domingo, 29 de maio de 2022

Especialistas afirmam: pandemia agravou desigualdades na educação

Especialistas afirmam: pandemia agravou desigualdades na educação

EGC5019- 09304/10301 (20212) - Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Autor: Welyngton Wiltuschnig - 17200948

Não é novidade, todas as pessoas estão sentindo os efeitos da pandemia. Seja no mercado, como os preços mais altos; seja no convívio social, que só recentemente voltou ao normal; seja na educação dos seus filhos, que ficaram 2 anos sem apoio, sem certezas e praticamente sem estudos.

Um estudo realizado pela Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), em parceria com o Instituo Vox Populi, ouviu 1500 alunos do ensino médio da rede pública e 500 da rede particular de ensino para determinar os principais desafios enfrentados por eles durante a pandemia de Covid-19.


Os resultados, infelizmente, foram piores que os esperados. Para abrir esse tópico, a informação mais chocante foi que 50% dos entrevistados de escolas públicas precisaram atuar em atividades distintas da escola, como trabalho doméstico ou trabalhos fora de casa.


Essa não é uma imagem triste, mas pode exemplificar o que aconteceu na pandemia.

Empobrecimento Intelectual

Outro ponto negativo da pandemia foi o “empobrecimento intelectual”. Os alunos, além de não aprenderem novos conteúdos, esqueceram das coisas que haviam aprendido anteriormente.


O representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação, Danilo Melo de Souza, afirma que esse problema deve ser sanado com uma coordenação nacional, com espaços especializados nas escolas focados nisso. Que não será um auxílio pontual, de restituição de verba e perdas que solucionará o problema.


A deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) criticou o governo federal por vetar a lei 14.172/21, que destinava R$ 3,5 bilhões para que estados e municípios garantissem o acesso dos alunos à internet para fins educacionais. 


Ela diz também que esses atrasos são prejudiciais para os alunos e a educação como um todo, pois impede o acesso à infraestrutura e deixa claro que os menos favorecidos continuam sendo impedidos de acessar as coisas mais básicas.


Menos aprendizado no ensino remoto

Foi feito um estudo intitulado “Perda de Aprendizagem na Pandemia”, que estimou que o ensino à distância adotado na pandemia gera um aprendizado muito menos do que o presencial. Em números, no remoto, os alunos aprendem 17% e 38% dos conteúdos de matemática e português, respectivamente. Essa porcentagem é relativa ao que eles aprenderiam se estivessem no presencial.

Nesse estudo, também se constatou que a perda de aprendizagem acumulada em estudantes do terceiro ano do ensino médio é de 74%, nessas duas matérias citadas anteriormente. 


Esses mesmos alunos são os que passaram o segundo ano inteiro estudando de forma remota, ingressando já com 9 e 10 pontos a menos em proficiência em português e matemática.


O ensino remoto veio como uma solução, mas não foi tão efetiva.

Evasão Escolar

Outra questão que deve ser levantada é a evasão da escola. Em 2020, os jovens que pensavam em desistir da escola eram 28%. Em 2021, esse número subiu para 43%. Os principais motivos são a dificuldade financeira e a dificuldade de organização no ensino remoto.


O número de estudantes que estão fora das escolas cresceu de 26% para 36%, considerando que o percentual de 56% dos jovens que não estudam trancaram suas matrículas depois do começo da pandemia.

Saúde Mental

Um tema menos abordado, porém tão importante quanto, é a saúde mental. Um estudo feito com 68 mil jovens de 15 a 29 anos mostrou dados sensíveis sobre o tema.


60% dos entrevistados disseram ter episódios maiores de ansiedade e descontrole no uso de redes sociais; 50% disseram sentir cansaço/exaustão constante; 40%, insônia ou problemas de peso e; 10% disseram ter considerado automutilação ou suicídio.


Alguns fatores que influenciaram nesses números são: a distância dos amigos, o falecimento de entes queridos, dúvidas sobre o futuro, dentre outros.


50% desses jovens entrevistados acreditam que é uma prioridade garantir atendimento psicológico público e 37% consideram ideal isso acontecer nas escolas.



Fonte: Agência Senado, Agência Câmara de Notícias.


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