quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem no Brasil

Acadêmica: Natalia do Nascimento Gomes
Matrícula: 15101378

O uso dos ambientes virtuais de aprendizagem no Brasil 


Os ambientes virtuais de aprendizagem possibilitam que o processo de ensino-aprendizagem se torne mais ativo, dinâmico e personalizado. As ferramentas e recursos tecnológicos, também conhecidos como mídias, utilizam o ciberespaço para promover a interação entre alunos e tutores, além do conteúdo a ser aprendido. 
Os avanços tecnológicos, principalmente os da segunda metade do século XX, transformaram a maneira de ensinar e aprender. Nos últimos anos, os Ambientes Virtuais de aprendizagem (AVAs) estão sendo incorporados no meio acadêmico e corporativo, para atender suas demandas educacionais como suporte no processo de ensino aprendizagem. 
Para administrar o aprendizado e a disponibilizar matérias, os ambientes virtuais de aprendizagem costumam ter uma comunicação de forma síncrona e assíncrona, acesso através de senha, avaliação costuma ser formativa, os passos do estudante dentro do ambiente são acompanhados por meio das atividades e páginas consultadas, entre outros. 
A educação a distância se tornou oficial no Brasil em 1996, sendo estabelecida legalmente pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, embora regulamentada somente em 20 de dezembro de 2005 pelo Decreto n° 5.622. O poder público é responsável por incentivar o desenvolvimento e a vinculação de programas EaD, segundo as bases legais. No ensino fundamental e médio, o ensino a distância deve ser usado como complemento na educação presencial ou situações de emergência. O decreto nº 5.622 menciona que a EaD pode ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades de ensino: a) educação básica; b) educação de jovens e adultos; c) educação especial; d) educação profissional; e) educação superior (graduação, especialização, mestrado e doutorado). 
Esse mesmo decreto conceitua EaD  
como uma modalidade educacional na qual a mediação didáticpedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios de tecnologia de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. 
Além disso, o decreto n. 5.622 coloca a EaD equivalente à educação presencial, eliminando todo e qualquer preconceito quanto à qualidade do ensino a distância. 
Atualmente há inúmeras ferramentas desenvolvidas e em desenvolvimento, para a educação a distância. Baseadas na web, incentivam o uso dos ambientes virtuais como apoia ao ensino presencial e como modalidade única de ensino aprendizagem 
Os principais recursos tecnológicos de comunicação utilizados nos ambientes virtuais de aprendizagem são os fóruns, chat e e-mail que visam sustentar discussões em atividades de resoluções de exercícios.  
Segundo o Relatório Analítico de Aprendizagem a Distância no Brasil (Censo EaD Brasil 2016), realizado pela Associação Brasileira de Ensino a Distância (ABED), o conteúdo dos cursos a distância é distribuído principalmente pelos ambientes virtuais de aprendizagens (AVAs). Com base nos dados coletados, foi concluído que 91% dos órgãos públicos, 88% das instituições públicas municipais, 78% das instituições privadas com fins lucrativos e 76% das sem fins lucrativos utilizam esse recurso. 



Os cursos que mais utilizam os AVAs são os regulamentamos totalmente a distância e os cursos livres não corporativo. (79% e 71%, respectivamente). 






Há outras ferramentas adotadas para a distribuição de conteúdo como e-mail, redes sociais, grupos de chat, discos virtuais e blogs. 
Muitas instituições disponibilizam computadores e internet para seus alunos, porém há diferentes tipos de dispositivos que podem ser utilizados para a participação em cursos a distância, como tablets e smartphones. Apenas entre 6% e 14% das instituições oferecem AVAs que não podem ser acessados por dispositivos móveis. AVAs totalmente responsivos são aqueles que podem ser acessados pelo computador ou por dispositivos móveis e são utilizados por 56% das instituições públicas municipais, 49% das instituições públicas estaduais, 46% das instituições privadas com fins lucrativos e 45% das instituições privadas sem fins. 
Os mobiles first são ambientes específicos feitos para o acesso via dispositivos móveis, mas que podem ser acessados também pelo computador. Essas tecnologias são utilizadas por 8% das instituições privadas sem fins lucrativos. 
Já os ambientes parcialmente responsivos, que não disponibilizam todas as funcionalidades para computador e dispositivos móveis, são usados por 70% dos órgãos públicos e entre 17% e 31% das demais categorias administrativas. 




Nos AVAs os canais de comunicação mais utilizados são e-mail, fórum e chat. Uma parcela de 88% e 44% das instituições usam e-mail para se comunicar com os alunos, entre 88% e 35% usam fóruns, e entre 57% e 38% usam chat. 
As ferramentas de avisos automáticos são empregadas principalmente por instituições públicas estaduais (42%) e as ferramentas de avisos são por 69% das instituições privadas com fins lucrativos. 
Os vídeos são meios para divulgação de conteúdo. Um percentual entre 25% e 5% das instituições adotam tutoria em vídeo, e entre 22% e 5% utilizam a videoconferência na EaD. 


Hoje em dia o Ambiente Virtual de Aprendizagem é um recurso fundamental para distribuição de conteúdo e interação com os alunos. Há instituições que criam seu próprio AVA, destas se destaca a com fins lucrativos (17%). Elas também estão entre as que mais utilizam AVAs prioritários (22%), ao lado das instituições públicas municipais (20%), das instituições privadas sem fins lucrativos (18%) e das instituições do SNA (18%). 
Há também os softwares livres, customizados pela própria instituição, que são utilizados por 58% das instituições públicas estaduais, 54% dos órgãos públicos, 53% das instituições públicas municipais, 48% das instituições públicas federais e 47% das instituições privadas sem fins lucrativos. Ainda no tema softwares livres, de 20% a 9% das instituições encomendam customização por terceiros e de 11% a 2% que não customizam o AVA. 

Por enquanto não foi possível identificar uma preferência exata pela implementação de AVA na nuvem, on premise (local) ou com implementação híbrida. A preferência de nuvem nas organizações não governamentais (ONGs) é de 49%, seguidas por 41% nas instituições privadas com fins lucrativos e 37% nas instituições do SNA. O modelo on premise é preferido em 45% das instituições públicas, seguidas de 35% das instituições públicas estaduais e dos órgãos públicos. A opção híbrida é a escolha de 50% das instituições públicas municipais.
As instituições que costumam integrar o AVA como um sistema acadêmico que ajuda a gerenciar os negócios da educação são as instituições privadas sem fins lucrativos (61%), com fins lucrativos (57%) e ONGs (44%).  
REFERÊNCIAS
GRUPO, EaD. A EaD no Brasil, 2013. Disponível em: <https://aprendizadosemlimites.wordpress.com/2013/06/11/a-ead-no-brasil-i/>. Acesso em: 26 de nov. 2017.

ALVES, Lucineia. Educação à distância: conceitos e sua história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância. v.10,2011. Disponível em:<http://www.abed.org.br/.../Revista_PDF.../2011/Artigo_07.pdf>. Acesso em: 26 de nov. 2017.

PEREIRA, Alice Cybis. AVA: ambientes virtuais de aprendizagem em diferentes contextos. São Paulo: Ciência Moderna, 2007.


BRASIL, ABED. Censo EAD, 2016. Disponível em: < http://abed.org.br/censoead2016/Censo_EAD_2016_portugues.pdf> Acesso em: 26 de nov. 2017.

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