Com a popularidade da série do Netflix “Black Mirror” que
pode ser considerado um futuro próximo, fez surgir em alguns episódios algo que
não somente é próximo próximo a realidade, mas algo que pode ser chamado de uma
realidade exagerada, em que muito tem a ver em como a vida virou algo dominado
pelas redes sociais.
Três episódios, O "The Entire History of You" onde tudo que é foi visto fica
travado em um “banco de dados” que você pode acessar a qualquer momento, você
pode mostrar para outra pessoas suas “lembranças” e também pode apagar. No
episódio explora o ciúme de um homem pela sua esposa, que como fica tudo
registrado e ele força a mulher a lhe mostrar, descobre que foi traído que se a
filha do casal pode nem mesmo ser dele.
Isso infelizmente é muito do que acontece em relacionamentos atuais, onde a
prova de amor é a senha do Facebook para poder olhar os históricos das
conversas do parceiro com outras pessoas.
Além dos relacionamentos, históricos e postagens nas redes sociais podem ser
até mesmo utilizadas como provas judiciais.
O “Nosedive” em que existe um aplicativo onde é possível
qualificar as atitudes das pessoas no dia a dia, e isso gera uma pontuação e
com essa pontuação é possível conseguir descontos, ou consegue permissão para
entrar em determinados lugares. Muito parecido com o Instagram em boa parte do
episódio e Inclusive a Netflix á lançou um aplicativo igual ao do episódio "Nosedive" chamado “Rateme”.
E o episódio “Be Right Back” em que uma mulher perde o marido em um acidente e
logo após descobre estar grávida, uma amiga apresenta um aplicativo em que ela
pode conversar com o marido morto, esse aplicativo é uma compilação de tudo que
existe registrado na internet dele, a voz o jeito de falar e até mesmo o que ele
falaria sobre determinada situação, a mulher começa desconfiada, questionando
se é realmente dele que está no outro lado da “linha”, faz perguntas que só ele
responderia, e vai tomando confiança pelo aplicativo, como se realmente fosse
ele em outro lugar falando com ela através do aplicativo e começa de certa
forma a viver com um aplicativo como se fosse o marido dela. Passando um pouco
para frente o episódio ela compra até mesmo um boneco que é igual a ele na
aparência física e com o aplicativo ela tinha o corpo do marido e a
personalidade também. Depois de um tempo a convivência com o aplicativo começa
a incomodar ela, pois ela passa a perceber que não é ele de verdade, que nas
ações do dia a dia ele não demonstra raiva e coisa do tipo, por não conter nos
bancos de dados por exemplo uma briga deles.
Isso com tudo que é postado em redes sociais, em todas as conversas que existem
dos chats e até mesmo em áudios do WhatsApp, por mais que sabemos que hoje
muitas mensagens não são liberadas nem mesmo para a justiça e outras são
criptografadas, é muito possível fazer esse episódio virar realidade (tirando a
parte do boneco).
Esse episódio citado acima lembra muito o filme “Her” que é
de 2013, onde um homem se apaixona pela voz do novo sistema operacional, esse
filme explora uma “nova” forma de romance, um amor verdadeiro por algo irreal,
ou talvez apenas não humano.
Tanto no episódio de “Black Mirror” quanto no filme “Her” é explorado até mesmo
o lado sexual do aplicativo/sistema operacional e pelo aplicativo/sistema
operacional.
Além do filme “Her” esse episódio lembra ainda mais algo que
acontecia na vida real onde era Robô Ed que era um site onde você conversava com o Ed, um robô que identificava as
perguntas e tinha várias respostas programadas para lhe responder. O robô Ed
foi lançado em 2004 e foi desenvolvido através de um programa de inteligência
artificial, esse site tinha apenas um apelo para preservação de meio ambiente,
mas é bem interessante como á em 2004 tinha um site que foi muito popular
relacionado a inteligência artificial que hoje está tão perto de ser uma
realidade plena.
Mas como o assunto aqui é paixão e estamos no Brasil podemos lembrar também de outro fato da vida real: notícias
como essa com o título “Golpistas usam internet para tirar dinheiro de mulheres apaixonadas” já eram comuns desde a época do Orkut. Pessoas que se passavam por outras
pessoas (fakes) e provocavam uma paixão em usuários até o ponto de pedir
dinheiro e a pessoa depositar sem nem mesmo as conhecer.
Fontes:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-206799/
http://www.granadeiro.adv.br/destaque/2015/08/24/as-redes-sociais-entram-no-processo
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