sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Mobile Learning

A expansão das tecnologias de computação móvel criou novos conceitos e meios de obter informação. Na educação, a utilização de dispositivos móveis criou um novo conceito, o Mobile Learning (MARÇAL; ANDRADE; RIOS, 2005, p. 2). Não é surpresa que esses dispositivos móveis fizeram com que a Educação a Distância (EaD) ganhasse mais força e novos caminhos para sua utilização.

Cada vez mais, escolas estão incluindo dispositivos móveis no seu sistema de ensino e utilizando a EaD como opção complementar as aulas presenciais. Silva, Neto e Júnior (2011), no entanto, apontam que para alcançar os melhores resultados na absorção de conhecimento pelos estudantes, é importante levar em consideração as características particulares de cada um. Isso envolve uma avaliação das características cognitivas do estudante e do seu  dispositivo móvel, visto que se não for padronizado, a utilização de diversos dispositivos móveis vai fazer com que alguns enfrentem problemas por utilizarem aparelhos com configurações inferiores.

O Mobile Learning não é só visto nas escolas, sendo muito utilizado também nas empresas. A facilidade de utilizar o sistema de educação a distância proporcionada pela criação de novas tecnologias fez com que as empresas utilizassem treinamentos online para desenvolver novas competências do funcionário. 

Para que o Mobile Learning tenha seus objetivos alcançados, existem 12 princípios que deve ser observados:

Doze princípios do Mobile Learning

O primeiro princípio explica sobre o acesso. O aluno pode acessar o conteúdo tanto por tablet, smartphone ou laptop, então o conteúdo deve estar preparado para todos os dispositivos. Já o segundo fala sobre as métricas, que envolvem a definição do que será avaliado. O terceiro é a nuvem, permitindo que os materiais estejam constantemente disponíveis.

O quarto princípio aborda a transparência e é o subproduto da conectividade, mobilidade e colaboração. O quinto princípio aborda a diversão, já que muitas vezes os alunos encontrarão um conjunto dinâmico de dados, assim mudando o tom do aprendizado e o fazendo mais divertido. O sexto princípio, trabalha o acesso assíncrono, isso permite com que o aprendizado se destranque da escola e esteja em qualquer lugar.

O sétimo princípio é relacionado com o sexto, com o acesso assíncrono, vem o potencial de auto-atuação, onde os alunos podem planejar o conteúdo com a ajuda dos professores. O oitavo princípio trabalha a diversidade, que envolve as constantes mudanças do ambientes de aprendizagem. O nono princípio trabalha a curadoria, que acontece pela adaptação das tecnologias aos aprendizes.

O décimo princípio aborda a mistura entre os tipos de aprendizagem, comunicação pessoal e interação digital. O décimo primeiro princípio trabalha com a aprendizagem permanente, existindo uma necessidade de acesso à informação. O último princípio é uma união dos outro onze princípios que fazem com que esse aprendizado seja impossível de ser reproduzido em sala de aula.

Os princípios abordam de maneira geral todas as vantagens e cuidados que devem ser levados em consideração quando se quiser utilizar os dispositivos móveis na educação. O acesso assíncrono é visto como um dos principais princípios entre os doze, justamente por se tratar do princípio que destranca o conhecimento do aspecto físico. A acessibilidade também é muito importante, visto que as pessoas acessam a informação online de diversos aparelhos e o conteúdo deve estar disponível para todos os tipos de aparelho. Algumas escolas incluem o preço do dispositivo móvel no momento da matrícula, o que faz com que todos tenham o mesmo aparelho com as mesmas configurações, mas o cuidado com a acessibilidade ainda deve ser levado em consideração. O Mobile Learning já avançou muito nos últimos anos, mas é provável que se desenvolva muito mais nos próximos anos, com o estudo cada vez mais forte em realidade virtual.

Referências

DA SILVA, Luiz Cláudio Nogueira; NETO, Francisco Milton Mendes; JÚNIOR, Luiz Jácome. Mobile: Um ambiente multiagente de aprendizagem movel para apoiar a recomendacao sensivel ao contexto de objetos de aprendizagem. In: Anais do Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. 2011.

MARÇAL, Edgar; ANDRADE, Rossana; RIOS, Riverson. Aprendizagem utilizando dispositivos móveis com sistemas de realidade virtual. RENOTE, v. 3, n. 1, 2005.


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