quinta-feira, 29 de junho de 2023

O que são criptomoedas?

                                                       

                                  O que são criptomoedas?

Autor: Allan da Cruz Lopes

Disciplina: Ambientes Virtuais de Aprendizagem


 

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Uma criptomoeda é um tipo de dinheiro totalmente digital que opera independentemente de um governo central ou autoridade financeira. Ela foi descrita pela primeira vez em 1998 por Wei Dai, que propôs o uso de criptografia para controlar a emissão e as transações de uma nova forma de dinheiro descentralizado. No entanto, o Bitcoin, criado por Satoshi Nakamoto em 2009, foi a primeira criptomoeda amplamente conhecida e adotada.

Diferentemente das moedas tradicionais, como o real ou o dólar, as criptomoedas não são emitidas por um governo ou instituição financeira. Em vez disso, elas são criadas por meio de algoritmos e protocolos matemáticos, em um processo conhecido como mineração. Essas moedas digitais são armazenadas em carteiras virtuais e podem ser transferidas entre pessoas através de transações eletrônicas.

Uma das principais características das criptomoedas é a tecnologia subjacente chamada blockchain. O blockchain é um livro-razão digital que registra todas as transações de uma criptomoeda de forma transparente e imutável. Isso significa que todas as transações são verificadas e registradas pelos participantes da rede, tornando as transações seguras e confiáveis.

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O Bitcoin é apenas uma das muitas criptomoedas existentes atualmente. Após o seu surgimento, diversas outras moedas digitais foram criadas, cada uma com suas próprias características e finalidades. Algumas delas buscam melhorar a escalabilidade, privacidade ou velocidade das transações, enquanto outras são projetadas para aplicações específicas, como contratos inteligentes.

Embora as criptomoedas ainda enfrentem desafios e volatilidade significativa, elas têm ganhado crescente adoção e interesse em todo o mundo. Elas oferecem benefícios como transações rápidas e globais, redução de custos de transação e maior controle sobre os próprios fundos. No entanto, é importante estar ciente dos riscos associados às criptomoedas, como a falta de regulamentação, a possibilidade de perda de chaves de acesso e a volatilidade dos preços.

 

Para que servem

As criptomoedas têm várias finalidades, semelhantes às do dinheiro físico. Elas podem ser usadas como meio de troca, facilitando transações comerciais. Além disso, podem ser utilizadas como reserva de valor, preservando o poder de compra no futuro. No entanto, como unidade de conta, ou seja, como base para a precificação de produtos e cálculos econômicos, o Bitcoin e outras criptomoedas ainda não adquiriram plenamente esse status, devido à sua grande volatilidade atual.

 
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           Como funciona a variações de preço

O preço das moedas digitais, como o Bitcoin, varia de acordo com a lei da oferta e da demanda. Quando as criptomoedas recebem mais atenção e são mais procuradas pelos investidores, o volume de compras aumenta e, consequentemente, os preços tendem a subir.

Um aspecto importante é que existe um número limitado de bitcoins em circulação e novos bitcoins são criados em uma taxa previsível e decrescente. Isso significa que a demanda precisa acompanhar esse nível para manter o preço estável, como explicado pelo site Bitcoin.org.

Devido ao mercado ainda ser relativamente pequeno, algumas transações com criptomoedas podem ter um impacto significativo nas cotações. Por exemplo, em um período de apenas três meses em 2017, o preço do Bitcoin saltou de cerca de US$ 4.370 para US$ 13.800. Pouco mais de um ano depois, o preço havia caído novamente para US$ 3.500. Isso demonstra que as cotações podem ser bastante voláteis.

 

Principais criptomoedas

 
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       BITCOIN

Bitcoin (BTC) é amplamente reconhecido como a criptomoeda mais famosa. Surgiu como o pioneiro de um sistema de pagamentos global completamente descentralizado. Seu projeto foi concebido em 2008, durante a crise financeira global originada no mercado hipotecário dos Estados Unidos, com a finalidade de substituir a moeda fiduciária e eliminar a dependência de instituições bancárias para intermediar transações financeiras.

     ETHEREUM

Existem algumas semelhanças e diferenças entre o Bitcoin e o Ethereum (ETH), incluindo suas origens e recursos. A moeda digital originalmente chamava-se Ether, e foi lançada juntamente com a plataforma Ethereum em 2015. No entanto, em 2016, ocorreu um incidente de segurança em que um hacker explorou uma vulnerabilidade no sistema e conseguiu roubar aproximadamente US$ 50 milhões em Ether.

     TETHER

O Tether (USDT) é uma criptomoeda conhecida como stablecoin, lançada em 2014 pela empresa de mesmo nome. A proposta do Tether é manter uma paridade com o dólar americano, diferenciando-se de outras moedas digitais, como o Bitcoin, por ter lastro em uma moeda física.

Inicialmente, a empresa não oferecia transparência suficiente sobre como mantinha essa paridade, o que levantou questionamentos por parte de especialistas. Em 2019, foi revelado que nem todos os Tethers estavam efetivamente lastreados em dólares. A empresa afirmou que 100% dos tokens eram garantidos, mas não apenas por moeda tradicional. Eles também poderiam ser lastreados por equivalentes de caixa, ativos ou recebíveis de empréstimos concedidos pela Tether a terceiros.

A característica principal do Tether é ser uma moeda estável que representa moedas físicas no mundo digital. Devido à menor volatilidade em comparação com outras criptomoedas, o Tether se tornou uma opção popular para realizar transferências entre sistemas e entre diferentes criptomoedas. Investidores utilizam o Tether como forma de se proteger das variações de preço de outros ativos e evitar riscos significativos durante essas operações.

A negociação do Tether é predominantemente realizada na Bitfinex, uma grande bolsa de criptomoedas. Vale ressaltar que a Bitfinex possui acionistas e executivos em comum com a Tether, empresa controladora do USDT. Embora o Tether possua algumas vantagens em relação a outros ativos digitais, ele esteve envolvido em polêmicas significativas.

Um exemplo é a acusação feita pela Procuradoria Geral de Nova York, que alegou que a Bitfinex teria utilizado reservas de Tether para cobrir um déficit de US$ 850 milhões em suas contas a partir de 2018. Além disso, há suspeitas de que o Tether tenha sido usado por um especulador para manipular o preço do Bitcoin no mercado, com conhecimento ou envolvimento da Bitfinex. Esses acontecimentos ainda estão em processo de esclarecimento.

  

Como investir em criptomoedas

Existem algumas formas de investir ou adquirir Bitcoins e outras criptomoedas. É possível comprar cotas de fundos de criptomoedas, negociá-las diretamente em uma corretora especializada (também conhecida como exchange), aceitando as moedas digitais como pagamento em algum negócio ou ainda minerando. reescreva

Existem diversas maneiras de investir ou adquirir Bitcoins e outras criptomoedas disponíveis atualmente. Você pode optar por comprar cotas de fundos de criptomoedas, negociar diretamente em corretoras especializadas, conhecidas como exchanges, aceitar moedas digitais como forma de pagamento em transações comerciais ou até mesmo se envolver na atividade de mineração.

Uma opção é comprar cotas de fundos de criptomoedas, que são veículos de investimento gerenciados por profissionais especializados. Esses fundos oferecem aos investidores a oportunidade de obter exposição às criptomoedas sem a necessidade de gerenciar diretamente os ativos.

Outra alternativa é negociar diretamente em exchanges, que são plataformas online onde você pode comprar, vender e armazenar criptomoedas. Essas exchanges oferecem uma variedade de moedas digitais para negociação, permitindo que você aproveite as flutuações de preços e participe ativamente do mercado de criptomoedas.

Além disso, você pode aceitar moedas digitais como forma de pagamento em seu negócio. Essa opção é mais comum em empresas voltadas para a tecnologia ou comércio eletrônico, mas está se expandindo para outros setores à medida que as criptomoedas ganham mais aceitação.

Por fim, existe a atividade de mineração, que envolve a verificação e validação de transações na rede blockchain das criptomoedas. No entanto, a mineração de Bitcoins e algumas outras criptomoedas se tornou cada vez mais complexa e exigente em termos de recursos computacionais, tornando-a menos acessível para indivíduos comuns.

É importante destacar que investir em criptomoedas envolve riscos significativos, como volatilidade de preços e incerteza regulatória. Portanto, é essencial fazer uma pesquisa cuidadosa, buscar orientação especializada e considerar sua tolerância ao risco antes de tomar qualquer decisão de investimento nesse mercado.


 

 

Referências 

 https://www.infomoney.com.br/guias/criptomoedas/

https://www.mercadobitcoin.com.br/economia-digital/criptomoedas/guia/

https://blog.pagseguro.uol.com.br/o-que-e-criptomoeda/

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