Daqui a dez ou vinte anos, a internet será muito diferente do que é hoje. Mas como?
COMPORTAMENTO
1. O passado vai nos condenar
No mundo físico, você sempre pode mudar. Pode mudar de cidade, de aparência, de estilo, de profissão, de opinião. Na internet, não é assim: tudo o que você já fez ou disse fica gravado para sempre. Cada vez mais, usamos a rede para nos relacionar uns com os outros. Isso está gerando uma massa de dados tão grande, cobrindo tantos detalhes das nossas vidas, que no futuro será muito difícil de controlar –
e poderá nos comprometer.
“Nunca mais escreva [na internet]
nada que você não queira ver estampado
na capa de um jornal”, advertem Eric Schmidt, presidente do conselho administrativo do Google, e Jared Cohen, diretor de ideias da empresa.
No mundo físico, você sempre pode mudar. Pode mudar de cidade, de aparência, de estilo, de profissão, de opinião. Na internet, não é assim: tudo o que você já fez ou disse fica gravado para sempre. Cada vez mais, usamos a rede para nos relacionar uns com os outros. Isso está gerando uma massa de dados tão grande, cobrindo tantos detalhes das nossas vidas, que no futuro será muito difícil de controlar –
e poderá nos comprometer.
“Nunca mais escreva [na internet]
nada que você não queira ver estampado
na capa de um jornal”, advertem Eric Schmidt, presidente do conselho administrativo do Google, e Jared Cohen, diretor de ideias da empresa.
POLÍTICA
2. Haverá um ataque terrorista envolvendo a internet
O vírus Stuxnet, supostamente criado por Israel, foi usado para atacar o programa nuclear iraniano, e quase todas as semanas surge um novo caso de empresa ou universidade americana que teve seus computadores invadidos por hackers chineses. Ou seja: a guerra digital já é uma realidade. Ela tende a aumentar, tanto que o livro do Google fala no surgimento da Code War (guerra de códigos, em inglês), um conflito que envolveria vários países atacando as redes de computadores uns dos outros. Seria um conflito longo e cheio de pequenas sabotagens, sem declarações diretas de guerra, semelhante à Guerra Fria. “Os países vão fazer coisas online uns com os outros que seriam muito provocadoras [como sabotar usinas, espionar, derrubar o acesso à internet] de se fazer offline. Isso vai permitir que os conflitos aconteçam no campo de batalha virtual, enquanto o resto permanece calmo.”
Exemplo de ataque cibernético em Maio de 2017:
3. O governo vai migrar para a web
Ir a uma repartição pública costuma ser uma experiência desagradável, cheia de burocracia e filas. Mas e se essa repartição fosse transformada num site – no qual você pudesse resolver todos os seus problemas? Eric Schmidt e Jared Cohen propõem que o governo migre para a internet e seja capaz de funcionar por meio dela. Isso tornaria a operação mais eficiente, permitindo dar um atendimento melhor à população, e também seria uma vantagem em caso de desastres naturais. Se o prédio de um ministério fosse destruído por um terremoto, por exemplo, a instituição poderia continuar a funcionar online, com os funcionários se conectando de qualquer PC com acesso à internet.
Exemplo, site do Procon do
Rio de Janeiro:
http://www.procononline.rj.gov.br/
4. A rede vai se fragmentar
Rio de Janeiro:
http://www.procononline.rj.gov.br/
4. A rede vai se fragmentar
A internet foi criada, no final dos anos 60, para conectar as redes internas de universidades e instituições do governo americano. Ou seja: ela é, por definição, uma união de pequenas redes (daí seu nome, que significa “inter-rede”). É essa união que nos permite acessar qualquer site, de qualquer lugar do mundo, e foi ela a grande responsável pela universalização da internet. Mas, no futuro, não será assim. Com a desculpa de combater o terrorismo e os crimes online, e também por questões culturais, alguns países criarão suas próprias regras – e, na opinião
do Google, isso acabará resultando
em internets nacionais, com as
características de cada lugar.
E o que entra e sai de cada uma
delas será monitorado, com direito
a censura. Mais ou menos como já
acontece em países como Irã e China – só que no mundo inteiro.
do Google, isso acabará resultando
em internets nacionais, com as
características de cada lugar.
E o que entra e sai de cada uma
delas será monitorado, com direito
a censura. Mais ou menos como já
acontece em países como Irã e China – só que no mundo inteiro.
SOCIEDADE
5. Um computador saberá tudo sobre você
Quer saber quais informações o Google tem sobre a seu respeito? Acesse o site: google.com/dashboard e você provavelmente irá se surpreender. São dezenas de informações, que incluem quais buscas você fez, quem são seus amigos, sua agenda de compromissos, seu endereço, onde você vai e todo o conteúdo dos seus e-mails e documentos. O Google já sabe muita coisa. Mas, no futuro, poderá saber ainda mais. Isso porque as informações que hoje ficam em bancos de dados separados, como a sua identidade (RG), registros médicos e policiais e histórico de comunicações, serão unificadas em um único – e gigantesco – arquivo. Com apenas uma busca, será possível localizar todas as informações referentes à vida de uma pessoa. Algumas delas só poderiam ser acessadas com autorização judicial, mas sempre existe a possibilidade (e o receio) de que isso acabe sendo desrespeitado.
O futuro da internet – Entrevista com Lorena Tárcia
Quer saber quais informações o Google tem sobre a seu respeito? Acesse o site: google.com/dashboard e você provavelmente irá se surpreender. São dezenas de informações, que incluem quais buscas você fez, quem são seus amigos, sua agenda de compromissos, seu endereço, onde você vai e todo o conteúdo dos seus e-mails e documentos. O Google já sabe muita coisa. Mas, no futuro, poderá saber ainda mais. Isso porque as informações que hoje ficam em bancos de dados separados, como a sua identidade (RG), registros médicos e policiais e histórico de comunicações, serão unificadas em um único – e gigantesco – arquivo. Com apenas uma busca, será possível localizar todas as informações referentes à vida de uma pessoa. Algumas delas só poderiam ser acessadas com autorização judicial, mas sempre existe a possibilidade (e o receio) de que isso acabe sendo desrespeitado.
O futuro da internet – Entrevista com Lorena Tárcia
A World Wide Web ( WWW) surgiu em 1989, criado por Tim Berners-Lee e hoje muito se imagina quando falamos sobre o futuro da internet – leia o texto O Nascimento da Internet. Há pessoas que acreditam em um total retrocesso da web e não apostam em muitas possibilidades pois afirmam que a tecnologia não tem para onde ir. Outras já pensam o contrário, esperam uma internet cada vez mais integrada, com informações e fazendo parte da vida da maioria das pessoas.
Pensando sobre esse assunto, decidimos falar com uma pessoa que estuda as mídias há muitos anos e tem propriedade sobre o assunto. Dentre suas várias formações, ela é graduada em Comunicação Social pela PUC- MG, Pós- graduada em Marketing e Publicidade e Relações Públicas na Inglaterra e Mestre em Educação. Falamos sobre o início da internet, sua evolução e onde ela pode chegar com Lorena Tárcia.
A conversa está muito bacana e com muitas informações, assista.
Referências:
O Futuro da Internet - entrevista com Lorena Tárcia. Nautilos 2017. Disponível em: <http://www.nautilos.com.br/educacao-e-mercado/o-futuro-da-internet-entrevista-com-lorena-tarcia>. Acesso em: 31/05/2017.
O Futuro da Internet (e do mundo segundo o Google. Super interessante 2013. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/o-futuro-da-internet-e-do-mundo-segundo-o-google/>. Acesso em: 25/05/2017.
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