terça-feira, 2 de dezembro de 2025

A ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: REFLEXÕES SOBRE A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

 

A ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: REFLEXÕES SOBRE A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

 

Felipe Eduardo Gallina

Disciplina: Ambientes Virtuais de Aprendizagem

 

1. Introdução

A acessibilidade na Educação a Distância (EaD) constitui um dos pilares fundamentais para a democratização do ensino superior no Brasil, especialmente no que diz respeito à inclusão de pessoas com deficiência visual. O artigo “A Acessibilidade na Educação a Distância” discute de forma aprofundada os desafios, avanços e responsabilidades institucionais diante desse processo inclusivo.

O tema mostra-se relevante diante do crescente número de cursos oferecidos na modalidade EaD e do compromisso legal e social das instituições de ensino com práticas inclusivas. Assim, este trabalho apresenta uma síntese crítica do artigo, articulando seus principais pontos e relacionando-os ao contexto educacional contemporâneo.


 2. Desenvolvimento

2.1 Inclusão e mudanças conceituais

Os autores destacam que a inclusão de pessoas com deficiência visual não se resume à garantia de acesso, mas exige o reconhecimento das diferenças como parte da diversidade humana. O artigo aponta a evolução histórica da terminologia, enfatizando o uso mais adequado de “pessoas com deficiência”, alinhado às transformações sociais e às críticas feitas por autores como Sassaki (2003) e Skliar (1999).

Além disso, evidencia-se que a inclusão demanda romper com barreiras arquitetônicas, informacionais e atitudinais, incluindo o enfrentamento do preconceito ainda presente no ambiente universitário.

2.2 A Educação a Distância como oportunidade de inclusão

A EaD é apresentada como modalidade capaz de ampliar o acesso ao ensino superior, especialmente por oferecer flexibilidade temporal e romper barreiras geográficas. Conforme o artigo, sua estrutura metodológica favorece a autonomia, o uso de recursos tecnológicos acessíveis e a construção de ambientes mais inclusivos.

Entretanto, os autores ressaltam que a EaD, por si só, não garante a inclusão: ela precisa ser planejada de forma intencional, com estratégias e recursos adequados às necessidades dos estudantes com deficiência visual.

2.3 Acessibilidade no ensino superior

Com base em pesquisas realizadas na UDESC, o artigo revela que a principal queixa dos estudantes com deficiência visual refere-se à falta de acessibilidade institucional. Isso envolve desafios como:

·       ausência de materiais adaptados,

·       plataformas digitais pouco acessíveis,

·       falta de formação docente,

·       carência de políticas estruturadas.

O texto reforça que a universidade deve assumir responsabilidade social e institucional, garantindo condições de permanência e aprendizagem para esses estudantes.

2.4 Políticas e dispositivos legais

O artigo recupera importantes dispositivos legais que fundamentam os direitos das pessoas com deficiência, tais como:

·       Lei nº 7.853/89,

·       Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),

·       Portaria MEC nº 1.679/99,

·       Lei nº 10.098/00.

Esses marcos normativos reforçam a necessidade de adequação dos espaços educativos, incluindo ambientes virtuais, garantindo assim acessibilidade plena e permanente.

 3. Considerações Finais

O artigo analisado demonstra que a inclusão de pessoas com deficiência visual na EaD vai além da oferta de cursos: exige uma mudança estrutural, pedagógica e atitudinal dentro das instituições de ensino superior. A acessibilidade deve ser compreendida como direito, e não como favor ou adaptação pontual.

A Educação a Distância apresenta grande potencial para promover a democratização do ensino, mas sua efetividade depende de políticas institucionais consistentes, formação docente, tecnologias acessíveis e práticas pedagógicas que respeitem a diversidade.

Assim, conclui-se que a reflexão proposta pelos autores contribui significativamente para o fortalecimento de iniciativas inclusivas, destacando a responsabilidade ética e social das universidades na construção de um ambiente educacional verdadeiramente acessível.

4. Referências

SILVA, S. C.; BECHE, R. C. E.; SOUZA, M. V. A acessibilidade na educação a distância. ESUD 2011 – Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância, Ouro Preto, 2011.

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