sábado, 28 de maio de 2022

Cyberbullying e os Impactos em Nossas Crianças

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro Socioeconômico

Departamento de Ciências da Administração

 

Disciplina: Redes Sociais

Estudante: Gabriel de Albuquerque Gomes Mezzari (19101145)

 

Cyberbullying e os Impactos em Nossas Crianças

Cenário de usuários infantis  

Com o advento da internet, tornou-se comum o uso diário do público adulto das redes sociais tais como Tiktok, Twitch, Instagram, Twitter, entre outras… a exposição se tornou algo rotineiro para essas pessoas. Contudo, outro tipo de público passou a consumir de forma diária esses serviços e exposições pela internet, o público infanto-juvenil. Vale destacar que em alguns casos a criança é exposta pelos seus responsáveis legais, sendo já inserida inconscientemente neste mundo digital.

Falando em quantidade de usuários infantis, segundo o site IBGE Educa, entre os brasileiros com 10 anos ou mais de idade, a utilização da Internet subiu de 74,7%, em 2018, para 78,3%, em 2019, segundo dados coletados no período de referência da pesquisa. Como nos anos anteriores, os menores percentuais de pessoas que utilizaram a Internet foram observados na Região Nordeste (68,6%) e na Região Norte (69,2%). Segue gráfico para uma melhor observação:


Imagem 1. Fonte: IBGE

Mas afinal de contas, quais os impactos do Cyberbullying que essa exposição excessiva pode acarretar para as crianças e os adolescentes? Este é o tópico que o autor possui interesse em abordar neste artigo.


Cyberbullying


                         Imagem 2. Fonte: porvir.org

De acordo com o Brasil Escola, "a palavra cyberbullying consiste na junção de duas palavras da língua inglesa, bullying e cyber. Cyber é uma contração da palavra cybernetic (cibernético), que se refere, na Teoria da Comunicação, àquilo que está ligado à rede de informação e comunicação, mais precisamente, ao âmbito da internet. Já a palavra bullying é formada a partir da palavra inglesa bully, que significa valentão, acrescida do sufixo “ing”, que indica continuidade da ação exposta em um verbo."

A blogueira Maria Victória Oliveira comenta das diferenças entre o Bullying e o Cyberbullying, podendo destacar o seguinte ponto: “bullying e cyberbullying têm características em comum, como o fato de serem uma intimidação repetitiva. Por isso fala-se em perseguição. Apesar de o bullying presencial ser praticado “cara a cara”, o cyberbullying tem seus efeitos ampliados pela rápida disseminação de conteúdos na internet.”

Com isso, todas as pessoas, mas dando destaque às crianças e adolescentes, ficam vulneráveis ao cyberbullying a partir do momento em que realizam alguma postagem ou comentário não apenas em redes sociais, mas em blogs e em outros meios de socialização via internet.

Imagem 3. Fonte: Blog Cenat

Saúde

Segundo o blog Tonia Casarin, há diversos riscos que podem impactar a saúde mental e física das crianças. O Cyberbulling pode ser praticado tanto pelos usuários anônimos da internet, tanto pelos próprios colegas de classe do indivíduo. Os principais sintomas que podem serem notados nas crianças são:

  • Ansiedade;

  • Depressão;

  • Tristeza;

  • Dificuldade de socializar;

  • Isolamento social;

  • Baixa no desempenho escolar;

  • Em casos mais extremos, a depressão progride ao suicídio.

Lauren Seager-Smith sugere orientações que os pais podem tomar quando identificarem os sinais do cyberbullying: “Vá ao seu médico de família. Se seu filho tivesse uma perna quebrada, você iria direto para o pronto-socorro e a saúde mental não seria diferente. Não fique constrangido ou com medo. O bullying pode causar ansiedade e depressão e quanto mais cedo você conseguir ajuda, melhor. Deixe seu filho saber que você o ama incondicionalmente e reconheça como o bullying o fez sentir. Seja paciente e crie oportunidades para se conectar - mesmo que eles sejam silenciosos e retraídos, eles precisam de você mais do que nunca.”


Imagem 4. Fonte: bora.ai


Realidade e Precauções

De acordo com a matéria do R7 realizada por Pablo Marques, o Brasil é o 2° país com mais casos da prática abordada neste artigo. Cerca de 30% dos pais e responsáveis brasileiros, afirmam terem tido conhecimento de pelo menos um caso em que o filho ou a filha foi vítima de bullying. Nessa disputa, o país fica atrás somente da Índia que tem 35%. Ambos superam bastante a média global de 17%, de acordo com a pesquisa.

Tonia Casarin sugere formas de prevenir o Cyberbullying. Ela comenta que é importante conversar com as crianças e expor os perigos que rodeiam a internet. Por se tratar de crianças, é importante que os pais ou responsáveis monitorem os passos de seus filhos na web com ajuda de softwares especializados, garantindo todos os dados necessários para o monitoramento das pesquisas realizadas pelos pequenos.

O blog Brasil Escola sugere formas de evitar o cyberbullying, sendo elas: 

  • Não expor muito a sua vida nas redes sociais;


  • Evitar a exposição de intimidades na internet;


  • Quando for atacado por alguém, bloquear essa pessoa;


  • Não enviar fotos íntimas, contendo nudez parcial ou total, para outras pessoas, mesmo que seja seu/sua parceiro/parceira e que confie nessa pessoa;


  • Em caso de exposição de fotos íntimas na rede, procurar uma delegacia de polícia para registrar imediatamente um boletim de ocorrência;


  • Em caso de agressões que possam causar danos morais por injúria, calúnia e difamação, procurar uma delegacia de polícia e registrar um boletim de ocorrência;


  • Se for vitimado por alguma agressão, antes de tomar qualquer atitude, converse com seus responsáveis ou algum adulto de sua confiança que possa te apoiar e te auxiliar;


  • Pais, mães e responsáveis devem sempre monitorar o que os menores fazem na internet, a fim de auxiliá-los quando sofrerem agressões ou coibirem possíveis atos agressivos praticados por eles.


Veja mais em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cyberbullying.htm


Por fim, é importante manter uma relação de confiança com as crianças. Deve-se estar atento para identificar os sinais abordados neste artigo, a fim de evitar sequelas que podem prejudicar os menores. As escolas também possuem papéis fundamentais na conscientização do Cyberbullying e mostrar os perigos que ele pode causar. Somente a partir da conscientização é que tais práticas serão extintas, tornando assim o ambiente virtual muito mais seguro para se conviver.

                                         Imagem 5. Fonte: Google



Referências:

Brasil Escola. Cyberbullying. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cyberbullying.htm>. Acesso em: 27 de Maio de 2022;

IBGE Educa. Internet chega a oito em cada dez domicílios do País. Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/2697-ie-ibge-educa/jovens/materias-especiais/20787-uso-de-internet-televisao-e-celular-no-brasil.html>. Acesso em: 27 de Maio de 2022;


Internet Matters. Como o cyberbullying pode afetar a saúde mental do meu filho? Disponível em: <https://www.internetmatters.org/pt/hub/question/impact-cyberbullying-childs-mental-health-wellbeing/>. Acesso em: 03 de Agosto de 2022;


Pablo Marque, R7. Brasil é o 2º país com mais casos de bullying virtual contra crianças.  Disponível em: <https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/brasil-e-o-2-pais-com-mais-casos-de-bullying-virtual-contra-criancas-11072018>. Acesso em: 27 de Maio de 2022;


Porvir. Com crianças mais tempo online na pandemia, famílias e escolas precisam estar atentas ao cyberbullying. Disponível em: <https://porvir.org/com-criancas-mais-tempo-online-na-pandemia-familias-e-escolas-precisam-ficar-atentas-ao-cyberbullying/>. Acesso em: 03 de Agosto de 2022;


Tonia Marques. Os perigos do cyberbullying para as crianças. Disponível em: <https://www.toniacasarin.com.br/blog/os-perigos-do-cyberbullying-para-as-criancas/#:~:text=%E2%80%93%20Ansiedade%3B,o%20que%20est%C3%A1%20sendo%20acessado!>. Acesso em: 27 de Maio de 2022;


VivaArteViva. A quais riscos as crianças estão expostas ao usar a internet?. Disponível em: <https://www.macunaima.com.br/vivaarteviva/criancas-na-internet-entenda-os-riscos-e-veja-como-orientar/>. Acesso em: 27 de Maio de 2022;

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