Nome da Disciplina: EGC5020 - Redes Sociais e Virtuais
Nome do Autor: Igor de Sousa Pausewang Hess
Matrícula: 23101045
Introdução
O avanço exponencial da Inteligência Artificial (IA) tem redefinido fronteiras em
diversos setores, e a segurança aquática não é exceção. A tradicional figura do guarda vidas, com seu olhar atento e preparo físico, começa a ser complementada por um
novo aliado: o sentinela digital. Este artigo propõe uma análise sobre a integração da
IA no monitoramento de praias, explorando se essa tecnologia atua como um auxílio
vital ou se, porventura, representa uma interferência no serviço essencial prestado
pelos profissionais de salvamento.
A questão central reside em como a tecnologia pode se harmonizar com a experiência
humana. A IA, por meio de sistemas de videomonitoramento e algoritmos de
reconhecimento de padrões, oferece uma capacidade de vigilância ininterrupta e de
longo alcance que transcende as limitações físicas e temporais do ser humano.
Fonte: Governo de Santa Catarina
A Experiência Catarinense: O Guardião em Ação
Um exemplo notável dessa integração vem de Santa Catarina, onde o projeto
Programa Praia + Segura implementou o uso de IA para monitorar extensas faixas de
areia e mar. Em Barra Velha, por exemplo, o sistema utiliza câmeras de alta resolução
com zoom de quase dois quilômetros, integradas à plataforma “O Guardião” [2].
A tecnologia é programada para identificar situações de risco, como banhistas sendo
arrastados pela maré, e até mesmo auxiliar na localização de crianças e idosos
perdidos através de reconhecimento facial [2]. O coordenador do Centro de Controle
Regional de Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Barra Velha, Everson Brandão,
destaca que os dispositivos permitem identificar emergências na faixa de areia e
monitorar embarcações, expandindo o campo de visão e a capacidade de resposta dos
bombeiros militares [2].
A eficácia preventiva da IA reside na sua capacidade de processar dados em tempo
real e gerar alertas imediatos. Enquanto um guarda-vidas pode ter sua atenção
dividida ou seu campo de visão limitado por fatores ambientais (sol, neblina,
multidão), o sistema de IA mantém uma vigilância constante e objetiva. Essa
capacidade de detecção precoce é o principal argumento a favor da tecnologia,
transformando a vigilância de reativa para proativa

Fonte: CBMSC
Os Desafios e a Necessidade de Complementaridade
Apesar dos benefícios evidentes, a introdução da IA no salvamento aquático não está
isenta de desafios. A principal preocupação é a possibilidade de a tecnologia
atrapalhar o serviço ao gerar uma falsa sensação de segurança ou, pior, alarmes
falsos.
1. Dependência Tecnológica: A confiança excessiva na IA pode levar à diminuição
da vigilância humana. O guarda-vidas é treinado para interpretar sinais sutis,
como a fadiga de um banhista ou a mudança na correnteza, algo que a IA, apesar
de avançada, ainda pode falhar em contextos complexos e dinâmicos como o
mar [4].
2. Questões Éticas e de Privacidade: O uso de videomonitoramento e
reconhecimento facial levanta preocupações sobre a privacidade dos banhistas.
Embora o foco seja a segurança, a coleta e o processamento de dados de imagem
em tempo real exigem rigorosos protocolos éticos e de governança para garantir
o uso responsável da tecnologia [5].
3. Limitações da IA: A IA é tão boa quanto os dados com os quais foi treinada.
Fatores como a turbidez da água, a iluminação (noite ou crepúsculo) e a
densidade da multidão podem comprometer a precisão dos algoritmos, levando
a falhas na detecção ou a alertas desnecessários.
A chave para o sucesso dessa integração é a complementaridade. A IA deve ser vista
como uma ferramenta de apoio e triagem, e não como um substituto para o
julgamento e a intervenção humana. O guarda-vidas continua sendo o elemento
insubstituível, responsável pela tomada de decisão final, pelo contato físico e pelo
componente emocional do resgate.
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Fonte: CBMSC
Conclusão: A IA como Extensão do Olhar Humano
Em resposta à questão proposta, a evidência aponta que o uso de inteligências
artificiais em praias auxilia significativamente o serviço dos guarda-vidas. A
tecnologia oferece uma camada de segurança que aumenta a capacidade de
vigilância, acelera o tempo de resposta e, em última análise, salva vidas.
A IA não veio para aposentar o guarda-vidas, mas sim para potencializar sua atuação.
Ao assumir a tarefa de monitoramento constante e de detecção inicial de padrões de
risco, a tecnologia libera o profissional para se concentrar na prevenção ativa, na
educação dos banhistas e, crucialmente, na intervenção de resgate. O futuro da
segurança aquática reside na simbiose entre a precisão algorítmica e a insubstituível
experiência e humanidade do guarda-vidas.
Referências
[1] DIO. A Revolução da IA Generativa no Contexto da Segurança Aquática. DIO, 14
maio 2024. Disponível em: https://www.dio.me/articles/a-revolucao-da-ia-generativano-contexto-da-seguranca-aquatica-introducao. Acesso em: 17 nov. 2025.
[2] NSC TOTAL. Praia de SC usa IA para reconhecer banhistas em risco de afogamento e
acionar resgate. NSC Total, 30 out. 2025. Disponível em:
https://www.nsctotal.com.br/noticias/praia-de-sc-usa-ia-para-reconhecer-banhistasem-risco-de-afogamento-e-acionar-resgate. Acesso em: 17 nov. 2025.
[3] ND MAIS. Inteligência artificial reforça segurança nas praias em SC. ND Mais, 31 out.
2025. Disponível em: https://ndmais.com.br/seguranca/inteligencia-artificial-reforcaseguranca-nas-praias-em-sc/. Acesso em: 17 nov. 2025.
[4] FOXTECH ROBOTICS. Robôs de Resgate Aquático: Inovações em Resposta a
Emergências. Foxtech Robotics, 4 out. 2025. Disponível em:
https://www.foxtechrobotics.com/pt/a-news-water-rescue-robots-innovations-inemergency-response.html. Acesso em: 17 nov. 2025.
[5] KRON DIGITAL. Evolução da IA: preocupações éticas, de segurança e de
governança. Kron Digital, 3 abr. 2025. Disponível em:
https://www.kron.digital/evolucao-da-ia-preocupacoes-eticas-de-seguranca-e-degovernanca/. Acesso em: 17 nov. 2025.
Durante a preparação deste trabalho, o autor utilizou ferramentas de IAG (Manus AI) no
processo de planejamento, para aperfeiçoamento do texto e melhoria da legibilidade. Após o uso destas
ferramentas, os textos foram revisados, editados e o conteúdo
está em conformidade com o método científico. O autor assume total responsabilidade pelo conteúdo da publicação.
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