segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Deixa ela jogar : O mundo dos gamers, o feminismo e as redes sociais.

 

UNIVERSIDDE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC

Jennyfer Laryssa da Silva

16203117


Deixa ela jogar : O mundo dos gamers, o feminismo e as redes sociais.


“Mulher não sabe jogar”, “Só podia ser menina para jogar tão mal assim”, “Pra uma mulher até que você joga bem”, “Noob”, “Meu time está mais fraco porque tem uma menina”, “Sai daqui, esse jogo não é de menina”, “Vai jogar jogo de princesa”. Esses são alguns de muitos tipos de ofensas e ataques que recebemos diariamente durante uma partida ou nas redes sociais. Quando escutam a voz e percebem que é mulher o comportamento já muda. Quando não somos xingadas e atacadas, dão em cima, falam besteiras levando para o lado sexual ou muitas vezes até saem das partidas por “sermos mais fracas e não sabermos jogar”. 

De todos os estudos sobre games e todos os assuntos discutidos sobre seu conteúdo ideológico, a representação da mulher é um dos temas menos explorados. Seja como jogadora, desenvolvedora ou personagem, as mulheres fazem parte do universo dos games. Com todo o preconceito e estereótipo negativos dentro dos games, as mulheres ainda lutam por reconhecimento como gamers e representatividade dentro do jogo e fora deles através de blogs, canais no YouTube, campeonatos entre outros.


Pelo quarto ano consecutivo, as mulheres tem cada vez mais participado de transmissões de jogos online. O site de pesquisa Games Brasil divulgou em 2019 um estudo que confirma: 53% do público gamer é composto por mulheres. Esses dados, levantados pela Sioux Group, Blend e ESPM, mostram que as mulheres preferem jogos de computadores e videogames, porém dominam ainda mais o consumo de jogos por smartphones e ainda assim não recebemos o respeito que lutamos todos os dias para conseguir.         

                   

As redes sociais fazem com que todo o tipo de assunto seja cada vez mais amplo e explorado. O mundo gamer por si só já é um universo gigantesco, quando paramos para analisar o que a internet fez com este universo virtual é até difícil de mensurar, pois o que já era grande ficou maior ainda.

Levando em conta tudo o que foi mencionado acima o presente artigo tem como intuito apresentar a evolução da mulher no mundo gamer e como as redes sociais e virtuais agem em prol ou não disso. Levando em conta que cada vez mais este grande universo cresce junto com o avanço da tecnologia, temos o direito e dever de lutar por igualdade no mundo gamer também. 


A representação das personagens femininas nos jogos

A palavra representatividade tem por significado aquele que representa politicamente os interesses de um grupo, de uma classe ou de uma nação. Ela se concretiza através da ação, adesão e participação dos representados. O principal objetivo é acabar com a propagação de preconceitos e diminuir os estereótipos negativos ligados às mulheres. Se pararmos para analisar como os jogos representam as personagens mulheres podemos entender o quanto isso incomoda o público feminino. As personagens femininas nos jogos eram sempre criadas pensando somente no seu físico, nas roupas curtas e marcantes, no seu corpo bonito e atraente  e muito pouco nas habilidades hoje em dia podemos perceber que aos poucos isso vem mudando, o fato de ter jogos que hoje apresentam a mulher como protagonista e que tornam ela a heroína é algo incrível.




Não devemos aceitar menos do que igualdade até mesmo quando se trata de um personagem de jogo, temos o direito de lutarmos e querermos que nossa representatividade seja tão incrivel quando de um homem.




Redes Sociais e mundo gamer

A internet é a maior inovação do mundo e é claro que tudo fica mais visível e amplo com ela. Assim como tudo fca maior e mais intenso. As redes sociais servem para aproximar e fazer com que as pessoas interagem mais ao mesmo tempo ela pode afastar, magoar, machucar e ferir alguns.

Com o universo gamer não é diferente o que mais vemos hoje em dia é pessoas de diversas faixas etárias gravando vídeos, postando fotos, criando blogs e canais para falar sobre os jogos, para mostrar suas habilidades, ensinar a jogar, passar de fases e nívei e claro tentar crescer com isso. As redes sociais trazem uma maior visibilidade para os jogos e para as pessoas o seu enorme alcance faz com que  tudo seja mais rápido e maior tanto para o lado positivo quando para o lado negativo.

Não é mimimi quando falamos que o machismo é cada vez maior com a internet e as redes sociais, é algo real, a mulher não precisa aparecer durante uma partida de jogo online para ser criticada ou mesmo de certa forma assediada. Termos o Nick feminino, falar no microfone, já é o suficiente para que a reação e o modo de sermos tratadas durante uma partida já é diferente, somos criticadas com maior intensidade e ainda xingadas de forma mais hostil. Lembrando que isto não é uma generalização, nem todos os homens são machistas assim como nem todas as mulheres são extremistas. Precisamos mostrar que todos merecem respeito e igualdade.

Porém a internet é um universo complexo demais para ficarmos presos somente nas coisas ruins, quando se fala em jogos online, muitos não entende o grande mundo virtual que eles são. O fato de você conhecer pessoas, descobrir habilidades, se expressar, interagir e para alguns ganhar dinheiro através do que gosta de fazer e faz se divertindo e se irritando também éclaro. E realmente as redes sociais fazem com que estas interações sejam cada vez mais fortes, mais vividas, mais reais e intensas.

Somo 3 bilhões de gamers no mundo e sim tem espaço para todo mundo. Só lembrando o lugar da mulher é onde ela quiser.

 

Bibliografias:

www.politics.org.br

www.sbgames.org

www.olhardigital.com.br

www.oglobo.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário