É notório o quanto a
tecnologia está mudando a dinâmica com que levamos a vida. Cada vez mais, a
tecnologia faz parte do nosso cotidiano, seja ao acordar utilizando aplicativos
de despertador no celular, seja ao ler uma notícia em algum site ou até mesmo pesquisar
qual é o caminho mais breve até o trabalho. Além disso, é perceptível o quanto a
tecnologia é introduzida na vida das pessoas mais e mais cedo.
É incontestável que o
fácil e intenso acesso à tecnologia fez com que a geração do mundo virtual
tenha necessidades diferentes, mudando o perfil de jovem que antes conhecíamos.
Assim, as escolas passaram a lidar com um novo desafio: como lidar com os
recursos tecnológicos no ambiente escolar?
O novo
perfil de jovem requer que os professores e o ambiente escolar adaptem-se ao
mundo tecnológico, tornando as aulas expositivas maçantes desinteressantes,
pois hoje o aluno quer entender o porquê daquele aprendizado e vê-lo na
prática, visando a aprendizagem utilitária. Assim, o ensino híbrido surge para
solucionar o gap entre a teoria e
prática, proporcionando maior interatividade e visão de mundo por meio da
tecnologia, “saindo” do espaço lousa -professor.
O
ensino hibrido consiste em uma novo modelo educacional que propõe a utilização
de dois modos de ensino:
1. 1. Online: o aluno estuda
sozinho em um espaço da internet que possibilita a comunicação e
o compartilhamento de dados, desfrutando de
ferramentas e plataformas online que proporcionam a leitura, realização de
atividades, material didático, entre outros, e que podem guardar dados individuais
dos alunos sobre características gerais do seu momento de estudo, ou seja,
indicadores como tempo de estudo, acertos, erros, entre outros.
2. Offline: o aluno estuda na companhia de
outros e com a orientação do professor, focando na importância da interação
social e o aprendizado coletivo e colaborativo.
Logo,
o ensino híbrido faz com que o on-line
e o off-line se integrem de maneira complementar, oferecendo aos alunos
e professores uma nova experiência em aprendizagem que abranja mais
perspectivas e visões diferentes, tornando o aprender mais rico e proveitoso,
uma vez que propõe engajamento dos alunos no aprendizado, melhor aproveitamento
do tempo do professor, ampliação do potencial da ação educativa visando
intervenções efetivas, personalização da aprendizagem, aproximação do ensino
com a utilidade.
Um
exemplo de ensino híbrido a ser citado é o UNO Internacional, que conta com a
utilização de iPads e um material didático personalizado para o ensino online e
offline. O UNOi tem uma proposta educacional diferente, sugerindo que a
escola precisa criar e ocupar o espaço da interatividade e do compartilhamento,
integrando grupos, na escola e muito além de seus muros. Assim, o UNOi quer
levar a escola para o mundo em que vivem
os alunos. Mais do que reformular o conteúdo, querem construir uma experiência
de aprendizagem.
Apesar
de esse novo modelo educacional mobilizar por internet as escolas para a
construção de uma nova experiência em aprendizagem, tal modelo ainda está em
início de adoção no Brasil. O ensino híbrido ainda é limitado para a maioria da
população pelo fato da internet e infraestrutura serem fatores determinantes
para a implantação do mesmo. Assim, é importante que exemplos de boas práticas
de ensino híbrido sejam divulgadas para que o governo, a população e as instituições de ensino se
informem da oportunidade e resultados possíveis com a adoção do ensino híbrido.
Logo, é importante que a comunidade acadêmica estude tal modelo de ensino para
que haja o estímulo com base em resultados e que, principalmente, seja
defensora da experiência híbrida e não meramente da mudança do livro para o
tablet.
Referências
BACICH,
L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. M. (Org.). Ensino híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
FUNDAÇÃO
LEMANN. Ensino Híbrido. Dispnível em: <http://www.fundacaolemann.org.br/ensino-hibrido/>.
Acesso em 15 de novembro de 2016.
ALLEGRATTI, Sonia M. M..
Escola Híbrida: aprendizes imersivos. Revista Cet, vol. 01, nº 02, abril/2012. Disponível
em: <https://revistacontemporaneidadeeducacaoetecnologia02.files.wordpress.com/2012/05/edutechi_puc20121.pdf>
Acesso em 15 de novembro de 2016.
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