quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Ensino híbrido e remoto, a condição brasileira para sua implementação

 


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DISCIPLINA: AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 

PROFESSOR: MARCIO VIEIRA DE SOUZA

GRADUANDO: MATHEUS FARACO

MATRÍCULA: 18200050


Ensino híbrido e remoto, a condição brasileira para sua implementação


De uma forma ou outra, todas as pessoas possuem algum contato com a educação, quer seja um contato direto em escolas, universidades ou cursos profissionalizantes, quer seja conhecendo alguém, um amigo ou familiar que esteja inserido neste meio. 




Muito por causa dessa forte inserção do assunto, e da grande importância da educação, que a temática do ensino está no centro dos debates desde o início da pandemia COVID-19.


Inicialmente, seguindo o movimento mundial, as aulas foram suspensas. Porém, com o também natural fluxo, a necessidade de retomada das atividades afetou diversos setores socioeconômicos, e com a educação não foi diferente. 


Além do debate sobre o reajuste do calendário escolar e universitário, a forma e a data de retomada das aulas é algo que perdura até hoje em alguns locais do país, inclusive no Congresso Nacional. Uma causa forte para essa perenidade do debate, é a situação estrutural dos locais de ensino.


O despreparo é histórico 


Como prova dessa questão estrutural, uma pesquisa pré pandemia, realizada pela TIC Educação em 2019, identificou que apenas 14% das escolas públicas urbanas e 64% das particulares urbanas tinham acesso a ambientes virtuais de aprendizagem, ou seja, plataformas em que o professor pode distribuir atividades, estabelecer calendários de entrega, corrigir e avaliar o desempenho dos alunos ou se comunicar com as famílias. 



Ainda que essa análise tenha um olhar pré-pandêmico, a pesquisa ressalta problemas que foram agravados com todo esse contexto mundial. Entre esses problemas, destaco a forte dependência do celular, como ferramenta virtual única em muitos casos. Segundo a pesquisa, um em cada cinco alunos depende exclusivamente do celular para acessar a internet, o que limita possibilidades de aprendizagem, tendo em vista, a capacidade e a funcionalidade do aparelho.


Além disso, a pesquisa aponta que as plataformas sociais, como WhatsApp e Facebook acabam sendo um dos principais canais de interação entre a escola e a família, uma vez que são ferramentas já utilizadas e implementadas no dia-a-dia familiar. 


Mesmo depois de mais de um ano do início da pandemia, pais, alunos e professores afirmam que ainda não há uma estrutura adequada para os alunos aprenderem à distância. 


O outro lado da relação 


A estrutura é precária em ambos os lados da relação pois ao mesmo tempo em que famílias carecem de estrutura e conhecimento para consumir o ensino remoto, os docentes gastam uma energia ainda maior para buscar e aplicar ferramentas úteis ao ensino dos seus alunos.


Nesta questão, existem inúmeras ferramentas que podem auxiliar na rotina do professor. Você pode encontrar algumas aqui.



Em um levantamento realizado pela Code7, empresa de softwares para comunicação entre marcas e consumidores, cerca de 85,5% dos mais de 600 pais brasileiros entrevistados não acreditam (ou acreditam parcialmente) que as escolas estão, de fato, preparadas para atender e ensinar seus filhos com metodologias de educação online em razão da pandemia do novo coronavírus. Ainda que tal situação seja acentuada nas redes públicas de ensino, o ensino particular não está livre de todos esses problemas e carece de uma estrutura de qualidade.


Outro fator que colabora para a situação difícil do ensino remoto, é que o tipo de atividade que muitos precisam desenvolver neste momento também é novidade para os alunos, especialmente os mais novos. Nesta situação, a dependência dos pais é ainda maior, demandando tempo e energia de toda uma estrutura familiar. 


Não bastante, um estudo da FGV apontou que falta uma supervisão para verificar se os alunos estavam de fato acompanhando e aproveitando as aulas.



Dessa forma, nota-se que a situação educacional atual no país herda problemas do passado, ao mesmo tempo em que cria problemas para o futuro. A falta de estrutura, preparo e investimento que carregamos historicamente, desestimula e freia a educação, da mesma forma que todas essas travas atuais, tendem a comprometer a formação dos brasileiros para o futuro.



REFERÊNCIAS


Ensino remoto na pandemia: os alunos ainda sem internet ou celular após um ano de aulas à distância <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56909255> Acessado em 10/08/2021


Só 14% das escolas públicas acessavam ambiente virtual de aprendizagem antes do COVID-19 <https://porvir.org/so-14-das-escolas-publicas-acessavam-ambiente-virtual-de-aprendizagem-antes-do-covid-19/?fbclid=IwAR3pigaNECSPVGwmAPRNITLYYOv92liM27UqE63ZLMwer3pFVZBVKrZDZnU>  Acessado em 10/08/2021


3 casos de escolas que colocaram o ensino híbrido em prática <https://www.geekie.com.br/blog/3-casos-de-escolas-que-colocaram-o-ensino-hibrido-em-pratica> Acessado em 10/08/2021


Apenas 14% das escolas públicas tinham plataforma de ead no brasil <emhttps://canaltech.com.br/governo/apenas-14-das-escolas-publicas-tinham-plataforma-de-ead-no-brasil-em-2019-166313/> Acessado em 28/09/2021




Um comentário:

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