AUTO
EXPOSIÇÃO NAS REDES SOCIAIS
Diego
Iurk Chemin
Sou um
adepto das redes sociais para discutir ideias, informações, conhecimento e
contato com pessoas distantes.
Rede
social é o meio de comunicação, propaganda e entretenimento, para que pessoas e
empresas se conectem e se apresentem; significando oportunidades. Compartilham
valores, objetivos, oportunidades, novas amizades possibilitando
relacionamentos entre os envolvidos - “seguidores”, “amigos virtuais”.(Delano Carvalhalve).
Mas é certo de que seu uso deturpado acaba desviando
o verdadeiro intuito de participarmos destas redes. Segundo pesquisas, Brasil é o terceiro
país que passa mais tempo na rede, atrás de China e EUA e 40% da audiência da
América Latina (com 169 milhões de usuários) estão no país. São 29,7 horas por
mês online, contra 21,9 na média latino-americana e 20,4 dos argentinos. Além
disso, a venda dos smartphones aumentou em relação à de computadores no país.
Como veremos, esses dois dados ajudam a explicar um novo tipo de comportamento
observado entre os nossos internautas: a superexposição nas redes.
Hoje, é só abrir as redes sociais
que você sabe tudo que uma pessoa faz, seus hábitos, costumes. Atualmente as
exposições nas redes sociais passaram a acontecer de forma desenfreada, como
fotos, vídeos caseiros com conteúdos sensuais, comentários e xingamentos. Um dos
motivos mais comuns é o desejo de cada um de se sentir importante, reconhecido,
amado, querido e acolhido pelo outro. Do ponto de vista psicológico, o desejo é
explicado como um querer, um impulso de alguém para obter algo, seja pessoas ou
objetos. O desejo, portanto, nos impulsiona e nos motiva. Isso acontece no
âmbito do ego, o componente da psique (mente) que busca equilíbrio entre nossas
vontades e as limitações da realidade. Por seu intermédio o desejo aflora e se
manifesta em formas que podem variar desde algo simples e controlável, até algo
compulsivo e incontrolável. E o ego encontrou nas redes sociais um terreno
fértil para testar esses limites.
Mais do que compartilhar links e informações e fazer novas amizades, as
redes sociais funcionam como diários virtuais em tempo real. São comuns posts
de gente narrando a rotina, reclamando do trabalho, mostrando a roupa do dia, o
prato do almoço ou exibindo sua localização: na academia, na faculdade, no
hospital ou na balada. Isso sem contar os "selfies" (autorretratos).
É importante falar que não há problema, no fato de se postar fotos ou
outro tipo de posts, Mas essa escolha deve ser feita com critério e,
principalmente, consciência dos riscos envolvidos, especialmente quando o
público se torna maior e até mesmo desconhecido, como ocorre na internet.
"O problema passa a existir quando essa auto exposição foge do controle do
internauta, ou seja, quando o ego “perde as rédeas” e o desejo de se expor
começa a dirigir as escolhas e o próprio comportamento da pessoa" (Katty
Zúñiga).
O comentário
teve mais de 5 mil compartilhamentos somente em 1 dia, levando a jornalista
pedir desculpas e apagar as suas contas no Facebook e Twiitter.
Conforme
Lima (2013), segue algumas dicas para evitar excesso de exposição.
-
“Tenha sempre bom senso e cautela ao compartilhar informações em redes sociais.
Nunca adicione pessoas desconhecidas.”
-
“Evite ao máximo postar fotos e vídeos de caráter mais íntimo.”
-
“Nunca compartilhe posts que possam identificar seu endereço ou demonstre
situações de seu nível socioeconômico.”
“Lembre-se
de que, além de compartilhar informações com seus amigos diretos, há pessoas
nas listas deles que verão seus posts, dependendo das configurações de
privacidade que você adotar.”
-
“Antes de postar qualquer material, pense sempre no seu perfil como se ele
fosse totalmente aberto a todos. Configurações de segurança podem falhar e
acabar expondo dados que você não pretendia disponibilizar.”
-
“Fique atento: informações nas redes sociais são, em alguns casos, indexadas a
ferramentas de busca online e facilmente rastreadas por terceiros.”
-
“Sempre revise suas configurações de privacidade.”
Conclusão
Precisamos encontrar maneiras razoáveis de conviver
com o lado bom e ruim da Web, e o bom é tudo aquilo que gera maturidade
intelectual, idéias diferentes que agregam o saber. O bom é o confronto da
cultura e opinião que estimulam e expandem o conhecimento. O resto é
discernimento, Bom senso e equilíbrio!(Silvana Giudice)
É
quase impossível impedir o crescimento das redes sociais, pois não há limites
para a informação. Cabem as pessoas o bom senso para discernir o certo do
errado e saber o que informar nas redes sociais. (Delano Carvalhalve)
A meu ver,
as redes sociais devem ser utilizadas para propagar ideias, notícias, campanhas
sérias e servir também para reencontro de pessoas, para partilhar boas (ou más)
experiências, reflexões interessantes. Acredito ainda ser possível usar as
redes para recados rápidos, que não puderam ser passados por ligação ou
mensagem. Embora a maioria das pessoas enxergue apenas as “vantagens” da vida
pública no mundo da internet, elas em sua maioria também ignora os perigos
de se expor demais nas redes sociais, esquecendo que a vida inteira publicada
na internet poderá ser usada contra elas em algum momento. Muita gente já se
deu em conta disso, pela experiência própria e através das experiências de
terceiros. Ainda assim, são comuns os casos de pessoas que tiveram suas casas
roubadas, pois os checkins e as fotos denunciaram que a casa estava
vazia, vulnerável aos ladrões que aproveitaram a ocasião. Também são comuns as
mentiras que são descobertas dada a exposição nas redes.
O vídeo
abaixo mostra um pouco o que foi mostrado aqui neste post. Nas imagens veremos
ações e reações de pessoas que expuseram suas vidas. Vale destacar que as
gravações foram feitas em Bruxelas, na Bélgica – lugar onde tradicionalmente as
pessoas têm hábitos mais reservados
REFERENCIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário