Influenciadores digitais: uma tendência crescente no mundo dos negócios
Caroline Gramkow
13201186
Redes Sociais e Virtuais
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Redes Sociais e Virtuais
A Internet surgiu
no Brasil por volta dos anos 1990 com o objetivo de estabelecer contatos e
promover o compartilhamento de dados com instituições de outros países.
Posteriormente, o acesso foi liberado a instituições educacionais e órgãos de
pesquisa do governo e era possível encontrar fóruns, bases de dados e realizar
pequenas transferências de arquivos.
Somente no ano de
1995 é que foi disponibilizada a comercialização de assinaturas de planos de
Internet ao público em geral, a partir daí era possível encontrar alguns sites
de notícias, entretenimento, pesquisas e compras.
As pessoas sempre tiveram a necessidade de se conectar uns com os
outros, de compartilhar informações e de manter laços. Nesse sentido, a
Internet desempenhou um papel crucial no estreitamento das relações sociais ao
permitir que uma pessoa pudesse conversar com outra que estivesse a quilômetros
de distância, por exemplo.
O email e as salas de bate-papo (chats) lançados nos anos 1990, como o
Mirc (1995) e o ICQ (1996), eram os meios mais populares de comunicação entre
as pessoas, fato que pode ser visto como o início da alteração de um padrão de
comunicação. Ou seja, não era mais necessário estar no mesmo lugar e na mesma
hora para manter contato.
A partir dos anos 2000 foram criadas várias redes sociais como o Myspace
(2003), Orkut (2004), Facebook (2004), Twitter (2006), Google+ (2011), além de
diversas outras. O conceito de rede social pode ser definido como um espaço
virtual que conecta pessoas de diferentes lugares, sejam cidades ou países e
onde é possível trocar informações pessoais ou de interesses comuns, discutir assuntos, formar opiniões, estudar, passar o tempo ou se
divertir.
Recentemente um tipo específico de figura vem modificando a forma como
as pessoas recebem informações de seus interesses. Eles são conhecidos
como influenciadores digitais, isto é, são pessoas que desenvolvem conteúdos
para a web e possuem um volume de público muito alto que os acompanham e tentam
seguir seu estilo de vida. Portanto, se antigamente só era viável ler
revistas ou ver programas de TV para se manter atualizado, hoje em dia é muito
mais comum acompanhar também uma página do Facebook, Instagram ou canal do
Youtube.
Existem diversos tipos de influenciadores digitais, como celebridades,
ativistas e jornalistas e que produzem conteúdos dos mais variados assuntos. Em
2016, dada a relevância que os influenciadores tem recebido, a revista Negócios da Comunicação premiou os influenciadores digitais mais populares do Brasil,
conforme escolhas técnicas e do público. De acordo com a proposta do prêmio:
"A intenção é valorizarmos o empreendedorismo e a habilidade destes que
perceberam nas novas tecnologias uma oportunidade não só para se comunicar de
forma inovadora, mas de fazer bons negócios." Alguns vencedores do prêmio foram os blogs A Arquiteta, Fatos Desconhecidos, Depois dos 15, Geração de Valor, Desimpedidos, entre outros.
A questão central entre os influenciadores digitais e as novas formas de
empreendedorismo é que os influenciadores possuem a capacidade de determinar decisões
de compra e alterar os padrões de consumo entre as pessoas. Então, as empresas os utilizam para
divulgar sua marca ou um produto direcionado a um grupo de específico de
consumidores, já que as pessoas geralmente buscam opiniões confiáveis para auxiliá-las
no processo de decisão de compra.
Isso é conhecido pelo termo técnico marketing de influência e
recentemente tem sido considerado uma grande tendência no mundo dos negócios. A
ferramenta Google Trends permite ver a popularização do termo influenciador digital nos últimos cinco
anos, atentando para o fato de que desde 2015 o termo tem despertado mais curiosidade nas pessoas.
Figura 1: Pesquisa do termo influenciador digital no Google Trends. Elaborado pela autora |
Em janeiro de 2017 a revista americana Entrepreuner publicou um
artigo citando 5 razões para acreditar na explosão desse assunto, argumentando
que o marketing de influência funciona muito bem e permite que a empresa se
conecte com os consumidores de uma forma mais natural:
- A publicidade tradicional
está se tornando ineficiente.
Na web, os consumidores estão se tornando imune às publicidades, visto
que as pessoas usam cada vez mais aplicativos e programas para bloquear
anúncios.
- As marcas estão gastando
mais com marketing de influência.
Com a recente popularização do tema, as empresas veem que o marketing de
influência realmente funciona e estão se adaptando às novas necessidades
estabelecidas pelos consumidores.
- É natural
Como observado anteriormente, as pessoas buscam opiniões que consideram
confiáveis antes de comprar um produto ou contratar um serviço, portanto, se
houver um rosto familiar apresentando o conteúdo, a probabilidade de aceitação
se torna maior.
- O retorno pode ser incrível
Existem estudos comprovando que a taxa de retorno ao gastar com
marketing de influência é grande.
- A oferta se situa onde a
demanda está mais concentrada
Como os influenciadores digitais tem um público relativamente específico
conforme o conteúdo que desenvolvem, as ações de marketing são direcionadas às
pessoas de uma maneira muito mais eficaz e prática.
Todavia, de nada adianta elaborar uma boa estratégia de marketing se não
for possível utilizar ferramentas práticas para analisar os resultados. Nesse
sentido, é comum o uso de dados provenientes do Big Data ou Google Analytics,
que nada mais é senão um conjunto de plataformas complexas de análise de
dados.
Por meio dessas ferramentas o influenciador digital pode verificar estatísticas
de acesso, tendências de comunicação, os assuntos mais populares e, portanto,
criar conteúdos direcionados ao foco desejado. Além disso, é uma forma
democrática de análise de resultados, pois qualquer um pode utilizá-la e não
depende da compra de serviços de grandes empresas.
REFERÊNCIAS
FERNANDES, André Bartholomeu. O
que – ou quem – é um influenciador? 2016. Disponível em: <https://jornaldoempreendedor.com.br/the-growth-hacker/marketing-digital/o-que-ou-quem-e-um-influenciador/>. Acesso em: 30 mar. 2017.
GUEDES, Fabrícia. A evolução
das redes sociais. 2013. Disponível em: <http://www.insite.pro.br/saladeaula/fabricia.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2017.
LONG, Jonathan. 5
Reasons Why You Need to Take Advantage of Influencer Marketing. 2017. Disponível em:
<https://www.entrepreneur.com/article/287740>. Acesso em: 20 abr. 2017.
MICELI, André; SALVADOR,
Daniel. Planejamento de marketing digital. 2. ed. Rio de
Janeiro: Brasport, 2017. 257 p. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=5awADgAAQBAJ&pg=PA79&dq=influenciador+digital&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=influenciador digital&f=false>. Acesso em: 04 abr. 2017.
MORAIS, Rodrigo. Influenciadores
digitais: por que contratá-los e quais as referências do mercado. 2016.
Disponível em: <http://empreendedorx.com.br/midias-sociais-2/influenciadores-digitais-por-que-contrata-los-e-quais-referencias-mercado>. Acesso em: 01 abr. 2017
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