domingo, 8 de junho de 2025

IA e dopamina: como algoritmos nos mantêm presos à tela

IA e dopamina: como algoritmos nos mantêm presos à tela

Disciplina: EGC5019-09304/10301 (20251) - Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Autora: Cíntia Graef Rhoden Barboza

Matrícula: 17200921


Introdução

Vivemos um momento em que os algoritmos de recomendação — impulsionados por IA — entregam conteúdo de forma incessante e personalizada, especialmente vídeos curtos. Esse sistema foi desenhado para liberar dopamina no nosso cérebro, gerando sensação de recompensa e criando um ciclo quase viciante. O problema não está apenas na tecnologia, mas na forma como ela explora funções cerebrais para manter a atenção.


Fonte: https://meuritual.com.br/era-da-dopamina/ 

Como o cérebro responde

A dopamina é um neurotransmissor-chave no sistema de recompensa, especialmente nas vias mesolímbica e mesocortical. A ativação dessas rotas (da área tegmental ventral ao núcleo accumbens e ao córtex pré-frontal) reforça comportamentos prazerosos. Quando damos “likes”, vemos vídeos curtos ou recebemos notificações, ocorre liberação de dopamina. O cérebro passa a buscar esse ciclo repetidamente.

IA intensifica o vício

Os algoritmos da IA aprendem continuamente o que nos prende, ajustando o conteúdo para maximizar engajamento. Estudo da Universidade Zhejiang na China mostrou que vídeos personalizados ativam intensamente a área tegmental ventral, iniciando o circuito de recompensa. Plataformas como TikTok capitalizam isso, estimulando o consumo contínuo com vídeos curtos e fáceis de acessar.

Consequências no longo prazo

1. Dessensibilização: o cérebro precisa de mais estímulos para liberar a mesma quantidade de dopamina.
2. Compulsão e ansiedade: ao faltar o estímulo digital, há sintomas semelhantes à abstinência.
3. Déficits de atenção: a busca constante por estímulos rápidos prejudica a concentração.
4. Problemas de sono e isolamento: o uso excessivo de telas antes de dormir afeta a melatonina.
5. Vazio emocional: picos dopaminérgicos “baratos” podem levar à insatisfação com a vida real.

Estratégias para retomar o controle

Desintoxicação de dopamina, atividade física, leitura e convívio social resgatam fontes naturais de dopamina. Definir horários fixos para uso de redes e usar técnicas de atenção plena ajudam a criar espaço entre o impulso de checar o celular e a ação.

Fonte: Linkedin, Wellbeing Matter


Conclusão

A união entre IA + dopamina funciona como um gatilho psicológico poderoso. Os algoritmos entregam exatamente o que queremos, e nosso cérebro responde com busca compulsiva por mais estímulos. Mas há caminhos para reverter isso: educação digital, desconexão intencional e reconstrução de hábitos.

Referências

  • Alter, A. (2023). 'Irresistível: a ascensão da tecnologia viciante e as empresas que nos mantêm presos a ela.'

  • Cortiz, D. (2024). 'Como a IA e dopamina nos prendem nas redes sociais'. PUC-SP.

  • Varella, D. (2023). 'As redes sociais, a dopamina e a dependência'. Folha de S.Paulo.

  • BBC News Brasil (2023). 'Dopamina: por que busca desenfreada por estímulos pode nos deixar tristes'.

  • MJornal (2023). 'Dopamina e tecnologia: impacto das telas no cérebro'.

  • VOCÊ S/A (2024). 'Os riscos do vício em dopamina barata'. Editora Abril.

Links úteis e referências multimídia:

Estudo citado: https://exame.com/ciencia/como-o-tiktok-atua-no-cerebro-de-jovens-com-videos-curtos-e-personalizados/

Vídeo explicativo sobre dopamina e vício: https://www.youtube.com/watch?v=9ckWPGNslEk&t=138s

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Declaração de IA e tecnologias assistidas por IA no processo de escrita: durante a preparação deste trabalho, a autora utilizou ferramentas de IAG (Exemplos: ChatGPT, Claude, outros) no processo de planejamento, para aperfeiçoamento do texto e melhoria da legibilidade. Após o uso destas ferramentas, os textos foram revisados, editados e o conteúdo está em conformidade com o método científico. A autora assume total responsabilidade pelo conteúdo da publicação.




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