Uma realidade na vida das empresas é, sem
dúvida, a busca frenética por novas
formas de distribuir bens e serviços, garantindo, logicamente, ganhos de produtividade e redução de custos,
assegurando assim competitividade em um
mercado cada vez vez mais dinâmico e globalizado. Diante dessa perspectiva, os bancos são as empresas que
mais investem em automação e tecnologia da informação. Ao longo
das ultimas décadas, após o surgimento
da internet, as transformações tecnológicas nesse setor estão alterando
a forma de relacionamento comercial com seus clientes.
Analisando as evoluções tecnológicas
experimentada pela humanidade, nas
ultimas três décadas, principalmente nas áreas de telecomunicação e informática,
observa-se a redução do tempo e quebra
de barreiras politicas e geográficas. A
TI(tecnologia da informação) modificou profundamente a estrutura competitiva
das empresas. Tal fato aproximou as economias mundias, melhor dizendo,
globalizou, e a competição rompeu as
fronteiras nacionais.
Nesse contexto, conduzido por esse processo de
globalização, o setor bancário sofreu grandes mudanças em todo mundo, uma vez
que as barreiras regulatórias entre os
mercados financeiros se tornaram mais frouxas. Aliado a isso as mudanças
no comportamento dos consumidores e o acirramento da concorrência, impuseram
aos bancos novas formas de competitividade.
Inicialmente, o processo de
automação bancária aconteceu de forma interna, ou seja, dentro das agencias,
porém, pelo alto nível competitivo imposta por essa novidade, rapidamente
rompeu os limites das agencias bancárias, passando os bancos a oferecer aos
seus clientes serviços de autoatendimento, através de uma vasta rede de ATM’s, colocados em
SAA – Salas de Autoatendimento ou em locais de grande movimentação pública,
como shoppings, centro de lazer e etc. Não obstante, de forma muito rápida, os serviços
atingiram a indústria, os escritórios e
os lares, através da grande rede, a Internet.
A internet derrubou varias barreiras
da competição, tais como barreiras geográficas e a falta de informação. Na
internet o consumidor tem condições de comparar as informações de negócio de
uma empresa com as de seus concorrentes, sem necessidade de deslocamentos
físicos e sem muita demanda de tempo. Os negócios da Internet estão abertos 24
horas por dia, sete dias por semana, além disso a internet possibilita
interação e relacionamento cliente/empresa de forma personalizada.
A velocidade de crescimento da
Internet a coloca em evidência como canal de promoção privilegiado para
qualquer empresa. Em particular para os bancos, que estão entre as empresas que
mais investem em tecnologia, a Web atinge uma parcela de clientes mais
afluentes e de grau mais elevado de escolaridade, como comprovam algumas
pesquisas sobre o perfil do usuário da Web.
Além disso, existe a necessidade de os bancos explorarem a sua imagem de empresas avançadas tecnologicamente.Bancos em diversas partes do mundo competem, apresentando-se como empresas que oferecem aos seus clientes o que há de mais avançado em termos de tecnologia. A utilização da Web, um ícone das novas tecnologias, está assim em sintonia com essa abordagem de marketing pelos bancos.
A
Web se destaca por prover informação por meio de comunicação de dupla mão com o
usuário. Isto significa que, na sua forma mais simples,
além de publicar informações sobre a organização e sobre seus produtos e
serviços, os bancos podem também receber mensagens eletrônicas de seus
clientes, abrindo assim a possibilidade para que eles solicitem mais
informações, façam queixas e apresentem sugestões.
Em sua 25ª edição, a Pesquisa
FEBRABAN de Tecnologia Bancária aponta a transformação comportamental e a
migração do consumidor para os canais de atendimento digital no ano de 2016. Cada
vez mais, o consumidor participa ativamente do processo de transformação
digital e tem sua experiência fortemente levada em conta.
Nessa edição, a FEBRABAN apresenta os números do crescimento das transações bancárias efetuadas em diversos canais, principalmente os digitais, os preferidos dos brasileiros, do ano de 2016, são números impressionantes. Tanto no meio físico (Agencias, correspondentes e ATMS) quanto nos digitais (Internet e Mobile Banking), foram 65 bilhões de transações em 2016, um aumento de 9,3 bilhões de transações no ano, o maior da série histórica, fruto da facilidade da utilização que esses canais possibilitam.
Mobile
Banking : A nova era de relacionamento com o consumidor
De 2015 para 2016, o número de
transações bancárias passou de 55,7 bilhões para 65 bilhões. Nesse contexto de
crescimento da aderência dos consumidores aos serviços bancários, o uso dos
serviços por meio do Mobile Banking (aplicativos de celulares) vem sendo, sem
dúvida alguma, o maior destaque no meio de relacionamento dos correntistas com os
bancos. O canal ganha preferência do consumidor oferecendo mais funcionalidade,
conforto e segurança.
A rápida migração para o Mobile Banking confirma a
acertada estratégia de investimentos expressivos em inovação tecnológica do
segmento. Além de gerar segurança nos ambientes digitais de transações, e da
rede bancária como um todo, essa estratégia possibilita o desenvolvimento da
área de Tecnologia da Informação brasileira, reconhecida mundialmente por
apoiar eficientes sistemas bancários.
Hoje,
mais da metade das transações bancárias no País já são feitas por meios
digitais, chegando a 57% do total. Representados pelo Mobile Banking, com 34%
das transações em 2016 ante 20% em 2015, e pelo Internet Banking (operações
pelo site do banco, por meio de computadores), os dados dos canais digitais
mostram uma explícita migração para os aplicativos e uma redução no uso do
computador (que baixou de 32% para 23%). A relação com os meios digitais
sinaliza uma mudança de comportamento do público que antes utilizava o
computador e que agora prefere realizar operações via aplicativos de celulares.
Essas são tendências que podem representar um amadurecimento do consumidor
brasileiro na utilização das funcionalidades oferecidas pelas instituições
financeiras.
Apesar de todo crescimento em TI pelos bancos, um problema
potencial é a administração de novo canal em conjunto com os já existentes e a
integração destes diversos canais a bases de dados comuns. Este é problema que
os bancos já enfrentam há tempo, com a crescente demanda dos clientes de uma
oferta diversificada de opções para utilizar os serviços bancários. A
administração eficiente dos diversos canais e também a já mencionada possível
integração numa interface comum, deve ser crítica para os bancos.
Por último, outro problema que avassala os bancos é a
necessidade de se adaptarem organizacionalmente a uma nova realidade que vai
demandar respostas mais rápidas e eficazes às alterações no mercado. O banco on-line de
sucesso terá estrutura organizacional muito diferente daquela dos bancos
tradicionais, em que o volume principal das transações ocorre no ambiente da
agência e em outro canais menos interativos que a Internet. Para se adaptarem à
nova realidade na qual a predominância do uso da Web será cada vez maior, os
bancos terão de administrar mudanças organizacionais importantes com muita
competência e criatividade.
REFERÊNCIAS:
www.todamateria.com,br/globalização
www.FEBRABAN.com,br
http://www.scielo.br/scielo
http://www.ciab.com.br/publicacoes/edicao/74/a-disparada-do-mobile-banking
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