A
INFLUÊNCIA DO FACEBOOK NO MERCADO DE TRABALHO
Dheyvid Adriano do Livramento Chaves
Para este breve estudo
foi aplicada uma pesquisa que objetiva comparar estatisticamente os dados
obtidos com alguns resultados já divulgados a cerca do tema explorado. Foi
elaborado um questionário online contendo seis questões onde o público
pesquisado assinalava a(s) resposta(s) que melhor condissesse(m) com o seu ponto
de vista.
A amostra da pesquisa é
composta por 33 pessoas usuárias do Facebook que foram abordadas aleatoriamente
através da rede social e suas respectivas respostas são apresentadas
graficamente pelo autor para melhor compreensão e análise.
O
FACEBOOK COMO FERRAMENTA PARA OFERTA/PROCURA DE EMPREGOS
Antigamente os jornais
eram o único meio de anunciar vagas de emprego, hoje esses anúncios migraram
para a internet. Além de sites específicos para a divulgação de ofertas de
empregos, algumas redes sociais como o Facebook tem se mostrado como uma boa forma
de procurar trabalho.
Uma pesquisa feita pela
empresa de recursos humanos Boucinhas & Campos revelou em dados que 49% dos
entrevistados usam com frequência as redes sociais para procurar emprego e 22%
não utilizam esse meio para buscar oportunidades de emprego. A pesquisa também
revela que o Facebook é utilizado por 56% dos entrevistados para esse fim e que
72% acompanham as redes sociais das empresas em que desejam trabalhar.
Na pesquisa realizada
para este estudo, confirma-se a porcentagem considerável de pessoas que já
procuraram, procuram ou pretendem procurar empregos através das redes sociais (aproximadamente
três quarto dos entrevistados) e o número baixo de pessoas que nunca utilizaram
as redes sociais com esse objetivo (pouco mais de um quarto da amostra), como
mostra o segundo gráfico:
A terceira questão aborda
a opinião dos entrevistados sobre considerar o Facebook como uma ferramenta
útil ou não para buscar oportunidades de emprego, e mostra que é quase unânime
a concordância com essa utilidade da rede social, já que apenas 12% discorda.
No quarto gráfico
percebe-se que as pessoas costumam seguir páginas ou participar de grupos de
divulgação de vagas de emprego no Facebook, chegando a corresponder quase 80%
dos entrevistados, apesar de que a maior parte não os acompanha frequentemente.
Em relação a acompanhar
páginas empresariais no Facebook, dois terços dos entrevistados revelam seguir
as empresas que atuam ou possuem interesse em atuar futuramente, sendo o outro
um terço desinteressado nesse quesito.
Marco Chaves, profissional
que atua na área de RH, respondeu a algumas questões para esse estudo com a
finalidade de justificar os números da pesquisa com a prática profissional.
Questionado sobre a eficiência para as empresas da procura por candidatos
utilizando o Facebook como ferramenta, Marco esclarece: “Atualmente o Facebook
tem o propósito de incorporar qualquer serviço que possa beneficiar o usuário e
atraí-lo para esses serviços dentro da sua plataforma. Certamente, muitos usuários
empresários se beneficiam do grande tráfego virtual que a rede social
proporciona, criando páginas de Recursos Humanos para atrair candidatos e
coletarem currículos. A eficiência desse serviço esta relacionada à forma como
a página se tornará atraente, dinâmica e intuitiva, remunerando ou não os
serviços de publicidade oferecidos na plataforma.”
E para quem está
à procura de emprego: “o Facebook oferece inumeráveis páginas empresariais
focadas na exploração da mão de obra no âmbito regional, nacional e
internacional. Cabe ao candidato uma investigação minuciosa a respeito da
reputação dessas empresas consultando principalmente os depoimentos de outros
usuários.” - conclui.
RELAÇÕES
ENTRE FACEBOOK E O PROCESSO DE RECRUTAMENTO DAS EMPRESAS
“O Facebook é meu e eu
posto o que eu quiser”. Esta frase é comumente usada pelos usuários da rede
social, porém, pode afetar negativamente no que diz respeito ao processo de
recrutamento e seleção de um candidato a uma vaga de emprego. Ao mesmo tempo em
que o Facebook auxilia na procura por vagas, o recrutador de uma empresa pode
utilizá-lo como um recurso para analisar o perfil dos candidatos, o que pode
impactar positiva ou negativamente dependendo do conteúdo exposto na página de
cada um.
Segundo a Pesquisa
Internacional de Mercado de Trabalho realizada pela empresa de recrutamento
Robert Half com executivos, as redes sociais dos candidatos influenciam 44% das
empresas brasileiras a desclassificar candidatos. Há debates nesta área que
abrangem opiniões favoráveis a esse processo de “espionagem” considerado
inovador, como também posições contrárias que consideram uma violação da
privacidade.
Ainda em entrevista para
este estudo, Marco Chaves disserta sobre os objetivos dos empregadores que
buscam conhecer o perfil virtual dos candidatos: “O candidato que se cadastra
em alguma rede social muitas vezes assina digitalmente um Termo de Política de
Publicidade e Privacidade em que muitas delas garantem a não divulgação do seu
perfil ao publico e/ou apenas a empresas afiliadas. Algumas empresas virtuais
não garantem esse beneficio tornando o perfil do candidato disponível ao
publico, cujos empresários aderem a estes serviços para autorizar o RH a
consultar o cotidiano do candidato na intenção de associar seu currículo com
seu perfil publico ou legitimar alguma informação curricular.”
Questionado sobre quais
os pontos positivos ou negativos que os candidatos podem considerar dessa
investigação, continua: “Positivamente, o candidato deverá ficar atento as
respostas das entrevistas a quem se submete para elaborar um roteiro mais
dinâmico e qualitativo do seu marketing profissional diante do cenário em que
se encontra. É uma relação
interpessoal entre o entrevistador e o
candidato cujo aprendizado é simultâneo.
Conhecer a empresa, um pouco da sua história, conduz o candidato a
cuidados mais criteriosos de sua vida pública nas redes sociais antes de
divulgar seu currículo. Respostas sucintas na entrevista favorecem a avaliação,
respostas distorcidas ou mal esclarecidas desfavorecem a avaliação no ato da
entrevista podendo induzir o entrevistador a uma investigação mais sucinta na
mídia.”
A sexta e última
questão da pesquisa aplicada para o estudo busca compreender a opinião e o
ponto de vista dos entrevistados sobre a questão da influência do perfil
virtual dos candidatos a uma vaga de emprego no processo de recrutamento das
empresas.
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