Como o WhatsApp viabiliza o ensino remoto em
comunidades ribeirinhas no Amazonas
Por Thais Migueis (24150645) - Disciplina: Redes Sociais e Virtuais
O WhatsApp, aplicativo muito popular, ajudou professores e alunos a manterem contato, organizar atividades e tirar dúvidas, mesmo em lugares onde a internet é limitada e outros recursos são raros. No Amazonas, 91,2% do total de moradores tem acesso à internet, em 2016 esse número era de 64%, segundo dados do IBGE. O WhatsApp foi escolhido porque quase todos tem um celular simples e consegue acessar o aplicativo, mesmo em áreas afastadas. Os professores criam grupos de turma, enviam áudios explicando as atividades, mandam fotos dos materiais e organizam horários para os estudantes participarem, sem precisar de conexão boa o tempo todo.
Em muitos
casos, o envio de tarefas e explicações acontece por mensagens curtas e áudios,
tornando a comunicação mais fácil para todos, inclusive para quem não tem muita
experiência com tecnologia. Famílias também entram nos grupos para acompanhar
os estudos dos filhos e ajudar quando possível.
Apesar dos
avanços, várias dificuldades existem. O sinal de internet é fraco ou instável
em muitas comunidades, então as atividades precisam ser pensadas para funcionar
offline, usando imagens e áudios que não gastam muitos dados. Muitos alunos
dividem o celular com irmãos ou pais, e nem sempre participam de todas as
interações. A formação dos professores e a falta de materiais didáticos são
obstáculos que também devem ser superados, mas o aplicativo veio como uma
solução acessível e prática nesse contexto.
Mesmo com as
dificuldades, relatos mostram que o WhatsApp aproximou professores e alunos.
Houve melhorias na comunicação e adaptação dos conteúdos, permitindo que as
crianças continuassem aprendendo, sem precisar se deslocar por grandes
distâncias, enfrentando riscos dos rios e das viagens de barco e principalmente,
sem ficarem defasados no comprimento do currículo escolar. mostraram resultados positivos, valorizando o
uso do celular como
O WhatsApp não
resolveu todos os problemas do ensino remoto ribeirinho, mas foi o principal
aliado de alunos e professores para garantir que o aprendizado não parasse
durante a pandemia e durante as frequentes intempéries da região. O aplicativo
representa inclusão digital, facilidade de acesso às informações e novas formas
de ensinar dentro das limitações desse contexto.
Referências
- AMAZONAS ATUAL. Internet está presente em 91% dos
domicílios do Amazonas, aponta IBGE. 2025. Disponível em: https://amazonasatual.com.br/internet-esta-presente-em-91-dos-domicilios-do-amazonas-aponta-ibge/.
Acesso em: 18 nov. 2025.
- UNDIME. Ensino remoto no Brasil foi feito
principalmente com material por whatsapp e materiais impressos para as
atividades remotas. 2021. Disponível em: https://undime.org.br/noticia/09-03-2021-ensino-remoto-no-brasil-foi-feito-principalmente-com-material-por-whatsapp-e-materiais-impressos.
Acesso em: 18 nov. 2025.undime
- OJS BRAZILIAN JOURNALS. O whatsapp no processo de
ensino-aprendizagem de alunos em comunidades ribeirinhas. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/index.php/BJHR/article/view/33685.
Acesso em: 18 nov. 2025.ojs.brazilianjournals
- EDUCAÇÃO PÚBLICA CECIERJ. Inserção do ensino remoto
para professores de escolas ribeirinhas do Amazonas. 2022. Disponível em: Revista
Educação Pública - Inserção do ensino remoto para professores de escolas
públicas do interior do Estado do Amazonas, na pandemia. Acesso em: 18
nov. 2025.educacaopublica.cecierj
- EDITORAREALIZE. O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL NO
AMAZONAS. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/O-ENSINO-REMOTO-EMERGENCIAL-NO-AMAZONAS.
Acesso em: 18 nov. 2025.editorarealize
- REVISTA FESA. EDUCAÇÃO RIBEIRINHA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS. Disponível em: https://revistafesa.com/artigo/educacao-ribeirinha-desafios-e-perspectivas. Acesso em: 18 nov. 2025.revistafesa
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