segunda-feira, 25 de novembro de 2013

As redes sociais e seu próximo emprego

As redes sociais e seu próximo emprego

Enquanto você fica aí no Facebook postando mensagens de desabafo amoroso, preguiça, xingando o time adversário, recadinhos para ex e frases de ódio a inimigos ou a seu chefe, as empresas estão, sim, de olho nisso na hora de contratá-lo. Usar as redes sociais na internet para melhorar sua visibilidade profissional é fundamental nos dias de hoje e, por isso mesmo, é preciso muito cuidado na hora de escrever algo nesses sites.

A importância de seu perfil na internet tem crescido tanto na hora do recrutamento profissional que redes como o LinkedIn, direcionada a quem quer manter contatos estritamente profissionais, já tem 13 milhões de usuários no Brasil e vem crescendo muito. Nesse site, é possível estabelecer uma rede de contatos tão importante que mesmo profissionais já com empregos estáveis costumam deixar seu perfil lá para possíveis convites feitos por outras empresas, o que tem sido frequente e ajuda a melhorar até o nível salarial. 

Graças à internet, o trabalhador que busca uma nova vaga tem hoje a opção de se tornar visível ao mercado de trabalho sem precisar sair de porta em porta deixando um currículo em papel, algo que ainda existe, mas tem se tornado ultrapassado frente aos inúmeros sites de empregos disponíveis. 

Porém, muitos trabalhadores ainda se perdem na hora de elaborar um currículo virtual de forma atraente aos empregadores. E é bom que se saiba que, numa pesquisa recente, a revista Você S/A descobriu que apenas 7,4% departamentos de recursos humanos (RHs) declararam que não utilizam esses sites e as redes sociais na hora de recrutar um novo funcionário. Ou seja, quem não usa essas ferramentas hoje em dia está praticamente fora de cogitação no mercado de trabalho. 

Aumento de salário – Um dos itens mais interessantes no uso desses sites é a possibilidade de aumento de renda que eles proporcionam. Afinal, um profissional que mantenha seu perfil atualizado, colocando os cursos que faz, as habilidades adquiridas no dia-a-dia e outras atribuições passa a ser disputado por empresas que abrem vagas mesmo quando está empregado. Enquanto a elevação salarial dentro da mesma empresa gira em torno de 5% a 10% ao ano, ao ser convidada para ouvir uma proposta quando ainda está atuando em outra companhia, a pessoa passa a ter um trunfo nas mãos e pode conseguir aumentos reais bem maiores. 

Isso porque 76,6% dos entrevistados declararam ter conquistado uma melhora em seu pacote salarial na última mudança de trabalho, enquanto apenas 55,7% tiveram aumento permanecendo no mesmo emprego. 

O uso dessas redes por parte dos recrutadores tem sido tão mais frequente que o LinkedIn, até pouco tempo conhecido apenas entre profissionais que ocupam cargos mais altos, como presidentes e diretores corporativos, vem se popularizando e já tem perfis de cargos menores, como coordenadores, especialistas e até encarregados de obras. 

Mas segundo a pesquisa da Você S/A, o ideal é que o profissional tenha o perfil registrado em, ao menos, três ferramentas online, já que apenas 8% das empresas declararam utilizar somente um fornecedor na hora de realizar processos seletivos. 

O site da Catho, um dos mais antigos nessa área, domina a preferência dos recrutadores, segundo a revista. 40,1% declararam usá-lo na hora de buscar um profissional. E o site vem investindo nas chamadas “contas premium”, nas quais o usuário paga R$ 400 para ter acesso prioritário a vagas com salários acima de R$ 7 mil mensais. 

Depois do LinkedIn e dos sites de emprego Catho e Vagas.com, o Facebook aparece na pesquisa como a ferramenta online mais utilizada pelos recrutadores. A rede é usada por 51,4% dos RHs para contratar analistas e especialistas. As empresas querem saber o comportamento do candidato, seus valores, a forma como se relaciona com as pessoas, se usa palavrões frequentemente e outros itens. 

E, através do Facebook, uma outra rede de vagas de emprego, a 99jobs, tenta fazer com que candidatos encontrem empresas com as quais tenham até 99% de afinidade. O serviço faz o mapeamento dos interesses e das vocações do candidato utilizando as redes sociais do jovem.

Ela colhe referências da pessoa a partir de ex-professores, ex-empregadores (que não os apontados pelo próprio candidato), colegas de universidade e trabalho. O mesmo levantamento é feito na empresa para entender as especificidades da vaga. O Grupo Votorantim, por exemplo, já contratou o site para fazer o processo de seleção de estagiários e trainees.

É bom você começar a dar uma limpada no seu Facebook, caso esteja em busca de uma melhora profissional. 

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