Fonte: https://blog.tenhaumaeidea.com.br/implicacoes-rede-social-interna-para-empresas/ |
As redes sociais virtuais são importantes meios de comunicação e integração de pessoas nos dias atuais. Você pode se comunicar com um amigo que está do outro lado do mundo em questão de segundos com apenas alguns cliques. Assim como conseguimos nos conectar de forma rápida, temos acesso a milhares de outras pessoas que mantêm suas vidas de forma pública nas redes sociais. Somos influenciados a todo tempo por postagens, seguimos aquilo que nos desperta interesse e assim somos atingidos por mensagens que são expostas.
O mundo da internet se mostra uma ferramenta de acesso fácil onde qualquer pessoa pode despejar uma infinidade de conteúdo, essas informações podem influenciar a vida de inúmeros usuários, como aqueles que veem fotos que retratam a felicidade. Não importa o que esteja retratado nas imagens ou nas mensagens, o recado por trás disso é o de uma vida perfeita, viagens, roupas estilosas, restaurantes, estilo de vida. Ninguém quer saber se você teve um problema financeiro, ou se brigou com seu parceiro, ninguém quer suas timelines com mensagens sobre a realidade. Na verdade, seguimos os nossos sonhos.
Se você deseja viajar pelo mundo, vai seguir pessoas que fazem isso com frequência. Se você quer ter o corpo magro, irá procurar por mensagens que remetem a um estilo de vida saudável. É apresentado tudo que você precisa seguir para alcançar a felicidade implícita naquela imagem, mas ninguém apresenta o que é preciso abrir mão, o caminho até ali. Mais do que isso, acreditamos que aquela imagem é o retrato da vida daquela pessoa que seguimos, porém, muitas vezes, aquelas roupas tão caras foram dadas para fazer propaganda, e aquela viagem, foi bancada por linhas aéreas e redes de hotéis, para te influenciar a realizar sua viagem dos sonhos. Somos manipulados a crer nisso tudo.
Digital Influencers
Por de trás de tantas postagens, estão os digital influencers, pessoas que recebem inúmeras formas de patrocínios para realizar essas postagens. Podemos citar o caso da influencer Essena O'Neill, que aos 18 anos publicou em seu canal no YouTube, um vídeo revelando a realidade: “Eu disse para mim mesma que quanto mais views eu tivesse, mais valiosa seria. Quando você deixa a sua vida ser guiada por números, deixa-se guiar por algo que não é puro, não é real e não é amor. Eu nem sei mais quem eu sou.”
Essa dependência por aceitação nas redes sociais está cada vez maior, como ela mesmo relata, aos 12 anos ela queria ser como uma dessas garotas perfeitas, e aos 16 ela iniciou sua trajetória. Esse depoimento confirma como o mal uso das redes sociais podem ser prejudiciais. Segundo a psicóloga Karen Scavacini, as redes sociais são uma das causas de isolamentos e frustrações das pessoas. “Temos visto jovens que não têm tolerância à frustrações, fazendo alto uso de álcool e drogas, jovens isolados”, muitos destes jovens podem cometer suicídio dado esse vazio existencial.
No Blog Doce Ilusão, podemos ver umas "dicas", como por exemplo, ocultar a localização das postagens (privacidade), parar de seguir pessoas que postam coisas em excesso, independente do conteudo, ou seja, parar de seguir mensagens que nos pressionem a ser quem não somos, que nos forçam a ser pessoas perfeitas. Ainda na matéria há um vídeo interessante, What's on your mind?, que nos faz refletir sobre a nossa vida quando ninguém está olhando e como apresentamos ela nas redes por likes.
Plenitude Contemporânea
A plenitude contemporânea é estudada pelo sociólogo e professor Pedro Demo, ele divide a dialética de felicidade em dois estados: o vertical que implica em renúncia e, a horizontal onde a felicidade tende a ser superficial. Para ele as imagens compartilhadas é a materialização de uma alegria passageira que necessita ser renovada constantemente, e assim somos parte de algo maior. Então a questão é que se podemos ser exatamente quem somos, porque criamos uma vida baseadas em momentos que não vivemos de fato?
É inegável que vivemos em uma era digital, a Web 2.0, onde o mundo está apenas a um clique, assim como tudo nas nossas vidas. Devemos também pesar o uso das redes sociais virtuais, pois tudo em excesso pode nos causar danos. Somos seres sociáveis e não há mal algum em manter contato com pessoas do outro lado do mundo, em querer saber o que aquele famoso está fazendo. Precisamos ver se esse dispêndio de energia para nos manter atualizados nos trará benefícios, e se, ao olhar a vida do "vizinho" você não está fazendo cobranças sobre o seu modo de vida, lhe causado sentimentos ruins.
Cada um de nós tem um tempo para realizar uma mesma tarefa e não seria diferente para a vida pessoal, profissional, social. Certamente que ao longo das nossas vidas iremos interagir com milhares de pessoas, mas nem todas fazem parte importante do nosso dia a dia de fato.
Referências
AGÊNCIA BRASIL. Suicídio é a quarta maior causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-09/suicidio-e-quarta-maior-causa-de-morte-de-jovens-entre-15-e-29-anos>. Acesso em: 30 abr. 2018.
DOCE ILUSÃO. A ilusão das redes sociais. Disponível em: <https://doceilusaoblog.wordpress.com/2014/08/12/a-ilusao-das-redes-sociais/>. Acesso em: 30 abr. 2018.
JORNAL GGN. A felicidade nas redes sociais. Disponível em: <https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-felicidade-nas-redes-sociais>. Acesso em: 30 abr. 2018.
WIKIPÉDIA. Web 2.0. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/web_2.0>. Acesso em: 30 abr. 2018.
YOUTUBE. What's on your mind?. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qxvzyijkl1y>. Acesso em: 30 abr. 2018.
Cada um de nós tem um tempo para realizar uma mesma tarefa e não seria diferente para a vida pessoal, profissional, social. Certamente que ao longo das nossas vidas iremos interagir com milhares de pessoas, mas nem todas fazem parte importante do nosso dia a dia de fato.
Referências
AGÊNCIA BRASIL. Suicídio é a quarta maior causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-09/suicidio-e-quarta-maior-causa-de-morte-de-jovens-entre-15-e-29-anos>. Acesso em: 30 abr. 2018.
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