Riscos da Exposição de Crianças e Adolescentes nas Redes Sociais

Riscos da Exposição de Crianças e Adolescentes nas Redes Sociais

Bruna Luiza Köhler
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Ambientes Virtuais de Aprendizagem

A utilização da internet vem crescendo rapidamente em vários setores da sociedade, inclusive as crianças e adolescentes. A inclusão digital muitas vezes utilizadas através de perfis em redes sociais, que incentiva a interação de pessoas em várias partes do mundo, diminuindo as barreiras das relações, mas no caso das crianças e jovens ainda é um assunto polêmico.

Os espaços nas redes virtuais possibilita a entrada de todo tipo de público, desde adultos até menores de idade. Desta forma, seria necessário limites para utilização das redes sociais, pois ficam superexpostos a diversas circunstancias que se passam despercebidas. É o caso da exposição exagerada dos menores de idade a todo tipo de conteúdo, inadequado ou não, publicidades, ou de maneira mais destrutivo, como exteriorização da vida pessoal.

Ao revelar a vida intima dos jovens em suas redes sociais, pode causar uma crise de identidade que ainda esta em desenvolvimento, e também revelar sua fragilidade ao alcance de praticas ilícitas como de pedofilia ou cyberbullying.

Em 2014 foi feita uma pesquisa para analisar o comportamento dos jovens brasileiros através do Portal Educacional, o projeto Este Jovem Brasileiro foi realizado com mais de 4 mil adolescentes entre 13 e 16 anos. Segundo a pesquisa. quase 95% dos jovens acessam a internet todos os dias ou quase todos os dias e 85% usam a internet por duas horas ou mais.

Um dos assuntos abordado na pesquisa foi a violência, que identificou que dos entrevistados 69% concordam que o anonimato da internet estimula as pessoas a ofenderem umas às outras, já 29% já fizeram algum comentário ou tiveram alguma atitude ofensiva com amigos ou desconhecidos na internet. 

Isso faz com que fique em alerta o crescimento do cyberbullying, pois 23% disseram que já foram vitimas de alguma forma de violência, incluindo a psicológica, 16% de preconceito e 36% já se sentiram mal em função de alguma agressão sofrida. Mais de 3% evitaram sair de casa, falar com alguém ou ir à escola por algum problema surgido na internet.

Em 2015, a Intel Security publicou uma pesquisa no dia das crianças para fazer um alerta aos pais em relação à segurança de seus filhos na internet, Cyberbullying na Escola. A pesquisa ouviu mais de 500 crianças e adolescentes no Brasil, revelando que 83% das crianças entre 8 e 12 anos já são ativas nas redes sociais. A pesquisa revelou um dado assustador de que 20% das entrevistados entre 8 e 12 anos dizem que já se encontraram ou se encontrariam com alguém que conheceu na internet.

De acordo com a pesquisa, 48%  das crianças e adolescentes admitem esconder suas atividades online dos pais e 33% muda seu comportamento quando sabem que os pais estão vigiado. As formas que as crianças usam para esconder o que fazem são: 23% apaga o histórico do navegador, 20% apaga mensagens, 17% usa um dispositivo móvel em vez de laptop ou desktop e 16% minimiza o navegador quando adultos estão por perto. 

Para esconderem o que fazem nas redes sociais, 26% das crianças prefere usar nomes falso ou apelidos em seus perfis. De acordo com eles, 53% fazem isso para postarem o que querem sem que os colegas saibam quem eles são, e 40% não querem que os pais ou professores descubram que estão envolvidos com algum tipo de conteúdo impróprio.

Das informações pessoais que as crianças dizem que já postaram em redes sociais estão 73% fotos, 44% nome da escola, 28% nome de familiares, 23% telefone e 10% endereço residencial. Ao divulgar pode expor locais onde frequenta, postar foto com uniforme da escola ou até ostentar seus pertences, onde a criança não tem noção do alcance dessas informações, que podem ser usadas por criminosos.

A partir desses dados, é relevante ressaltar que no Brasil existe uma carência em legislações preocupadas em eliminar conflitos online e que ainda não apresenta propostas voltadas ao direito da criança e do adolescente como internauta e as nuances que dali se originam, como por exemplo a sua vulnerabilidade.

Identificando que as políticas de privacidade da rede são pouco eficientes, pois são facilmente burladas pelos menores de idade que desejam criar uma conta nas redes sociais, acessando de uma maneira fácil, apresentam um grande número nas redes.

Portanto, é importante que os país conversem com seus filhos sobre os riscos das redes sociais, e que definam regras, como decidir qual são os jogos, sites e aplicativos que podem usar; verificar constantemente o que eles estão fazendo na internet; ter acesso as senhas; e definir um tempo máximo de uso.

Referencias

PEREIRA, M. N. A superexposição de crianças e adolescentes nas redes sociais: necessária cautela no uso das novas tecnologias para a formação de identidade. Rio Grande do Sul, 2015. Disponível em: http://coral.ufsm.br/congressodireito/anais/2015/6-14.pdf

MESQUITA, S. L. Intel Security alerta sobre os perigos escondidos nas mídias sociais. Disponível em:https://cyberbullyingnaescola.blogspot.com.br/2015/10/intel-security-alerta-sobre-os-perigos.html

Pesquisa alerta para os riscos da exposição dos jovens na internet. Disponível em: http://vilamulher.uol.com.br/familia/filhos/pesquisa-alerta-para-os-riscos-da-exposicao-dos-jovens-na-internet-28130.html

EISHIMA, R. H. Crianças que usam redes sociais têm duas vezes mais experiencias negativas online. Disponível em: http://www.superdownloads.com.br/materias/4064-criancas-que-usam-redes-sociais-duas-vezes-experiencias-negativas-online.htm

Este Jovem Brasileiro traça o comportamento dos jovens na Internet. Disponível em: http://www.positivoteceduc.com.br/especialistas/jovem-brasileiro-traca-comportamento-jovens-internet/

Fecomercio SP. Riscos da internet para crianças e adolescentes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=63EKZA1QwwQ