Afinal, qual a diferença entre Aceleradoras e Incubadoras de startups?
Por: David Rosa Mendonça (14203391)
Muitas pessoas acreditam que as incubadoras e aceleradoras fazem parte de um processo linear, com startups iniciando nas incubadoras, e finalizando o processo de desenvolvimento da empresa nas aceleradoras, através do investimento de capital por investidores. Entretanto, não existe um consenso na literatura sobre uma definição precisa sobre as incubadoras e aceleradoras, tendo confusão no significado até mesmo pelos próprios incubados e acelerados. Algumas startups até mesmo escolhem um programa ao outro, pela proximidade, contatos, comodidade.
Incubadoras
Incubadoras
As primeiras incubadoras foram criadas em meados dos anos 1990, com o objetivo de prover recursos financeiros e estrutura física para trabalho, para aquelas empresas que já eram de certa forma maduras ou tinham grande potencial de mercado. A segunda geração de incubadoras surgem rapidamente, ainda nos anos 90, mas com um modelo diferente, evoluindo de um mero foco em oferecer recursos básicos, para uma gama maior de serviços que agregam valor para as empresas incubadas, como por exemplo, auxílio na detecção de oportunidades de mercado, desenvolvimento de novos produtos e oferecer acesso a conhecimento que interessam aos negócios incubados. Na geração mais recente de incubadoras podemos encontrar mudanças adicionais, concentrando os serviços no oferecimento intensivo de conhecimento (introdução em finanças, conexão com consultores jurídicos e contábil, transferência de tecnologia e serviços relacionados em propriedade intelectual), afastando-se quase inteiramente dos serviços primários para os quais os modelos de incubação foram fundados (ou seja, serviços de locação). Outra característica importante é o fato de 93% das incubadoras são organizações sem fins lucrativos focadas no desenvolvimento econômico, e aproximadamente um terço é afiliado a uma universidade.
Aceleradoras
As acelerados podem ser classificadas como uma evolução do modelo
de negócio das incubadoras. Elas começam a surgir nos anos 2000. A primeira aceleradora,
chamada “Y Combinator”, foi criada em 2005, em Cambridge, Massachusetts, e tem
sido desde então uma fonte de inspiração para as outras aceleradoras ao redor
do mundo. O modelo utilizado baseava-se no conceito de investimento cedo nos
projetos, aportando um pequeno valor financeiro e oferecendo um programa para
ajudar as empresas a atingirem seus objetivos de maneira mais rápida. Somado a
isso, mentores e investidores apoiavam os empreendedores com a sua experiência
e capital.
Mas afinal, qual a diferença?
Além do clássico aporte de capital, as aceleradoras se diferem principalmente no tempo de duração dos programas (normalmente de 3-6 meses). O motivo para manter um programa rápido, se comparado aos programas das incubadoras, é o de acelerar o ritmo do ciclo de vida da empreendimento e evitar a codependencia.
Estabelecer
um cronograma e datas estritas (não prorrogáveis) reduzem a codependencia entre
empresa acelerada e aceleradora, forçando as empresas a “encararem” de forma
ativa a força seletiva presente no mercado, criando um “ambiente de recurso
escasso”. Desta forma, faz com que se ajustem de forma mais eficiente ao
mercado, se comparado ao caso das incubadoras. Um tempo limitado de programa
significa também que as empresas aceleram o ritmo do ciclo de vida do
empreendimento, crescendo rapidamente ou falindo rapidamente. Falir rapidamente
pode soar estranho, mas pode ser vantajoso, pois desta forma conseguem
canalizar recursos e esforços mais rapidamente para outros empreendimentos ou
oportunidades no mercado.
Talvez as aceleradoras e
incubadoras se confundam nas suas atividades graças a natureza das startups,
que em sua maioria procuram os programa para organizarem seus empreendimentos,
exigindo que a estrutura dos programas sejam flexíveis e sombreados uns aos
outros.
Fontes:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-12032018-103531/pt-br.php
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0166497215000644
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