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A SEGURANÇA VIRTUAL IMITA A VIDA REAL? ESTAMOS REFÉNS DA INSEGURANÇA, ATÉ NA INTERNET?
A
sociedade vai se modificando ao longo do tempo, desde as relações interpessoais,
como a relação com as tecnologias. Antigamente, seria loucura pensar que poderíamos
conversar com uma pessoa do outro lado do mundo em questão de segundos, ou por
quê não, ao vivo. E isso não faz muito tempo não, questão de 10 anos atrás. Era
possível imaginar que poderíamos fazer transações bancárias, ou outras
operações financeiras, por meio de um aparelho portátil, de uso pessoal, o
famoso, smartphone?
As
novas tecnologias surgem constantemente, o interesse das pessoas por tecnologia
está em alta. É um assunto que desperta o interesse de grande parte das
pessoas. Podemos citar um exemplo, o lançamento do novo modelo de Iphone, da
Apple, que se formam filas gigantescas de consumidores querendo comprar o
aparelho. Nossa sociedade está totalmente conectada à internet, hoje temos uma
vida digital. Apesar de trazer muitos benefícios, existe um fator negativo, de
grande impacto, que é a nossa segurança. Segundo o curso Aprendelivre (2016),
segurança na Internet são “todos os cuidados que
devemos ter para proteger os elementos que fazem parte da internet enquanto
infraestrutura e informação, que são as mais atacadas pelos cibercriminosos”.
As
vezes não nos damos conta, mas toda nossa vida está guardada em algum lugar que
não sabemos onde fica, o que é, não sabemos como armazenam nossas informações.
A senha de redes sociais, a senha de contas bancárias, a senha de e-mail. E a
grande questão é, será que as empresas não conseguem armazenar de forma 100%
segura as informações pessoais?
Recentemente
ocorreu um escândalo que prejudicou milhares de pessoas, ao redor do mundo, que
foi o vazamento de dados pessoais de usuários da rede social Facebook. A informação vazou quando o jornal The New York Times publicou o
compartilhamento de dados entre uma extensão do Facebook com a empresa de
consultoria Cambrigde Analytica. O próprio Facebook assumiu prejudicar 87
milhões de usuários.
Desde
casos pessoais, como vazamentos pessoais de pessoas nas redes sociais, como
também, informações financeiras, transações empresarias, informações sigilosas
do governo, como o governo Turco no ano de 2013, por exemplo. Nesse ano, há uns
meses atrás, ocorreu o vazamento de dados de contas de clientes do banco Inter.
Aproximadamente 300 mil clientes foram afetados, tendo seus dados pessoais
expostos, como senha do cartão, documentos de identidade, endereço, telefone,
até declaração de imposto de renda.
Outro
fato que demonstra a fragilidade da segurança na Internet, ainda no âmbito
financeiro, é o constante roubo de moedas digitais (criptomoedas). Segundo Ulrich
(2014) moeda digital é uma forma de dinheiro, como o dólar, o real, porém não é
emitido pelo governo e é totalmente digital, ideal para transferências on-line,
e o seu valor é determinado livremente pelos atores do mercado. A reportagem
publicada no G1 revela que cerca de 1,2 bilhões de dólares em
criptomoedas foram roubados no ano de 2017. Dave Jevans, o presidente de uma
empresa de segurança de moedas digitais, disse que “Um problema que estamos vendo além da atividade
criminal de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que usa criptomoedas é o
roubo dessas moedas pelos bandidos”.
Diante desses fatos negativos, se faz
necessário a busca de soluções que garantam maior efetividade na proteção das
informações armazenadas em meio digital. Devido a esses fatos, a União Européia
elaborou uma legislação nomeada Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) que visa a maior proteção da privacidade dos cidadãos diante as
empresas de Internet. Dando maior autonomia no controle e transparência das
informações pessoais. Dessa forma, o usuário saberá quais são as informações
ele está fornecendo à empresa. Podendo escolher entre divulgar ou não qualquer
informação pessoal para a empresa.
A princípio, essa regulamentação é
pensada para o bem, é formulada com o intuito de proteger as pessoas, por meio
de medidas que tornariam a Internet mais segura. No entanto, há opiniões
controversas que alertam para um fator negativo dessa lei. Dave Jevans, em
reportagem para o G1, afirma que essa lei vai impactar negativamente a segurança
geral da Internet. Para ele “Ao restringir acesso a informações críticas, a
nova lei vai afetar significativamente investigações sobre cibercrime, roubo de
moedas, ransonware, malware e outros tipos de fraudes".
A grande questão é que a nossa
segurança na Internet é tão incerta, é algo tão abstrato imaginar onde estão
guardadas nossas informações que até onde podemos confiar que estamos seguros?
REFERÊNCIAS
AGRELA, Lucas. O escândalo de vazamento de dados do Facebook é muito pior do que parecia. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/tecnologia/o-escandalo-de-vazamento-de-dados-do-facebook-e-muito-pior-do-que-parecia/>. Acesso em: 25 maio 2018.
APRENDELIVRE, Gcf. O que é segurança na Internet. Disponível em: <https://www.gcfaprendelivre.org/tecnologia/curso/seguranca_na_internet/conceitos_basicos/1.do>. Acesso em: 25 maio 2018.
CANALTECH. Relembre os maiores vazamentos de informação de 2013. Disponível em: <https://canaltech.com.br/seguranca/relembre-os-maiores-vazamentos-de-informacao-de-2013-17910/>. Acesso em: 25 maio 2018.
CARDOSO, Beatriz. O que é a GDPR? Entenda o que muda para você com a nova lei. Disponível em: <https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/05/o-que-e-a-gdpr-entenda-o-que-muda-para-voce-com-a-nova-lei.ghtml>. Acesso em: 25 maio 2018.
REUTERS. Cerca de US$1,2 bilhão em criptomoedas foram roubadas desde 2017, diz grupo. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/cerca-de-us12-bilhao-em-criptomoedas-foram-roubadas-desde-2017-diz-grupo.ghtml>. Acesso em: 25 maio 2018.
ULRICH,
Fernando. Bitcoin: A moeda na era
digital. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2014.
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