mineração é essencial nesse processo. Como o sistema de segurança do Bitcoin atua com a encriptação em um modelo matemático, é necessário muito poder computacional para interpretar tais dados, sem a existência de uma sede ou um servidor central, os usuários emprestam parte do poder computacional de suas máquinas para realizar tal processamento de dados da rede, dá-se para essa operação o nome de mineração.
A segurança das operações com boa parte das criptomoedas se dá a partir do Blockchain, que consiste em uma estrutura de dados que representa uma entrada de contabilidade financeira ou um registro de uma transação. Cada transação (bloco) é digitalmente assinada com o objetivo de garantir sua autenticidade e garantir que ninguém a adultere de forma que o próprio registro e as transações existentes dentro dele sejam considerados de alta integridade. Essa segurança nas transações dificultava muito a cópia do dinheiro. O Blockchain permite que outras informações, além das operações monetárias sejam inscritas em seus dados, a autenticidade e a integridade das informações estimula o uso dessa ferramenta para registro de informações, como por exemplo contratos e autorias.
Imagem 6. Fonte: https://magazine.seats2meet.com/wp-content/uploads/2017/09/Blockchain.jpg
O Bitcoin apresenta uma característica deflacionária uma vez que seu algoritmo permite apenas a geração de 21 milhões de moedas. Com a limitação da quantidade de moedas disponíveis no mercado, seu valor aumenta, uma vez que segundo a oferta e demanda. Devido a isso as criptomoedas, principalmente o Bitcoin, tem tido maior aceitação e procura, muitos investidores tem visto nas criptomoedas uma nova forma de investimento. Somente no ano de 2017 o Bitcoin teve uma valorização de 620%.  Essa crescente valorização tem levado a uma popularização e uma maior aceitação das criptomoedas, por parte dos consumidores, países, empresas e instituições.

Referências:

DAQUINO, Fernando. A história das redes sociais: como tudo começou. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/33036-a-historia-das-redes-sociais-como-tudo-comecou.htm. Acesso: 30/10/2017.
SANTOS, Tayrone. Zug: Suíça torna pagamentos bitcoin uma realidade. https://www.criptomoedasfacil.com/zug-suica-torna-pagamentos-bitcoin-uma-realidade/ .Disponível em: https://www.criptomoedasfacil.com/zug-suica-torna-pagamentos-bitcoin-uma-realidade/. Acesso: 30/10/2017.

MARTINS, Rodrigo. Uma Breve História das Moedas Virtuais. Disponível em: https://atitudereflexiva.wordpress.com/2016/12/03/uma-breve-historia-das-moedas-virtuais/. Acesso: 30/10/2017.

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