quarta-feira, 3 de maio de 2023

Transformando a Gestão de Pessoas: Ambientes Virtuais que Impulsionam o Desenvolvimento Profissional e Pessoal

Autora: Julia Karla Camargo

Disciplina: Ambientes Virtuais de Aprendizagem



Como as empresas podem usar a tecnologia para reverter os maus costumes que a mesma trouxe? Através de ambientes virtuais muitas organizações têm buscado auxiliar na melhoria da qualidade de vida dos seus colaboradores, contando com ferramentas de interação, de apoio à saúde e aderindo à gamificação para aumentar a adesão dos envolvidos. 


Além disso, na gestão de pessoas esses ambientes têm sido utilizados para diversas finalidades, como treinamentos, desenvolvimento de habilidades, capacitação técnica, e também pode ser utilizada para a disseminação de informações institucionais, como políticas da empresa, objetivos, missão e valores. Acredito que a virtualização desses processos é bastante relevante e atual, especialmente em um contexto em que muitas empresas adotaram o trabalho remoto e a tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais importante na gestão de equipes e no desenvolvimento de habilidades.



Segundo Wu et al. (2018), os AVAs podem melhorar a comunicação entre os professores e os alunos (estendendo-se ao contexto corporativo), permitir um feedback mais rápido e preciso, fornecer um ambiente de aprendizagem mais interativo e motivador, e ajudar a monitorar o progresso do aluno e identificar áreas de melhoria. No contexto empresarial a cultura organizacional é uma peça chave para que os ambientes virtuais funcionem, ela deve valorizar a aprendizagem contínua e o desenvolvimento profissional.



Nesse artigo irei apresentar brevemente duas empresas que desenvolveram ferramentas para a área de gestão de pessoas, são elas a Betterfly e a Feedz. 


A Betterfly se tornou o primeiro unicórnio de impacto social da América Latina utilizando uma ferramenta gamificada com o intuito de promover hábitos saudáveis dentro das empresas. Na prática, as ações realizadas pelos usuários da plataforma são convertidas em Bettercoins, que podem ser trocados por pratos de comida, água potável e diversas outras frentes sociais e ambientais. Já foram plantadas mais de 300 mil árvores e feitas mais de três milhões de doações de alimentos para crianças carentes na América Latina. No Brasil, algumas organizações são regularmente apoiadas e a ideia é expandir a rede de ajuda.


Fonte: https://exame.com/negocios/efeito-betterfly-empresas-e-colaboradores-juntos-por-mais-impacto-social/


Falar de saúde é falar de uma necessária mudança de cultura. No Brasil, que carrega consigo o rótulo de ser o segundo país com mais casos de Burnout, além de ser um dos incidentes em casos de ansiedade, estresse e depressão, segundo a ISMA Brasil (International Stress Management Association), as organizações têm a missão de gerar impacto social na promoção do bem-estar e precisam deixar de lado o mindset reativo para desenvolverem uma cultura preventiva.


Fonte: https://betterfly.com/pt-br/


Para Eduardo della Maggiora, fundador e CEO da Betterfly, a inclusão financeira, a qualidade de vida e o impacto social são os valores capazes de mudar as diferentes realidades socioeconômicas do Brasil e do mundo. Abaixo são alguns números do “Efeito Betterfly”:

  • + de 180 mil litros de água potável levados a regiões de difícil acesso 

  • + de 3 milhões de refeições doadas

  • + de 260 mil árvores plantadas


“Baseado na lógica de gamificação e na possibilidade de impactar positivamente o outro, a plataforma capacita organizações e pessoas a melhorarem o seu próprio bem-estar mental, físico e financeiro enquanto ajuda o próximo. No novo conceito, buscamos resumir o impacto que estamos gerando nas pessoas, organizações e no mundo, em uma única solução”, finaliza della Maggiora.


Cada vez mais está desenvolvendo um senso de coletividade, então é natural que as empresas parem de olhar tanto para si e passem a olhar para os problemas da sociedade e tentar entender como ajudar a resolvê-los. Isso envolve tomar posse da responsabilidade social e dar a oportunidade para que os colaboradores possam fazer o mesmo. 


Já a Feedz é uma empresa que nasceu em Florianópolis e desenvolveu uma ferramenta de GP que auxilia na identificação do clima organizacional da empresa a partir dos feedbacks e interações dos colaboradores. Essa ferramenta oferece uma plataforma que permite que as empresas coletem, gerenciem e analisem as respostas dos funcionários de forma centralizada, ajudando a melhorar a comunicação, a colaboração e a cultura empresarial.


Por isso, a ideia foi colocar todo o tipo de interação nas equipes para ser registrado por meio do software – desde o “termômetro de humor” até o “mural das celebrações” – além de ações mais estratégicas, como “gestão de feedbacks”, metas e objetivos (OKRs), controle de turnover, relatórios e pesquisas de clima. 


Fonte: https://www.feedz.com.br/blog/gamificacao-nas-empresas/


Com o Feedz, as empresas podem fomentar uma cultura de retorno e envolvimento contínuos, permitindo que os colaboradores enviem suas contribuições sobre vários aspectos da organização, colegas de trabalho, gestores, procedimentos, vantagens e outras áreas pertinentes.


Sendo assim, as empresas podem utilizar esses dados para tomar decisões embasadas sobre como aprimorar suas operações internas e garantir a satisfação e o comprometimento dos colaboradores, além de empregar métricas de desempenho para avaliar o progresso dos colaboradores em relação aos objetivos estabelecidos.


Vale ressaltar que a utilização de ambientes virtuais de aprendizagem na gestão de pessoas requer um planejamento estratégico cuidadoso, que leve em consideração as necessidades e características da empresa e dos colaboradores. É preciso também que haja uma cultura organizacional que valorize a aprendizagem contínua e o desenvolvimento profissional.


Portanto, a utilização de ambientes virtuais de aprendizagem pode ser uma excelente opção para empresas que desejam investir na capacitação e desenvolvimento de seus colaboradores, permitindo o acesso a conteúdos de qualidade de forma fácil e flexível.



Referências

  • Alves, L. F., Gomes, L. P., & Piconez, S. C. (2009). Ambientes virtuais de aprendizagem: a construção de um referencial teórico. Em Aberto, 22(80), 25-36.

  • Collis, B., & Moonen, J. (2001). Flexible learning in a digital world: Experiences and expectations. Routledge.

  • Dalsgaard, C. (2006). Social software: E-learning beyond learning management systems. European Journal of Open, Distance and E-Learning, 9(2), 1-11.

  • Santos, J. S. dos, & Silva, E. C. da. (2016). Ambientes virtuais de aprendizagem: conceito, características e tipologias. Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultos, 1(1), 1-15.

  • Silva, A. C. (2014). Ambientes virtuais de aprendizagem: definições, características e tipologias. Educação e Tecnologia, 17(1), 47-58.

  • Feedz: software para cultura de feedback e clima organizacional. Link: https://www.b2bstack.com.br/product/feedz

  • A startup que se tornou um unicórnio promovendo o bem-estar nas empresas: https://exame.com/negocios/startup-unicornio-bem-estar-empresas/

  • Gestão de pessoas: conceito, pilares, práticas e estratégias: https://blog.betterfly.com/pt/gestao-de-pessoas


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