Educação à distância
é uma categoria de ensino mediada por tecnologias de comunicação que viabiliza
a auto-aprendizagem, utilizando diversos recursos didáticos em diferentes
suportes de informação (SPINARDI et al., 2009). A categoria de educação à
distância possibilita que o ensino não se resuma apenas ao ambiente escolar e o
espaço físico da sala de aula, mas que ultrapasse barreiras físicas e se torne
mais democrático, utilizando as tecnologias de comunicação e informação.
Figura 1: Ensino à Distância
A popularização da
Internet é essencial para a educação à distância, visto que ela viabiliza a
disponibilização de informações com amplo acesso e a baixo custo. Através da Internet,
pode-se explorar a interatividade personalizada e individual de cada aluno
(SPINARDI et al., 2009). Desta forma, há uma maior autonomia para que o aluno
busque saberes e seja capaz de encontrar materiais didáticos de qualidade. Esta
autonomia pode trazer maior auto-confiança ao indivíduo, ao passo que ele se
torna protagonista na construção do seu saber.
O número de usuários de Internet vem ascendendo
junto com a facilitação do uso, surgimento de novas tecnologias, novas formas
de navegação e buscadores mais precisos e eficientes. Além disso, o advento das
redes sociais contribui para a retenção de acesso e aumento do número de
usuários em grande velocidade (CARVALHO et al., 2020). As buscas na Internet estão sendo cada vez mais
facilitadas, sendo possível abranger um maior número de pessoas. Assim, a
educação se torna mais acessível e abrangente.
Entre as diversas vantagens da educação à distância, destaca-se a
possibilidade de ultrapassar e expandir barreiras geográficas e de tempo, sendo
possível uma flexibilidade de tempo e espaço. Desta forma, o aluno é capaz de
se formar, de se aperfeiçoar e/ou de se atualizar, conforme seu próprio ritmo
com a possibilidade de realizar diferentes tarefas mesmo estando em diferentes
locais. (SPINARDI et al., 2009)
Figura 2: Internet e redes de comunicação
O uso de tecnologias de comunicação é utilizado pela educação e vem
sendo amplamente usado por profissionais de saúde para atendimentos
individuais. Profissionais da saúde e professores,
e pacientes e estudantes, utilizam as tecnologias de comunicação para informar,
educar e realizar procedimentos à distância. Desta forma, surgiram os termos
Teleassistência, e-Saúde e Telessaúde, todos com o mesmo princípio. São uma
rede interativa de teleeducação, aprendizagem e assistência/saúde colaborativa (CARVALHO et al., 2020). Diversos
serviços de saúde utilizam as tecnologias de comunicação para disseminar
informações precisas para diagnósticos, prevenção, tratamento de doenças, educação
contínua, bem como para fins de pesquisas e avaliação. (FONSECA; BRAZOROTTO; BALEN,
2015)
No
âmbito da Fonoaudiologia, a utilização de recursos tecnológicos tem mostrado
resultados positivos em Telessaúde (teleassistência, telerreabilitação e
telediagnóstico) e Teleeducação (educação à distância). Em 2009, o Conselho
Federal de Fonoaudiologia regulamentou o uso de Telessaúde em Fonoaudiologia,
organizando e orientando os profissionais quanto as suas ações. (SPINARDI et al., 2009)
Figura 3: Telessaúde
Em agosto de 2020, o Conselho Federal de
Fonoaudiologia (CFFa) publicou nova Resolução regulamentando a Telefonoaudiologia
em todo o Brasil. A determinação segue o crescente desenvolvimento das novas
tecnologias de informação e comunicação, que favorece a troca de informação
entre fonoaudiólogos, outros profissionais da saúde e clientes/paciente. A
Telefonoaudiologia deve buscar a complementação e aprimoramento de modelos de
fornecimento de serviços já existentes, contribuindo para a melhora da saúde da
população (CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA, 2020). Para ler o documento na
íntegra, clique aqui.
Figura 4:
Telefonoaudiologia
A Fonoaudiologia é uma área da saúde que envolve
conhecimentos específicos sobre desenvolvimento auditivo, aquisição de
linguagem etc., fazendo uma interface entre a saúde e a educação (MELO; TEIXEIRA; QUEIROGA, 2021). Deste
modo, a Fonoaudiologia vem lançando mão das tecnologias de comunicação com a
finalidade de promover saúde, realizando atendimentos na área da voz, fala,
equilíbrio, motricidade orofacial, e educacional.
Uma das especialidades da Fonoaudiologia é a
Fonoaudiologia Educacional, que é uma especialidade reconhecida no Brasil desde
2010. É um amplo campo de atuação e possui extrema importância, pois abrange
desde a educação infantil até a educação de adultos. A prática fonoaudiológica
no ambiente escolar não deve estar ligada à prática clínica, mas a participação
do fonoaudiólogo favorece que o profissional esteja pronto para identificar as
diferentes mudanças o mais precocemente possível. (FONSECA; BRAZOROTTO; BALEN, 2015)
Com o uso de Telessaúde, pode-se substituir o contato
pessoal entre os pacientes e profissionais de saúde envolvidas no atendimento.
Isto é possível devido as tecnologias de educação, que facilitam a diminuição
das desigualdades de serviços ao aproximar as barreiras geográficas e
socioeconômicas. (FONSECA; BRAZOROTTO; BALEN, 2015)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Autora: Michelle Vieira Felix (20250075)
REFERÊNCIAS
CARVALHO, R. P. et al. Desenvolvimento de uma ferramenta
educacional em formato de website sobre zumbido. Revista CEFAC, São
Paulo, v. 22, n. 6, e4720, 2020.
CONSELHO
FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Resolução nº 580, de 20 de agosto de 2020. Dispõe
sobre a regulamentação da Telefonoaudiologia e dá outras providências.
Disponível em: https://www.fonoaudiologia.org.br/resolucoes/resolucoes_html/CFFa_N_580_20.htm. Acesso em: 22/03/2021.
FONSECA, R. O.; BRAZOROTTO, J. S.; BALEN, S.
A. Telessaúde em fonoaudiologia no Brasil: revisão sistemática. Revista
CEFAC, São Paulo, v. 17, n. 6, pág. 2033 - 2043, dezembro de
2015.
MELO, J. K. O.; TEIXEIRA, C. F.; QUEIROGA, B. A. M. Conhecimento
de professores sobre a Fonoaudiologia Educacional e sobre a relevância da
comunicação para a aprendizagem. Revista CEFAC, São Paulo, v.
23, n. 1, e6720, 2021.
SPINARDI, A. C. P. et al. Telefonoaudiologia: ciência e tecnologia
em saúde. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, Barueri, v.
21, n. 3, p. 249 - 254, setembro de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário