domingo, 29 de maio de 2022

Hiperconectividade da Geração Z e o Mercado Digital


EGC5020-09318/10316 (20221) - Redes Sociais e Virtuais

Ana Karolina Mendes Inácio (18101105)


A Geração Z é conhecida como a primeira geração 100% digital, tendo a maior participação nas interações via redes sociais. Pesquisas apontam que cerca de 60% dos jovens possuem algum tipo de contato com lojas virtuais, estando acima das estimativas da população geral. Dessa forma, tendem também a ser o grupo focal do mercado digital, pois representam os maiores consumidores de produtos, com venda por meios digitais. 


Nascida no meio digital, a Geração Z nunca conheceu um mundo sem follows, likes e views dos conteúdos que posta. O relacionamento social, portanto, está fortemente associado às interações online. Assim, a conexão com amigos, família  e política é feita por meio de cliques e atualizações nas redes. No entanto, essa hiperconectividade traz uma série de necessidades, pois as informações são consumidas em uma velocidade inacreditável, o que acarreta em maior rotatividade de conteúdo. 

Em parte, essa demanda latente por conteúdo é gerada pela mudança de hábitos dos indivíduos, que já vinham desenvolvendo o consumo online e que teve um grande avanço com o advento da pandemia do COVID-19. Dessa forma, a Geração Z vem aumentando sua participação no e-commerce e dá preferência para celulares, material de informática e som na hora de consumir. Ademais, esse grupo de pessoas também representa os consumidores mais impulsivos, em comparação às categorias Y e X. 


Somado a isso, estudos mostram que 45% dos jovens ficam conectados quase o tempo inteiro. E nesse mesmo estudo, as pessoas participantes relatam que as redes sociais e a internet facilitam a interação com a família, amigos e acesso a compras online, com cliques rápidos. Com enfoque maior para as vendas digitais, apesar de dar preferência a itens de marca e escolher um produto para se tornar diferente dos outros, os consumidores Z aparecem como os mais propensos a experimentar um lançamento.

Além disso, as redes mais acessadas pelos usuários atualmente são Instagram e Facebook. E esses meios já se mostram eficientes para interações comerciais entre vendedores e clientes. Com isso, devem ser vistos como meios importantes para a divulgação de produtos e prospecção de clientes. 


Ainda sobre as vendas digitais, a juventude tem exigido das marcas maior responsabilidade social e preservação de valores e cultura. Assim, apontamentos mostram que os consumidores cada vez mais assumem posições firmes sobre seus valores e exigem o mesmo das marcas. Dessa forma, se as marcas pretendem tirar maior proveito das oportunidades de crescimento das vendas virtuais devem se posicionar de forma inteligente e nutrir conteúdos que revelem os valores e práticas social e ambientalmente corretas.

Outro ponto a ser considerado é a necessidade de novas ideias e conteúdos. Devido a alta variabilidade e alcance de informação, muito em função das redes de conexão que surgiram com o tempo, as pessoas possuem dados e sabem de notícias em um tempo cada vez menor.  Nesse sentido, as marcas, além de agirem de forma a prezar pelos valores ambientais, sociais e culturais, devem ainda manter uma rotatividade coerente e rápida de conteúdos. 

Em função disso, as empresas virtuais devem estudar de forma estratégica as demandas das redes sociais, considerando todas as plataformas disponíveis. Com isso, ficam mais preparadas para reagir frente às ocorrências. Vale ainda destacar que as marcas não somente são influenciadas pelas novidades, notícias, polêmicas ou qualquer outro tipo de informação, mas podem agir de forma ativa na geração de conteúdo. Isso é possível, desde que estejam preparadas e informadas acerca do que está acontecendo no mundo, em determinado momento.  

As marcas que não conseguem acompanhar esse público, ignoram as transformações de pensamento, trazidas por essa nova geração. Estudos apontam que a maior transformação, trazida pela geração Z foi na maneira de pensar, agir e consumir com muita velocidade. Porém, ainda há organizações que não conseguem gerir, de forma eficaz, os acontecimentos e demandas emergentes da rede. 



Por todo o contexto de inserção da geração Z na sociedade e sua alta capacidade de influência sobre as demais gerações, o foco das marcas virtuais deve estar focado nessas pessoas, já que elas são nativos digitais. Além de serem, naturalmente, digitais influencers e disseminadores de conteúdo, estudos mostram que esse grupo da sociedade é o que possui maior poder de compra, em termos de intenção e visão aquisitivas. Dessa forma, se mostram como um grupo muito importante para o sucesso das marcas, assim como para sua legitimação na sociedade das redes sociais.  


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