Com a pandemia decorrida da Covid-19, as rotinas de aprendizagem e ensino, de alunos e professores, foram bruscamente modificadas. Além de não frequentar mais as aulas de forma presencial, também se implantou o ensino de aprendizagem de forma 100% online em algumas instituições que nem pensariam nesta modalidade antes do surto da doença.
Mesmo com a implantação do ensino remoto, pesquisas indicam
a dificuldade dos estudantes em retornar às atividades desta maneira. Além da
aprendizagem ser de certa forma, diferenciada, o acesso às aulas também é
restrito em alguns casos.
Segundo pesquisas feitas em 2020 pelo Comitê Gestor da
Internet do Brasil, 152 milhões de usuários têm acesso à internet em casa,
cerca de 81% da população com mais de 10 anos. Porém, estes números ainda são
desiguais. Segundo reportagem da Agência Brasil, o censo escolar de 2020
revelou que apenas 32% das escolas públicas do ensino fundamental têm acesso à
internet para os alunos, porcentagem que chega a 65% no caso das escolas
públicas do ensino médio.
Além disso, segundo dados disponibilizados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em dezembro de 2021, 1 a cada 4
brasileiros estão sob a linha da pobreza do país. Ainda segundo o IBGE, o
Brasil é um dos países mais desigual do mundo, e reforçando esta premissa,
nosso país também é um dos mais desiguais em relação à renda, segundo um novo
estudo lançado em dezembro de 2021 pela World Inequality Lab (Labotarório das Desigualdades
Mundiais). O estudo considera o impacto da pandemia de Covid-19.
Dito isso, no período de isolamento social e pandemia, podemos observar nos jornais e reportagens diversas situações difíceis de estudantes de nosso país, como por exemplo o caso de Artur Mesquita, que precisava subir em árvores para conseguir assistir as aulas online e obter um melhor sinal de internet. O jovem de apenas 15 anos, estudante do 1º ano do ensino médio em uma escola no oeste do Pará, foi entrevistado pelo Fantástico e deu seu depoimento.
Artur Mesquisa, estudante de 15
anos que subia em árvores para conseguir melhor sinal e participar das aulas
online – Foto: TV Globo
Certamente, estes problemas não são atuais, porém foram
muito evidenciados com o decorrer da pandemia. Não apenas em relação ao ensino
remoto, mas também à acessibilidade para chegar as escolas. Apesar das dificuldades,
o ensino remoto veio como uma forma de nos mostrar o quão importante são
questões de acessibilidade, e nos mostrar uma nova visão. É de extrema importância
que os ambientes de aprendizagem, portais e plataformas, sejam o mais leves
possíveis e de fácil acesso aos estudantes, para que a experiência e a
aquisição de novos conhecimentos sejam o mais aproveitado possível.
Acadêmico: Maria Eduarda dos Anjos Alves
Matrícula: 16200946
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