domingo, 10 de junho de 2018

Digital Influencers: Capacidade de Influência do novo estilo de trabalho causado pela oportunidade do mundo cibernético

É notório que nas últimas duas décadas o mundo passou por uma transição de todo

um contexto social, seja através da aquisição e compartilhamento de conhecimento,
formato de exposição de opiniões e, com isso, as formas de influenciar uma
quantidade significativa de pessoas em relação a um determinado produto e/ou
serviço ficaram mais complexas, porém mais instantâneas.
Com isso, a concorrência do mercado se tornou em sua essência, mais dinâmica e
adaptável. Bastos et al. (2017) define esse cenário como “revolução da influência
digital”, onde surgem novos profissionais desse meio cibernético, os chamados
“Digital Influencers”, que conseguem de forma natural fomentar ideias, opiniões e
vontades sobre determinado produto e/ou serviço. Não obstante, conseguem
modificar o comportamento e mentalidade, através do acompanhamento corriqueiro
dos chamados “followers”.
Mas, para efeitos norteadores é necessário se entender a definição de “digital
influencer”. Bastos et al. (2017) aborda que o conceito da ideia de profissionais que
formam opiniões passou a existir com o surgimento das teorias no século XX. Com
isso, os autores pontuam as características desse profissional como “formar
opiniões nas redes sociais e, geralmente, agregam um público com características
semelhantes. Dessa forma, através da persuasão, esses profissionais conseguem
atingir e satisfazer seu público-alvo”. Não somente, Borges (2016), afirma que os
seguidores do influenciador digital criam laços de segurança/credibilidade e, com
isso, passam a querer entender também o posicionamento desse profissional sobre
os produtos, serviços, acontecimentos.
Segundo Janissek et al. (2013)
O termo se refere aquelas pessoas que se destacam nas redes e que
possuem a capacidade de mobilizar um grande número de seguidores,
pautando opiniões e comportamentos e até mesmo criando conteúdos que
sejam exclusivos. A exposição de seus estilos de vida, experiências,
opiniões e gostos acabam tendo uma grande repercussão em determinados
assuntos. Dentre a multidão de indivíduos que exercem esse papel
ultimamente, podemos destacar: Thaynara Gomes, Gabriela Pugliesi, Hugo
Gloss e Kéfera. ( Silva e Tessarolo, 2016, p. 05).
Hoje, a mídia social mais usada pelos “digital influencers” é o Instagram, que se
consolidou por ser um aplicativo de fotos e vídeos e, não somente, de fácil
manuseio e interativo. Com isso, as propagandas dos produtos e serviços são
disponibilizados de forma agradável e não invasiva e, não obstante permite com que
os influenciadores interajam com seus seguidores criando um laço de confiabilidade
e certeza, aproximando-os e formando uma comunidade. Algo totalmente difícil de
se realizar quanto a propagandas feitas por modos convencionais, seja por
televisão, jornal ou rádio.
Após realizada essa propaganda pelos influenciadores digitais, as organizações dos
respectivos produtos fazem o “influencer market”, que significa basicamente o
retorno financeiro ou não pelo trabalho realizado dos influenciadores através de
postagens audiovisuais ou comentários. Como dito, o retorno pode ser feito através
de quantias monetárias, mas não somente, como o recebimento de produtos da
marca ou até em serviços, como viagens.
Porém, com o crescimento exponencial dessa nova forma de trabalho as mídias
sociais como Facebook, Youtube e o próprio Instagram adotaram um novo formato
de algoritmo que dificulta o trabalho dos digital influencers, já que anteriormente os
aplicativos mostravam as postagens de forma cronológica, ou seja, as primeiras
publicações apareciam se fossem as mais recentes.
Esse novo formato se apresenta de acordo como os usuários usufruem do aplicativo
e, não somente, reduz a porcentagem de aparições de postagens de todos os
usuários, com isso, os digitais influencers perderam o alcance de suas
postagens,perdem o desempenho em suas publicações, causando desconforto por
parte desses profissionais e de boa parte dos usuários, pois, não aparecendo de
forma cronológica.
Para ser considerado um influenciador digital, a pessoa deve ter uma legião de
seguidores e ter um estilo admirado por eles, seja pela moda, seja por algum
produto ou serviço que o mesmo usa, já que esses dois fatores já são suficientes
para atrair marcas em relação à procura da identidade em si da mesma.
De fato, a internet possibilitou com que os seguidores possam ter maior domínio do
que assistir e quando assistir determinada divulgação da marca, causando uma
revolução na forma de pensar e opinar do consumidor. As marcas perceberam essa
grande janela de oportunidades e adentraram e conseguem resultados rápidos e
precisos, já os influenciadores conseguem disseminar ideias sem fazer grandes
esforços e com uma frequência alta. Deste modo, as empresas, os influenciadores e
os seguidores criam laços que se interconectam de forma cada vez mais ampla,
instantânea e precisa.


Referências

BASTOS, Maria Augusta et al. O impacto da utilização das redes sociais pelos
digital influencers como ferramenta de marketing das empresas varejistas. Congresso
Internacional de Administração , Ponta Grossa, p.1-11, set. 2017.

BORGES, Carlise Nascimento. A nova comunicação e o advento dos digital
influencers: pesquisa realizada sobre blogueiras de moda. In: Congresso de
Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste, 18., Goiânia. Anais...
Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste: Goiânia – GO,
2016.

SILVA, Cristiane Rubim Manzina da; TESSAROLO, Felipe Maciel. Influenciadores
Digitais e as Redes Sociais Enquanto Plataformas de Mídia. Xxxix Congresso
Brasileiro de Ciências da Comunicação. Vitória, p. 1-14. set. 2016.

< http://portalintercom.org.br/anais/centrooeste2016/resumos/R51-0350-1.pdf >
Acessado em: 02/06/2018

< http://portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-2104-1.pdf >
Acessado em: 01/06/2018

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