TELETRABALHO E O DESAFIO DAS ORGANIZAÇÕES
Por: Mariane Gomes Henrique - 15101542
Desde os tempos antigos, o trabalho é uma peça fundamental na vida do homem e está relacionado a várias dimensões e aspectos de sua existência. O trabalho sofreu profundas mudanças de acordo com as oscilações que ocorriam nas sociedades, de forma a tentar se adequar a elas, ao mercado e ao mesmo tempo contribuir com a economia.
Hoje
em dia, vivemos em uma sociedade que caminha para possibilidades de inovação e
onde seus participantes são ativos no processo de mudança, e com o surgimento
da Internet e da Tecnologia da Informação nos últimos anos, essas
possibilidades ficaram cada vez mais próximas e palpáveis.
São
nessas conjunturas que surge o Teletrabalho, alternativa essa que quebra com os
antigos paradigmas do trabalho convencional e surge como opção àqueles
indivíduos que, por vários motivos, precisam realizar seus trabalhos a
distância por intermédio de computadores e da telecomunicação, sendo a Internet
uma grande impulsionadora desta nova forma de se trabalhar.
Sem dúvida, muitas empresas apresentam
certo tipo de resistência com relação ao teletrabalho, visto que grande parte
acredita que com a sua implementação haverá um menor controle por parte dos
gestores e consequentemente uma menor produtividade. Porém, as vantagens das
empresas que pretendem implementar o teletrabalho poderão ser inúmeras, segundo
Gularte (2008), a primeira e mais óbvia delas é a de evitar o deslocamento do
trabalhador ao local de trabalho, de modo a otimizar melhor o seu tempo, tanto
com atividades relativas ao trabalho quanto relativas a sua vida pessoal;
gastos com transportes serão reduzidos; haverá possibilidade de redução com os custos
de imóveis; ocorrerá uma descentralização da produção da empresa e uma maior flexibilidade de
horários; diminuem-se as faltas dos funcionários; gera-se e armazena-se um
maior conhecimento no banco de dados da empresa, o que irá possibilitar
consultas no curto e no longo prazo; e existirá a possibilidade de usufruir das inúmeras
alternativas e ferramentas que a internet proporciona, dentre outras vantagens
relativas as particularidades de cada empresa.
Para a Gestão do Conhecimento, o teletrabalho vem sendo bastante significativo e muitas vezes é mais facilmente adaptável para esta realidade de aprendizagem organizacional, conforme estudos de Huws, Jagger e Bates (2001), a partir de desenvolvimento de softwares, processamento de dados com uma maior armazenagem dos mesmos e a criação de planejamentos e relatórios. Existe uma maior utilização da tecnologia da informação em ambientes de teletrabalho e de suas ferramentas e isso exige que a empresa modernize os seus processos, pense de modo inovador e de forma que consiga interligar tanto os teletrabalhadores como aqueles que preferem o trabalho presencial, com informações precisas e o menor número de ruídos, de modo que gere vantagem competitiva a organização com uma melhor gestão dos seus recursos. Gaspar et al. (2014), a partir de uma pesquisa com algumas organizações, salientaram que as ferramentas da Tecnologia da Informação mais utilizadas para a geração de conhecimento em ambientes de teletrabalho são os telefones, as mensagens instantâneas, as videoconferências, o e-mail, a Intranet, os servidores Web e navegadores, os Portais Corporativos, e os treinamentos baseado em computadores e em tecnologia Web, dentre outras.
Para a Gestão do Conhecimento, o teletrabalho vem sendo bastante significativo e muitas vezes é mais facilmente adaptável para esta realidade de aprendizagem organizacional, conforme estudos de Huws, Jagger e Bates (2001), a partir de desenvolvimento de softwares, processamento de dados com uma maior armazenagem dos mesmos e a criação de planejamentos e relatórios. Existe uma maior utilização da tecnologia da informação em ambientes de teletrabalho e de suas ferramentas e isso exige que a empresa modernize os seus processos, pense de modo inovador e de forma que consiga interligar tanto os teletrabalhadores como aqueles que preferem o trabalho presencial, com informações precisas e o menor número de ruídos, de modo que gere vantagem competitiva a organização com uma melhor gestão dos seus recursos. Gaspar et al. (2014), a partir de uma pesquisa com algumas organizações, salientaram que as ferramentas da Tecnologia da Informação mais utilizadas para a geração de conhecimento em ambientes de teletrabalho são os telefones, as mensagens instantâneas, as videoconferências, o e-mail, a Intranet, os servidores Web e navegadores, os Portais Corporativos, e os treinamentos baseado em computadores e em tecnologia Web, dentre outras.
O grande desafio das organizações é
o de saber de que maneira o teletrabalho poderá ser implementado de forma
efetiva e como conseguir vantagens competitivas a partir dele. A prática do
teletrabalho no Brasil vem crescendo ano após ano, e segundo dados coletados
pela Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (2016), 68% das
empresas praticam hoje o teletrabalho no Brasil nas diferentes modalidades que
ele se apresenta, número este que não é muito expressivo se comparado com
outros países. Dessas empresas, 80% adotaram o teletrabalho nos últimos 5 anos,
mostrando como este tipo de modalidade vem crescendo no país. 80% das empresas
praticantes do teletrabalho são dos setores de Serviços e Indústria de
Transformação, sendo que o maior percentual de participação advém do setor de Tecnologia
da Informação e Telecom. Outro dado bastante significativo é que 90% das
empresas tiveram dificuldades em implementar o trabalho por causa de questões
como cultura organizacional, segurança das informações, aspectos
legais/tecnológicos e gestão de atividades. Além disso, a maior parte dessas
empresas acredita que o teletrabalho é útil pois se baseia em resultados, e não
na presença física do trabalhador. Para maiores informações sobre este
estudo, acesse: http://www.sobratt.org.br/site2015/wp-content/uploads/2016/05/Estudo_Home-_Office_Consolidado_2016.pdf
Apesar das dificuldades que serão encontradas, existem soluções que poderão facilitar a implementação e as dúvidas relativas ao teletrabalho nas empresas, como por exemplo a nova CLT de julho de 2017, tendo o teletrabalho como uma nova disciplina, conforme é explicado brevemente no vídeo seguinte:
Diante disso, percebe-se que o teletrabalho é um segmento que ainda deve ser muito explorado no Brasil e que poderá trazer vantagens para o trabalhador, para a empresa e para a economia em geral. Este tipo de trabalho irá trazer mais acessibilidade para as mais diferentes pessoas e suas condições especiais, e não há dúvidas de que a produtividade, o conhecimento gerado e as inúmeras ferramentas que poderão ser utilizadas terão um peso maior neste tipo de modalidade.
Referências:
HUWS, U.: JAGGER, N; BATES, P. Where the butterfly alights: the global
location of eWork. London: Institute for Employment Studies, 2001.
GULARTE DUARTE, Leonardo. Teletrabalho: um novo modelo de trabalho. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XI, n. 59, nov 2008. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5352>. Acesso em out 2017.
Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades. Pesquisa HOME OFFICE BRASIL 2016 – Teletrabalho e Home Office, uma tendência nas empresas brasileiras. Disponível em: <http://www.sobratt.org.br/index.php/11-e-12052016-estudo-home-office-brasil-apresenta-o-cenario-atual-da-pratica-no-pais-sap-consultoria/> Acesso em: out 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário