sábado, 17 de abril de 2021

Redes sociais virtuais e o comércio varejista

Aluno: Eduardo Alves da Silva
Matrícula: 18103997
Disciplina: Redes Sociais e Virtuais



Fonte: Freepik
 
Não é de hoje que percebemos a invasão dos grandes players varejistas nas principais redes sociais virtuais como, Facebook, Instagram e WhatsApp. Muito além de ferramentas de comunicação institucional com seus clientes, as redes sociais têm se tornado importante canal para as vendas do varejo como um todo. A facilidade para apresentação dos produtos junto a integração com o e commerce são algumas das razões que levaram as empresas a investirem nessas plataformas. Nos últimos anos o avanço do comércio nas redes foi tão grande que o Facebook investiu na elaboração de seu próprio marketplace, hoje estendido também ao instagram em diversos países.
 
De roupas a calçados, passando por brinquedos, objetos de decoração, móveis, eletrodomésticos e artigos de academia, todos os ramos do varejo estão presentes de maneira comercial nas redes sociais. O motivo desta participação do varejo nas redes é clara, o resultado em vendas que estas interações trazem. Segundo dados de pesquisa da Buffer em 2018, 73% das marcas e empresas entrevistadas afirmaram que seus investimentos em marketing nas redes sociais, têm trazido resultados positivos ou muito positivos. Outro dado importante que respalda esta percepção das empresas são as estatísticas de interação com potenciais clientes das marcas. Segundo pesquisa da GlobalWebIndex de 2019, 54% de todos os usuários de redes sociais utilizam essas plataformas para buscar produtos, as razões deste perfil de consumo na internet estão associadas a possibilidade de checar o histórico das empresas por comentários, reviews de outros clientes e até mesmo ter acesso a promoções exclusivas. 
 

Resultados orgânicos
 
Outro aspecto importante dos ganhos das marcas com as redes está na escalabilidade das ações sem custos. Hoje, por meio de interações orgânicas com clientes, ou seja, ações sem investimento para divulgação nas plataformas, resultam na consolidação das marcas. Estas interações vão desde retornos aos clientes, por meio dos Chats, respostas dos comentários e lives. A boa impressão deixada pelas marcas nestas ações resultam em engajamento gratuito dos clientes e escalam as marcas para mais usuários, aumentando suas vendas. Segundo dados da análise feita pela Forbes em 2019, 71% dos usuários que tiveram uma boa experiência de compra e interação nas redes sociais, recomendariam as empresas para amigos e familiares.

 
Influencers: um novo canal de vendas 
 
Na mesma linha das recomendações, as marcas também contam com outros aliados para expansão dos seus resultados de vendas nas redes. Os influencers são peça chave na escalabilidade das estratégias de vendas, com maior parte dos investimentos feitos em publicidade nas mídias sendo destinados à divulgação de produtos em seus perfis.Na pesquisa da GlobalWebIndex de 2019, também foi indicado que 49% dos consumidores tomam a decisão da compra com base na opinião ou review de influencers.
 

Fonte: National Geographic
 
A facilidade de acesso às redes sociais virtuais tem papel fundamental nos resultados alcançados pelo varejo nestas plataformas no mundo todo. Segundo estimativas da LyfeMarketing em 2018, 91% de todos os usuários das mídias sociais as acessam por meio de dispositivos móveis. Graças a esse acesso fácil e contínuo que os smartphones trazem aos usuários que os números de acessos tem crescido de maneira exponencial e trazendo bons resultados ao comércio. 
 

Marcas nativas das redes
 
Atualmente, a expansão do comércio nas redes é tão grande que há casos de grandes varejistas nativos destas mídias, ou seja, comércios que tem seu resultado de vendas ligados exclusivamente ao instagram ou facebook. Podemos trazer como exemplo notável a Sallve, empresa do varejo de produtos para cuidado com a pele que é febre no instagram. A empresa que foi fundada em 2019, com um único produto em seu portfólio, já conta com quase meio milhão de seguidores na rede e um faturamento acumulado superior a 50 milhões de reais. A marca foi idealizada pela publicitária e influencer Julia Petit que utilizou dos feedbacks recebidos em suas mídias sociais para desenvolver o primeiro produto da Sallve. Aliás, esta é a fórmula de sucesso da empresa que utiliza dos retornos dos seus clientes na plataforma para criar novos produtos. Hoje, são ao todo nove produtos que compõem o portfólio da marca, todos pensados nas necessidades de seus clientes, como o próprio slogan deles fala: “fórmulas incríveis inspiradas por necessidades reais”. "O mercado é dominado por grandes empresas, mas há uma geração nova de consumidores que buscam marcas às quais se sentem pertencentes", diz Daniel Wjuniski, presidente e cofundador da empresa.
 

Fonte: Instagram
 

A Sallve é sem dúvidas um destaque de como as redes têm exercido papel fundamental na expansão dos resultados no varejo e como isso tem trazido ganhos tanto para as marcas como consumidores. Hoje, as marcas buscam não só vender seus produtos online, mas utilizar estes canais para recolher feedbacks e desenvolver produtos que sejam aderentes às escolhas dos seus clientes, assim otimizando recursos com pesquisas de desenvolvimento e mensurando melhor os estoques.

 
Pandemia como fator impulsionador do comércio virtual
 
Segundo artigo da revista Exame, as vendas digitais no mercado de higiene e beleza correspondem a apenas 7,3% do total. Contudo a pandemia impulsionou as vendas digitais do segmento, e entre janeiro e agosto de 2020, a categoria campeã em vendas foi Beleza e Perfumaria, que apurou receita 107,4% maior do que no ano de 2019 e atingiu um faturamento de 2,11 bilhões de reais, segundo a Abcomm.
 
Para os demais setores do varejo, as redes sociais também resultaram em alternativas positivas para amenizar as quedas nas vendas. Segundo pesquisa feita pela FGV em parceria com Sebrae, apontou que até o início de 2021 sete em cada dez empresas já atuavam nas mídias sociais, aplicativos ou internet para retomar suas vendas. Dados de maio de 2020, apontaram que seis a cada 10 faziam o uso.
 
Segundo artigo do Diário do comércio, em algumas atividades, o número de negócios atuando no ambiente virtual teve um incremento superior a 20%, como é o caso dos segmentos de energia, que apresentou aumento de 37%; beleza, com 27%; bem como educação e construção civil, que viram o número de empresas ativas nesse ambiente crescer em 20%. “Com as restrições de abertura e com o isolamento, os pequenos negócios tiveram que inovar e mudar a forma de vender e de divulgar seus produtos e serviços. A internet tem sido uma grande aliada na sobrevivência de inúmeros negócios no País”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.




Fontes:
https://www.oberlo.com.br/blog/redes-sociais-estatisticas
https://www.lyfemarketing.com/blog/social-media-marketing-statistics/
https://www.globalwebindex.com/reports/social-2019
https://exame.com/casual/sallve-acerta-nas-tendencias-do-skincare-e-pretende-expandir-o-portfolio/
https://exame.com/negocios/essa-marca-de-cuidados-para-pele-nada-contra-a-corrente-e-cresce-4x-no-ano/
https://diariodocomercio.com.br/negocios/pesquisa-aponta-que-70-das-empresas-recorreram-as-redes-sociais-na-pandemia/



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