A evolução rápida das TICs (tecnologias de informação e comunicação) mudaram a forma como se comunicamos, estudamos, trabalhamos e vivemos em sociedade. A tecnologia num geral tem sido uma ferramenta muito importante para auxiliar e solucionar muitos dos problemas de mercado e social que existiam até então. Entretanto esse crescimento acelerado e a falta de educação profissional para acompanhá-lo, tem gerado muitas dúvidas sobre o futuro e principalmente sobre o impacto que essa tecnologia terão no trabalho de milhões de pessoas.
Já são inúmeras reportagens e estudos falando sobre novas formas de tecnologia, muitas que ainda parecem futuristas mas que estão emergindo de forma sólida no mercado mesmo que ainda não comercialmente e massificada mas que já apresentam grande poder de impacto e transformação social no futuro. Como exemplo, temos: Computação em nuvem, Internet das Coisas, Big Data, robótica, inteligência artificial, impressão em 3D, biotecnologia e outras inúmeras formas de tecnologias sendo estudadas nesse momento.
Como exemplo dessas constantes transformações que de certa forma são influenciadas pela evolução tecnológica, trouxemos alguns exemplos de profissões que eram muito comuns em décadas passadas mas que ao longo dos anos desapareceram ou que apresentaram uma enorme queda em contratações: Acendedores de lampiões, datilógrafos, carteiros, agricultores, operadores de jornal impresso, agente de viagens, lenhadores, coletores de impostos, funcionários de banco, reveladores de fotos entre outras. Esses são alguns exemplos, tem muitas outras profissões nessa mesma situação, algumas são bem antigas, talvez você nem tenha presenciado. É importante também ressaltar, como já falado antes, muitas dessas profissões ainda estão presentes nos dias atuais, mas todas elas apresentaram grande redução no seu contingente ao longo dos anos devido a evoluções tecnológicas.
Mas temos também o outro lado da história, alguns estudiosos e pesquisadores acreditam que a evolução que estamos a presenciar sim pode gerar um impacto de certa forma inesperado e consequentemente impactar a profissão de muitas pessoas de forma negativa, levando-as a possíveis demissões ou apenas pouco a pouco a substituição por máquinas ou tecnologias, mas que essas evoluções abrem frentes para outros mercados, profissões e oportunidades. De acordo com Raul Luís Assumpção Bastos (economista da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul) a revista Gazeta do Povo “Novas tecnologias levam à racionalização de processos, o que reduz a necessidade de mão de obra. Mas elas também levam à criação de produtos, serviços e empresas, abrindo novas frentes de expansão”.
O preocupante não é a capacidade de adaptação do povo, mas será que estamos preparados ou se preparando para lidar com as novas mudanças? De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE (censo 2010) 49,25% quase metade da população com 25 anos ou mais não tem o ensino médio completo, apenas 11,27% completaram o ensino superior. Outro ponto preocupante quando estamos falando de educação é apresentado pela Associação Brasileira de Educação (ABE) do Rio de Janeiro, que publicou uma pesquisa realizada pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU) durante os anos de 2006 a 2010, mostra que de 40 países o Brasil ficou 39º colocação, atrás do México (38º) e apenas na frente da Indonésia (40º). São pesquisas que estão sendo apresentadas de forma genérica, pouco minuciosa e com pouca riqueza de detalhes para descrever o estado real da educação brasileira, mas ainda sim servem para representar uma realidade que se mostra bastante precária em relação às condições educacionais no Brasil.
Essas informações levam a uma preocupação relacionada ao aumento da disparidade social, reflexo que vem a partir de uma premissa onde a evolução tecnológica oferece cada vez mais aos empresários ferramentas e recursos tecnológicos que reduzem os custo das empresa oferecendo recursos que suprem a necessidade de mão de obra, elevam a sua produtividade e consequentemente desempregaram uma maioria formada por pessoas com baixa escolaridade e preparo para se adaptar às necessidades do novo mercado ou da já conhecida como indústria 4.0 (quatro ponto zero).
Essas tecnologias e inovações apresentadas por empresas ainda tão novas em questão de tempo de mercado e trazem serviços que impactam a sociedade de forma inovadora como Whatsapp, Uber, Airbnb entre tantas outras, acabam sendo chamadas de tecnologias ou inovações exponenciais ou também disruptivas. Elas normalmente demoram mais para chegar ao mercado, mas quando chegam, rapidamente se popularizaram acabam rompendo com um ciclo de evolução linear que estamos acostumados, isso pode causar um certo espanto inicialmente e até mudanças mas como citado pelo economista Raul Luís também podem abrir novas frentes de expansão. Não cabe a esse artigo julgar se essas mudanças serão boas ou ruins, mas sim alertar que essas mudanças certamente já estão acontecendo.
Fique agora com uma lista carreiras e profissões que apresentam fortes tendências de queda e as que apresentam tendencia de crescimento no mercado até 2020 de acordo com Fórum Econômico Mundial.
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