quarta-feira, 3 de maio de 2023

VIDEOGAME E SAÚDE MENTAL: o uso excessivo de Jogos Eletrônicos

Disciplina: EGC5019 – Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Autor: Arthur Gomes de Oliveira – Matrícula: 22202703

Fonte: https://tecnologia.ig.com.br/2021-03-23/esta-jogando-demais--games-podem-beneficiar-o-cerebro--mas-tambem-viciar.html.

Hoje em dia é bastante comum o uso de jogos eletrônicos por crianças, adolescentes e até adultos. Os videogames encantam e prendem a atenção por suas imagens coloridas, sons e desafios a vencer. São os mais diversos tipos de jogos à disposição, que podem ser acessados desde um console ou computador pessoal ou jogado com outras pessoas através da Internet.

No entanto, o que tem despertado a atenção de muitos familiares e profissionais da neurologia e psicologia é a quantidade de horas que muitas pessoas tem passado jogando, o que gera certa preocupação em relação aos impactos do uso em excesso do videogame, em relação ao desenvolvimento cognitivo e social de seus usuários.


Fonte: https://www.insper.edu.br/noticias/industria-de-games-vai-faturar-seis-vezes-mais-do-que-os-cinemas/.

A indústria dos games está em crescente expansão e atualmente fatura cerca de seis vezes mais do que a indústria cinematográfica. A tendência é que este segmento continue a movimentar um faturamento ainda maior nos próximos anos. Segundo projeções da PwC, o faturamento global até 2026 poderá ultrapassar 320 bilhões de dólares.

Os países que lideram o mercado global de games são a China e Estados Unidos, ambos com um faturamento anual superior a 40 bilhões de dólares. O Brasil não fica para trás, está em 10º lugar no ranking global, com um faturamento de cerca de 2,5 bilhões de dólares por ano.

O mercado de criação de jogos brasileiro cresceu muito nos últimos anos. Segundo dados divulgados pela Abragames (Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais), em 2014 havia 133 estúdios que desenvolviam jogos no país, ao passo que em 2022, esse número passou para 1.009, um aumento bastante significativo.


Fonte: https://www.insper.edu.br/noticias/industria-de-games-vai-faturar-seis-vezes-mais-do-que-os-cinemas/.


Segundo o portal Game On, as tecnologias avançaram muito e trouxeram maior qualidade de imagem, realismo e interação entre os jogadores. Como por exemplo a realidade virtual, que contribuiu para criar uma sensação de imersão sonora e visual, como se a pessoa estivesse dentro do próprio jogo.

Além disso, os serviços das plataformas de streaming de games oferecem aos usuários muitas opções de jogos, e a vantagem é que não precisa mais de um super HD para armazená-los, fica tudo disponível na nuvem. Há de se destacar também, que os jogos eletrônicos não ficam restritos aos computadores e consoles, muitos jogos complexos são rodados em tablets e smartphones, permitindo que se possa jogar de qualquer lugar.


Fonte: https://gfycat.com/gifs/search/fortnite+gif.


Em relação à qualidade dos gráficos, hoje em dia os jogos são muito realistas, técnicas de iluminação foram incorporadas, como por exemplo em efeitos de água em movimento e reflexos de sol em uma janela ou poça de água, bem como as técnicas de movimentos dos personagens foram aprimoradas. Por fim, cita-se a evolução da Inteligência Artificial que, além de auxiliar na criação de movimentos mais realísticos dos personagens, aumenta a possibilidade de interações mais complexas entre os personagens e jogadores.

No entanto, com tantas opções de jogos eletrônicos, muitas crianças, adolescentes e até adultos passam horas a fio jogando, tendo despertado grande preocupação principalmente em relação aos seus pais e familiares.


Uso excessivo de videogame

O uso em excesso do videogame foi considerado como uma doença de ordem psíquica pela Organização Mundial da Saúde (OMS), acontece quando o jogo acaba interferindo nas relações sociais da pessoa, em relação aos estudos, trabalho e relacionamentos pessoais.

Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) apontou que 28% dos jovens brasileiros fazem uso abusivo do videogame, um percentual que está bem acima da média mundial, que é de 19,3%. A pesquisa ainda quantificou que 85% dos usuários jogam videogame de forma online e, 57% do total afirmou que utiliza os jogos como forma de escape dos problemas da vida. Muitos dos entrevistados relataram sofrer bullying, consumir cigarro ou álcool e ainda apresentam problemas de interação social.


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=sAudE3bAGJw.


Alguns sinais de alerta da dependência em jogos eletrônicos são a abstinência pelos jogos, que pode resultar em maior irritabilidade, interferência na qualidade do sono, rendimento escolar e no trabalho, desânimo ou sintomas de depressão, entre outros.


O que dizem os especialistas

Passar horas jogando pode afetar a saúde dos jogadores, principalmente a lesionar a visão e acarretar tendinites, má postura e má circulação. Uma grande preocupação também é em relação à alimentação, obesidade e sedentarismo.

Em relação à saúde mental, os jogos podem gerar um efeito negativo, principalmente nas crianças e adolescentes. Segundo estudo comandado pelo Dr. David Greenfiels, da University of Connecticut School of Medicine, os usuários podem criar dependência e ficar viciados, pois os games liberam muita dopamina, diminuindo as atividades neurotransmissoras na área do córtex pré-frontal, que é a área responsável pelos julgamentos e tomas de decisões e autocontrole, o que explica, por exemplo os usuários ficarem muitas vezes mais tempo jogando e esquecendo de comer ou dormir direito. Alguns psiquiatras citam também uma possível relação entre causa ou consequência do vício nos jogos e alguns transtornos mentais, como depressão, déficit de atenção e hiperatividade e transtorno bipolar, porém ainda não há embasamento científico que comprove tais alegações.


Fonte: Getty Images.


Por outro lado, os jogos podem melhorar várias funções neurais, principalmente em relação à memória, reflexos, foco e concentração. Além de ser também um lugar para formar laços de amizade, embora algumas sejam de forma virtual, sendo também uma atividade de lazer que contribui para aliviar o estresse.

Porém, é preciso que haja um equilíbrio entre a quantidade de tempo gasto nos jogos eletrônicos com as outras atividades do dia a dia, pois tudo em excesso é ruim, de modo que deve haver consciência e responsabilidade, para evitar de que o jogo seja a prioridade na vida dessas pessoas.

Com tudo, como se pode ter visto, o vídeo game tem seus lados positivos e negativos, entre os pontos já citados, os jogos se forem usados de forma moderada também oferecem grandes possibilidades de desenvolvimento pessoal, educacional e profissional. Dentre os usuários, estão as crianças, sendo assim a importância da participação dos pais para que seja evitado efeitos negativos é essencial, impondo regras a serem cumpridas como um limite de tempo jogado por dia.



Referências:
https://www.insper.edu.br/noticias/industria-de-games-vai-faturar-seis-vezes-mais-do-que-os-cinemas/ https://www.terra.com.br/gameon/tech/10-tecnologias-incriveis-que-redefiniram-a-industria-de-games,8b4078a78a3dd4a6db87b20c1a93c954fdhkpjsr.html https://www.metropoles.com/brasil/saude-br/estudo-da-usp-mostra-que-28-dos-jovens-fazem-uso-abusivo-de-videogame

https://tecnologia.ig.com.br/2021-03-23/esta-jogando-demais--games-podem-beneficiar-o-cerebro--mas-tambem-viciar.html

https://meiobit.com/290980/estudo-alerta-para-maneira-como-games-podem-afetar-o-cerebro-dos-adolescentes/

https://noticias.adventistas.org/pt/coluna/carlos.magalhaes/meu-filho-esta-viciado-em-jogos-o-que-faco-agora/

https://www.ip.usp.br/site/noticia/saude-mental-quando-o-excesso-de-jogos-eletronicos-vira-um-problema/


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