Os discursos de ódio nas Mídias Sociais e suas consequências

 Aluno: Anderson Dagostin Novaki

Matrícula: 18200859

Disciplina: Redes Sociais e Virtuais

 

Fonte: Google

Com as mídias sociais cada vez mais em alta é natural que as pessoas comecem a se sentir mais a vontade em suas postagens, sejam elas com fotos mais ousadas ou ainda com mensagens sobre seus pensamentos, porem aí também reside o perigo, pois muitos tendem a opinar sobre assuntos de modo agressivo e até violento.

Mas qual seria a motivação para que pessoas que aparentemente não fariam maldades são levadas a fazer comentários e publicações maldosas para fazer com que a vitima seja prejudicada? Segundo o CanalTech “...os usuários estão somente buscando visões que reforcem suas opiniões, em vez de justamente aproveitar a diversidade que as redes sociais oferecem para rever conceitos e preconceitos...”

Para pessoas que fazem uso das mídias sócias para destilar seu veneno e dar suas “(nada) humildes” opiniões surgiu o termo “Haters”, palavra que traduzida do inglês significa “Odiadores”. Uma reportagem da UNIT traz uma fala da psicóloga e professora Karolline Helcias Pacheco Acácio que diz que “Os haters aparecem muito nas redes sociais e isso virou uma cultura, uma forma de violência muito comum hoje em dia. O problema é que essas pessoas que praticam esse tipo de agressão se prevalecem do fato de a rede social, de certa forma, terminar protegendo-as. A plataforma favorece o perfil do agressor, pois muitas vezes o hater se esconde atrás de um perfil falso para poder violentar alguém”.

Para resumir em algumas palavras uma definição sobre os discursos de ódio nas mídias sócias, uma publicação no jus.com.br traz uma citação de Brugger, 2007, que diz: “...o discurso do ódio refere-se a palavras que tendem a insultar, intimidar ou assediar pessoas em virtude de sua raça, cor, etnicidade, nacionalidade, sexo ou religião, ou que têm a capacidade de instigar violência, ódio ou discriminação contra tais pessoas”.

Segundo uma pesquisa feita pelo site GENTE, o Facebook é a rede social com maior índice de ataques, ameaças e conteúdos ofensivos, com 59% dos entrevistados já presenciando casos desse gênero, seguindo do WhatsApp com 48% e Instagram com 45%. A Maior parte dos ataques presenciados os sentido pelos entrevistados foi de Racismo com 66%, seguido de Intolerância Política com 54% e Homofobia com 51%.

Fonte: Gente

Segundo a publicação do site UNIT “as pessoas agredidas pelos haters podem sofrer uma série de consequências, entre elas, a exposição. ‘A vítima geralmente sofre uma violência psicológica e, muitas vezes, moral. Dentro das consequências também estão problemas ligados ao estresse que a situação causa e à frustração que a agressão pode trazer, porque as ações escritas ou faladas provocam na pessoa agredida o medo e a angústia’, observou Karolline Acácio, ao ressaltar que é uma violência muito semelhante ao bullying, mas de uma forma mais intensa”.

Os ataques acontecem com mais frequências a pessoas que estão iniciando sua fama, como artistas, blogueiro, influencer ou algum outro fator que o faz aparecer mais nas mídias sócias. Cada passo dessas personalidades é monitorado minunciosamente, e qualquer palavra dita, até sem intenção, pode se tornar no pior pesadelo da sua carreira. Vou usar como exemplo os ataques que Luísa Sonza recebe desde o inicio de sua carreira. Sempre chamada de “interesseira”, Luísa já tinha músicas antes do seu casamento com o Humorista e YouTuber Winderson Nunes, ela já possuía uma carreira em andamento, e em possível acessão, porém o que os Haters fizeram foi apenas apontar que ela só começou a fazer sucesso pois se casou com o YouTuber, chamada de “sem talento” ela aponta ter sofrido muitos ataques com isso. A pressão foi tão grande que acabou por desgastar o seu casamento, que acabou em separação. Depois disso ela foi acusa de trair Winderson e desta forma taxada de “vagabunda”, o fato de o YouTuber ter um quantidade de fãs muito mais engajados que Luísa na época da separação, fez com que os ataques a ela fossem intensificada, culpando-a do estado de saúde mental de Winderson, que estava com um quadro de depressão.

Fonte: Google

Os próximos passos dessa história se deram com a carreira de Luísa caminhando para um era mais ousada, com figurinos menores, musicas com cunho sexual e coreografias mais eróticas. Isso levou os Haters a começar a insinuar que Luísa só fazia sucesso por que mostras sua “bunda” nos clips. Eles sempre tentam de todas as formas diminuir o talento dela tentado justificar que os constantes crescimentos numéricos de visualizações de seus projetos se dão não por talento, não por cantar bem, e por sinal muito bem, mas sim por qualquer motivo supérfluo que os leva a sempre criticar ela de forma agressiva e violenta.

No ultimo projeto musical de Luísa ela lançou um CD bem POP, com musicas românticas, musicas dançantes, e musicas que mandaram a real para os haters. Na música “INTERE$$EIRA” ela traz o seguinte discurso: “Puta, vagabunda, interesseira, eu fazendo meu trabalho escutando só besteira. Sem talento, sem graça, forçada, como é me ver com milhões dizendo que eu não valia nada? Confesso, não é fácil ser braba todo dia, tive que aprender a me virar sozinha...”. E assim ela foi ganhando cada vez mais seguidores e visualizações. O ultimo passo dado na carreira de Luísa de deu com a volta dos Shows presenciais, quem vem arrastando multidões para assistir a todo o espetáculo que ela proporciona. Nesta nova turnê Luísa optou por um figurino com “muito mais pano”, sem “bunda de fora”, e provou a muitos que ela canta muito bem, dança lindamente, e faz sucesso sem precisar mostrar seu corpo, pois tem talento de verdade.

Fonte: Google

Em uma entrevista ao programa Saia Justa do canal GNT, Luísa relata que todos os ataques que recebeu durante a sua carreira: “Não sabia mais o que fazer, minha mente não aguentava mais. Terapia, remédios, não faziam efeito. Queria morrer. Quando começaram a liberar as gravações dos programas de TV na pandemia, eu ia para minha primeira viagem. Entrei no avião e as pessoas me xingavam! Aluguei um barco no meio do mar e as pessoas me xingavam. Passavam de jet ski me xingando” diz Luísa.

Enfim, expressar sua opinião pode muitas vezes levar as pessoas a situações psicológicas graves. Por esse motivo antes de comentar algo reflita se aquilo irá acrescentar algo na vida da pessoa, se não, guarde para você.

REFERÊNCIAS:

GNIPPER, Patrícia. Uma análise sobre a propagação do ódio pela internet e suas consequências. Disponível em: <https://canaltech.com.br/comportamento/uma-analise-sobre-a-propagacao-do-odio-pela-internet-e-suas-consequencias-100018/>. Acesso em 19/05/2022.

Asscom | Grupo Tiradentes. Redes sociais e a cultura dos haters: quais as causas de tanto ódio? Disponível em: <https://portal.unit.br/blog/noticias/redes-sociais-e-a-cultura-dos-haters-quais-as-causas-de-tanto-odio/#:~:text=V%C3%ADtimas%20expostas%20e%20viol%C3%AAncia%20psicol%C3%B3gica,e%2C%20muitas%20vezes%2C%20moral>. Acesso em 19/05/2022.

CARDOSO, Sarah C., Et. al. Discurso de ódio nas redes sociais. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/71639/discurso-de-odio-nas-redes-sociais>. Acesso em 19/05/2022.

Sintonia com a Sociedade. DISCURSO DE ÓDIO E OS LIMITES DAS REDES SOCIAIS. Disponível em: <https://gente.globo.com/discurso-de-odio-e-os-limites-das-redes-sociais/>. Acesso em 20/05/2022.

Gshow. No 'Saia Justa', Luísa Sonza fala sobre ódio nas redes: 'Não aguentava mais. Remédio, terapia, nada fazia efeito'. Disponível em: <https://gshow.globo.com/tudo-mais/tv-e-famosos/noticia/saia-justa-luisa-sonza-fala-sobre-o-odio-nas-redes.ghtml>. Acesso em 20/05/2022.