domingo, 29 de abril de 2018

O FUTURO DO TRABALHO


Allesse Carvalho Rodrigues
11201056

O FUTURO DO TRABALHO

Fonte: blog.careerhub.mu

O mundo vive um momento singular com relação as inovações processuais e tecnológicas nos mais variados campos. Desde a revolução industrial, no século XVIII, se observa grande empenho em substituir o trabalho humano por equipamentos capazes de fazê-lo de forma incansável e com mínima margem de erro (https://www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/). Na medida em que as máquinas vão sendo inseridas no âmbito do trabalho, surge uma importante questão de impactos sociais imediatos. De onde o ser humano envolvido com as atividades substituídas por maquinas, irá obter seu sustento.
O trabalho possui relevante papel social, por meio dele as pessoas se mantém ocupadas com atividades salutares, buscam aperfeiçoar-se, até mesmo se realizam e sobretudo obtém o sustento para suas famílias e também os impostos para o benefício de toda a sociedade. Uma vez que o ser humano, habituado a trabalhar é dispensado de sua função, pode começar a questionar até mesmo seu lugar na sociedade, gerando uma crise de identidade e até mesmo valores já consolidados. Uma frase atribuída ao ex-presidente americano Ronald Regan, diz o seguinte: “Acredito que o melhor programa social é um emprego”. (http://www.folhapolitica.org/2017/06/acredito-que-o-melhor-programa-social-e.html).

            Suscitados os apontamentos iniciais que contextualizam a questão do trabalho e a pungente necessidade de inovação proposta pela competitividade global, a discussão sobre o tema mostra-se relevante para a sociedade atual e as futuras gerações, que viverão em um mundo onde muitos postos de trabalho que hoje existem, serão extintos.

            A realidade do Brasil é preocupante, visto que um estudo da consultoria McKinsey, divulgado em 2017, apontou que 50% do trabalho feito no país pode ser substituído por robôs. Na indústria este percentual é ainda maior. O que indica que o país está a beira de uma transformação abrupta na automatização de funções. (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/05/1884633-50-do-trabalho-no-brasil-pode-ser-feito-por-robo-diz-estudo.shtml).

Com muita velocidade, avançam as iniciativas de se implantar a indústria 4.0, também chamada de quarta revolução industrial, que visa fazer uso massivo de sensores e atuadores interligados por redes ligadas a internet, de modo a automatizar o maior número possível de operações, reduzindo o fator humano no processo e fazendo com que os processos de controle sejam feitos de forma a não tomar tempo das atividades de execução. Essa nova indústria requer um tipo de profissional qualificado a lidar com tecnologias e otimização de recursos. (https://transformacaodigital.com/industria-4-0/).

Embora a ideia pareça benéfica, ainda existem questões a serem solucionadas. Recentemente um veículo pilotado de forma automática se envolveu em um acidente, ocasionando a morte de uma pessoa, o que suscita questionamentos se a tecnologia está realmente preparada para ser gerenciada por programas de inteligência artificial. Na medida em que os avanços tecnológicos são feitos, a sociedade amadurece a discussão acerca do tema, que parece ser inevitável na medida em que o tempo passa. A substituição de motoristas por um sistema automatizado trás inúmeros benefícios, ao mesmo tempo em que aumenta a lacuna de exclusão social de todas as pessoas que sustentam suas famílias a partir da atividade de motorista.

Por fim, a os impactos da tecnologia sobre as pessoas, também precisam ser avaliados, visto que muitas competências necessárias para sobreviver no mercado de trabalho atualmente, entrarão em desuso e novas serão requeridas. Desta forma o mundo contará com pessoas que não apenas serão desempregadas, mas terão poucas condições de obterem emprego (https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2018/01/uma-nova-classe-de-pessoas-deve-surgir-ate-2050-dos-inuteis.html).

Esta discussão, de grande relevância para a vida das pessoas e sua relação com o trabalho e até mesmo com a subsistência deve acompanhar o processo de industrialização e substituição das atividades humanas no trabalho, a fim de garantir o equilíbrio e bem estar social, caso contrário as palavras progresso e evolução podem estar sendo utilizadas de maneira equivocada sob uma perspectiva mais ampla, de humanidade.


REFERÊNCIAS

Revolução Industrial.
Acesso: 21/04/2018.

O melhor programa social.
Acesso: 21/04/2018.

Trabalho no Brasil pode ser feito por robô.
Acesso: 21/04/2018.

Indústria 4.0
Acesso em: 21/04/2018.

Atropelamento com morte ameaça o futuro de carros que podem se dirigir.
Acesso em: 25/03/2018.

Uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050, a dos inúteis.
Acesso em: 25/03/2018.


Nenhum comentário:

Postar um comentário