Mariáh Alessandra Dall Inha de Bem
16202198
Redes Sociais e Virtuais
Trabalho remoto? Home Office?
A Sólides, empresa de tecnologia referência na área do RH, define trabalho remoto como aquele que é realizado à distância. Pode ser confundido com o termo “home office”, mas esses não são sinônimos, como bem explica a OfficeLess, empresa referência em trabalho remoto.
Enquanto “home office” refere-se ao trabalho em casa, o modelo remoto refere-se ao trabalho realizado fora da estrutura da empresa, como um escritório, fábrica, etc. Uma empresa pode adotar um modelo 100% remoto ou híbrido (semipresencial), onde no segundo caso, há alternância entre idas às dependências da empresa e trabalho remoto de qualquer outro lugar. Nesse artigo, será comentado sobre os prós e contras do teletrabalho, mais conhecido como "trabalho remoto".
Embora trabalhar em casa seja uma opção do trabalho remoto, ele pode ser realizado por exemplo, em cafés, bibliotecas, espaços de coworking como o que a ACATE possui em Florianópolis.
(Imagem espaço de Coworking da ACATE, disponível na Web)
Prós e Contras do Trabalho Remoto
O modelo remoto tem se mostrado como um dos mais buscados e cobiçados pelos trabalhadores, sendo algo que se revelou extremamente estratégico para muitas empresas.
Embora muitas empresas já tivessem adotado o trabalho remoto, o cenário de pandemia aumentou consideravelmente essa modalidade no mercado de trabalho. Conforme as restrições se tornaram mais rígidas, muitos setores de negócio conseguiram migrar suas operações para o sistema remoto, algo que após dois anos o início da pandemia, revelou trazer muitos prós, mas também contras, dessa nova tendência de trabalho.
Antes de seguir com os prós e contras, vale lembrar que o cenário de restrições da pandemia do convid-19 alavancaram empresas em trabalho remoto, mas a maioria dos profissionais está em “home office” e permanecendo mais em casa do que seria o comum em um cenário apenas de trabalho remoto e normalidade no contexto da saúde pública.
Agora voltando aos prós e contras
Existem muitos prós e contras desse modelo de trabalho, tanto para as empresas, quanto para os colaboradores. O sucesso dessa modalidade será consequência de uma adaptação desses dois lados da moeda (empresas e funcionários), em questão de ferramentas, estrutura, metodologia, comunicação e rotinas de trabalho.
Quando falamos de empresas, há muitos benefícios ao adotar o trabalho remoto para as suas operações:
Maior raio de contratações;
Maior diversificação do time (que segundo estudos aumenta em até 600% a cultura de inovação em uma empresa);
Redução de custos com escritório;
Equipes mais motivadas (se tiverem suas necessidades e estrutura ideal, claro);
Melhoria na qualidade dos produtos ou serviços;
Aumento de produtividade.
Para os funcionários:
Autonomia para decidir o local de moradia;
Liberdade para realizar viagens;
Maior liberdade no trabalho;
Maior conforto em termos de vestimentas (dress code);
Maior tempo e contato com a família;
Menor gasto de tempo em deslocamento;
Potencial de melhor qualidade de vida, no geral.
Mas caso algumas ações e adaptações não sejam realizadas, segundo estudos, o trabalho remoto pode trazer consequências físicas, emocionais e mentais negativas, para colaboradores e consequentemente para as empresas. Aqui vale comentar que nem todas as organizações e pessoas estão preparadas e possuem um perfil ideal para realizar seus trabalhos nessa modalidade. Por exemplo, muitos profissionais de saúde, que embora possam atender por telemedicina, em muitas atividades irão precisar estar nas dependências da organização ou em contato presencial com outras pessoas e pacientes.
Alguns aspectos são de extrema importância quando se fala em trabalho remoto, para reduzir potenciais consequências:
(Imagem disponível na Web)
1) Estrutura: fornecer as ferramentas e estrutura básica adequada para a realização do trabalho é de responsabilidade das empresas, que por sua vez, devem se preocupar com a ergonomia e ambiente de trabalho, mesmo que fora de suas dependências físicas. Isso, por exemplo, pode impactar em maiores custos de logística, embora exista mesmo assim a redução de custos.
2) Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: desde mensagens fora de hora e em ferramentas de uso pessoal (como o WhatsApp) e carga de trabalho excessiva, até integrar o relacionamento com outras pessoas da família ou da casa, em horários de trabalho são aspectos de adaptação. Para muitos profissionais é necessário definir limites com suas lideranças e colegas de trabalho, como também com as próprias pessoas que têm interação em seu dia a dia doméstico. Ou por exemplo, a busca por um coworking que não tenha muitas interrupções
3) Falta de convívio e relações interpessoais: em primeiro momento, o mercado viveu uma fadiga de videoconferências. Em muitas empresas, mesmo após encontrar o equilíbrio ideal entre contatos síncronos e assíncronos, há a tendência de as reuniões e trocas serem cada vez menos informais entre as pessoas pela distância, o que pode impactar a motivação, senso de time e senso de pertencimento de um colaborador. Nesse ponto, a empresa precisa estar preparada para trazer momentos de estreitamento de laços e ações estratégias de aumento de motivação.
4) Excesso de horas trabalhadas: Estudos apontam que a produtividade em trabalho remoto aumenta, mas por outro lado, muitas pessoas acabam trabalhando muito mais que as 8 horas diárias e até que os 5 dias úteis semanais, o que pode trazer sérias consequências à sua vida pessoal, podendo chegar a um quadro de burnout ou depressão. Caso tanto a organização quanto o profissional não busquem por esse estabelecimento de equilíbrio, ambos podem sofrer grande impacto no médio e longo prazo.Por último, o aumento crescente da aplicação desse modelo de trabalho é fruto de ferramentas de tecnologia da informação, que de diversas maneiras proporcionam maior integração à distância e estrutura para a realização de atividades desde mais simples, até mais complexas de forma remota. Considera-se imprescindíveis relações interpessoais para a saúde de um indivíduo, mas a tecnologia tem o poder de aumentar as possibilidades de expansão das relações, contribuindo para a globalização.
Referências
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