terça-feira, 29 de outubro de 2019

Como as redes sociais podem ajudar uma Organização do Terceiro Setor?

De acordo com a pesquisa “As Fundações Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos no Brasil – 2016”, publicada este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 236.950 Organizações Não Governamentais (ONGs) no Brasil. Por definição, órgãos sociais sem fins lucrativos compostos por grupos independentes que dedicam-se à ações sociais ou solidárias nas mais diversas áreas, são consideradas ONGs.
Os dados deste estudo mostram que a maioria dessas instituições estão situadas no Sudeste, com 48,3%, e sul, com 22,%. Além disso, das quase 237 mil ONGs, 35,1% possuem vocação religiosa. O segundo maior grupo é o que lida com cultura e recreação, compreendendo 13,6%. E em terceiro lugar estão as instituições de desenvolvimento e defesa de direitos, com 12,8%

Comunicação organizacional para ONGs: qual a importância?

Essas Instituições precisam estar em redes, tanto as do mundo online quanto do offline, para atingir os mais diversos objetivos, como: divulgar os projetos e ações realizadas, conseguir apoio de diversos setores da sociedade, receber contribuições financeiras, e também serem reconhecidas e influentes no meio em que atuam.  
É comum, pela limitação financeira e de pessoal, a gestão da comunicação não ser uma prioridade para as ONGs. Porém, é de extrema importância que as relações que as organizações constroem junto aos seus públicos sejam planejadas e eficazes. Segundo a pesquisadora e relações públicas, Margarida Kunsch, a comunicação de uma organização é formada por: 
Comunicação institucional:  tem como propósito aperfeiçoar a imagem da empresa perante aos públicos,  sociedade, os consumidores e os investidores.
Comunicação mercadológica: tem como objetivo vender ou aperfeiçoar a imagem de um produto ou serviço.
Comunicação interna: tem como alvo a relação entre a instituição e o seu público interno de colaboradores.
Comunicação administrativa: tem como finalidade viabilizar o ambiente administrativo da organização, fazer com que as informações transitem com fluidez. 
Especialmente para as duas primeiras áreas as redes sociais são grandes aliadas, pois a organização pode criar um perfil e atuar digitalmente para atingir os mais variados públicos com eficiência e sem custos e também alavancar resultados. Esse tipo de canal de comunicação é pertinente atualmente já que o número de usuários presentes nas redes cresce a cada dia. O Instagram, por exemplo, conta com 66 milhões de usuários no Brasil ocupando a segunda posição no ranking global de número de usuários do aplicativo. 
Se você ainda não se convenceu da importância de levar a sua ONG para as redes sociais, confira os benefícios:

Mas, você deve estar se perguntando: Como devo atuar nessas redes para alcançar tais resultados? Qual tipo de conteúdo devo postar? Fique tranquilo, ajudarei você!

Como elaborar estratégias de comunicação eficientes nas redes sociais

Conheça os seus públicos e crie personas: identifique os alvos, defina como você irá se comunicar com cada um deles e quais conteúdos precisam ser abordados para “nutrí-los”. 
Defina as diretrizes que nortearão as ações: as estratégias de comunicação nas redes sociais precisam estar alinhadas com a missão, a visão e os valores da organização. O online precisa estar alinhado com o que se vive no offline, portanto, é necessário prever políticas para uma comunicação efetiva. 
Liste os objetivos gerais e defina ações: identifique as prioridades que você deseja comunicar e elabore ações de curto, médio e longo prazo. Exemplo: Ação de curto prazo: conteúdos de apresentação da organização, o que ela faz, onde atua, qual público atende, etc. Ação de médio prazo: divulgar cronograma de atividades e postar foto das atividades realizadas; Ações de longo prazo: vídeos de storytelling com pessoas impactadas pelas atividades da organização. 
Defina os responsáveis: dentro da sua equipe de colaboradores e/ou voluntários, determine as pessoas que irão tirar as estratégias do papel e colocá-las em prática. 
Crie um planejamento de redes sociais: organize as publicações identificando a rede, a legenda e imagem que será utilizada em uma planilha.
Mão na massa: crie chamadas atrativas, claras e objetivas para cativar o seu público. Quanto às imagens, capriche no design! Uma dica para quem está começando ou não tem apoio de um designer é utilizar o Canva, uma ferramenta intuitiva e gratuita de design gráfico. É importante que você interaja com o público, portanto responda os comentários e mensagens que receberá. 
Avalie os resultados: confira o alcance das publicações, verifique se o público está interagindo e se a estratégia está gerando resultados concretos. De imediato você precisa testar o que funciona para o seu público ou não: melhores horários para liberar os posts, linguagem e formato, conteúdos. Aprimore a sua estratégia sempre que necessário!

Caso real: Instituto Arco-Íris 

O Instituto Arco-Íris é uma entidade de apoio às populações em situação de vulnerabilidade e exclusão social que atua há 22 anos em Florianópolis através de projetos voltados à redução de danos referente ao uso de drogas lícitas e ilícitas, à prevenção de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e à promoção da cidadania e dos direitos humanos. 
A Instituição possui um perfil ativo no Instagram com o objetivo de interagir com pessoas que apoiam as causas com as quais eles atuam e com outras organizações a fim de ganhar visibilidade e estabelecer parcerias. Diariamente ocorrem atividades na sede do Instituto que são registradas e compartilhadas no @institutoarcoirisdh. Os responsáveis pela estratégia de redes sociais relatam que os resultados já são perceptíveis: mais pessoas estão participando das atividades abertas ao público e parcerias estão sendo firmadas com instituições locais. 

Fontes: https://blog.risu.com.br/redes-sociais/
https://blog.ingagedigital.com.br/marketing-digital-para-ongs/
https://endomarketing.tv/comunicacao-organizacional/#.XbexC-hKjIU

Diana Hilleshein - 15201483


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