Universidade Federal de Santa Catarina
Disciplina: Redes Sociais e Virtuais
Aluna: Morgana Weber Pinto - 18101195
E-commerce:
Muitos usam e poucos sabem o que é
Você já comprou ou vendeu algo online? A maioria das respostas hoje em dia será sim. Mas você sabe que esse tipo de compra é denominado e-commerce? Isso mesmo, existe toda uma estrutura, todo um mercado por trás de uma compra ou venda realizada pela internet e neste artigo vamos entender mais sobre essa estrutura, conhecer seu surgimento e sua história e no final entender que e-commerce vai muito além de apenas um contrato entre o consumidor e o fornecedor de forma virtual. Sabemos que o mercado de e-commerce ainda é muito novo no mundo todo, bem recente, e com certeza teve sua potencialização no meio da pandemia atual.
Para
entendermos mais, vamos iniciar com a sua definição, a palavra e-commerce é a abreviação de electronic commerce e sua tradução para
o português é comércio eletrônico, ou seja, é o novo método de contrato entre
os consumidores e os fornecedores desenvolvido para ter mais alcance e
agilidade nas trocas de bens e serviços.
O seu
surgimento ocorreu a bastante tempo, nos meados dos anos 70, nos Estados Unidos
quando as companhias de telefone e internet começaram a utilizar o EDI
(Eletronic Data Interchange) fazendo compartilhamento de arquivos e documentos
entre pessoas e empresas. Com o passar do tempo e o crescimento da internet, na
década de 90, empresas como a Amazon adotaram a ferramenta e a revolucionaram
para a estrutura que conhecemos hoje.
Hoje, basta ter um aparelho eletrônico como um celular ou um notebook que já conseguimos realizar qualquer compra ou venda em lojas virtuais. Em suma, qualquer processo de compra e venda de produtos é realizado por meio de eletrônico é denominado um e-commerce. Por exemplo, você mora no Brasil e consegue comprar mercadorias da China, sem sair do sofá da sala, muito legal, não concorda? É super fácil, a final, você só clicou em algumas opções, inseriu seus dados e alguns dias depois sua compra chegou, mas já parou para se perguntar como essa estrutura toda funciona?
Como sua estrutura funciona?
Não
é em um passe de mágica que sua encomenda chega na sua casa. Parece simples e
fácil, mas não é bem assim, existe toda uma logística, uma regulamentação, uma
metodologia por trás e muitas pessoas trabalhando em conjunto. Quando uma
empresa escolhe começar suas vendas no método e-commerce é necessário ter uma
logística estudada e definida, para assim, poder montar sua plataforma com a
funcionalidade que atenda sua necessidade de demanda, essas plataformas são softwares
que disponibilizam e gerenciam todas as funções de uma loja online, podendo ser
plataformas da própria empresa ou plataformas terceirizadas, mais conhecidas
como marketplaces. Além disso, é necessário ter um canal de divulgação, o
famoso “vender o peixe”, o que a maioria dos microempreendedores utilizam
atualmente é o Instagram, pois além de gratuito, é um dos canais que mais
cresce e influencia no nosso dia a dia. Isso tudo acaba gerando vários empregos
de forma direta ou indireta. E o mais importante, a empresa precisa seguir a
regulamentação jurídica.
O E-commerce dispõe de uma série de
aspectos jurídicos próprios, como a questão da segurança jurídica na internet,
o decreto 7.962/2013 que o regulamenta, as particularidades do contrato
eletrônico como classificação e os princípios próprios que o regem e a
correlação entre o contrato eletrônico e o Direito Contratual do Código Civil
(Hildeliza Cabral, 2016, p. 23)
Vale
ressaltar que, existe mais de um tipo de estrutura e-commerce, a comentada a
cima, seria a mais comum, em que as vendas ocorrem das empresas (pessoa
jurídica) para os consumidores (pessoa física), ou seja, lojas B2C. Porém
existe vários outros tipos como:
· Business-to-business (B2B): são aquelas em que as transações ocorrem com ambas empresas (pessoas jurídicas)
· Customer-to-customer (C2C): em que os consumidores venderem para outros consumidores, como por exemplo, o Mercado Livre;
· Business-to-government (B2G): negociação entre uma empresa e o governo, neste caso, muito mais complexas, pois devem seguir regras e normativas diferentes. No Brasil, por exemplo, para que uma empresa forneça algum tipo de produto ou serviço para o governo, é obrigatório que ela esteja com todos os impostos pagos, assim como os tributos trabalhistas.
E-commerce no Brasil
No Brasil o e-commece teve seu início em 1995, a primeira empresa que comercializou produtos a partir de sites na internet foi a Livraria Cultura, mas com pouco alcance. Após alguns anos outras empresas começassem a vender seus produtos de forma digital. Algumas delas são: Saraiva (livros), Ri Happy (brinquedos), Cia Hering (vestuário) e Sunglass Hut (óculos). Esse novo canal de venda surgiu juntamente com o mundo virtual, convivendo com conexões discadas e limitados recursos interativos, apesar dos seus altos e baixos, desde então não parou seu crescimento.
Com a nova era digital, ocorreu a evolução do varejo simples ao omnichannel. A estratégia omnichannel, se caracteriza pela padronização da comunicação e sintonia entre todas as formas de atendimento. Para isso utilizam-se diversos meios de comunicação digital, como sites na internet, whatsapp, aplicativos, lojas físicas e principalmente links de compras a partir de redes sociais, tudo isso feito para tornar a jornada mais atrativa e fácil para os clientes. Uma empresa que investe nesse tipo de recurso para os consumidores pode ter diversos benefícios, fazendo com que a imagem dela seja mais positiva, assim como a otimização dos seus serviços, uma alta conversão nas vendas e fidelização de clientes.
Hoje em dia, esse tipo de comércio é forte que as maiores empresas do Brasil possuem um projeto voltado para apoio ao e-commerce no Brasil. O projeto E-Commerce Brasil realiza mais de 100 atividades anualmente com o objetivo de fomentar o mercado de comércio eletrônico, tudo de forma digital. Em que empresas e pessoas podem acessar gratuitamente, tirar dúvidas, receber notícias e informações, além de participar de congressos totalmente voltados para esse tipo de mercado. Segue o link para acesso:
https://www.ecommercebrasil.com.br/sobre/
Referências:
https://www.derechoycambiosocial.com/revista046/E-COMMERCE.pdf
https://www.altgrupo.com.br/blog/ecommerce-plataformas-estrutura-equipe-e-conhecimentos-necessarios
https://www.ecommercebrasil.com.br/
https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/8182
http://www.uesc.br/revistas/calea/edicoes/rev2_1.pdf
http://www.repositorio.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10030160.pdf
https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mapa-mostra-ecossistema-e-commerce-brasileiro/
https://cvscomunicacao.com.br/blog/o-mapa-do-e-commerce-brasileiro/
https://www.tercerize.com.br/e-commerce-aprenda-o-que-e-e-descubra-suas-variacoes/
https://www.derechoycambiosocial.com/revista046/E-COMMERCE.pdf
https://www.ecommercebrasil.com.br/sobre/
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